Conec 2016 – A saúde suplementar participa com 40% de toda a arrecadação do segmento de seguros e tem o Brasil como segundo maior mercado – na ponta está os Estados Unidos. Ainda assim, são poucos os corretores que operam com este tipo de produto. “Os profissionais dizem que trabalhar com saúde é complicado. Mas se ele não oferecer um plano ou seguro saúde para o cliente, algum corretor vai fazer isso”, diz Ariovaldo Bracco, coordenador da Comissão de Saúde do Sincor-SP.
O produto saúde é complexo, mas ao mesmo tempo rentável e mais fácil de ser administrado em comparação com os produtos de automóvel. No entanto, existe um mercado na espera de que todos se dediquem e conheçam a saúde suplementar. É verdade que o setor enfrenta dificuldades, como os orçamentos que superam a saúde pública; além de do desperdício de 30% dos gastos. Mas a presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Mendes, garante que há remédio para isso.
“Esse remédio passa por todos os envolvidos no setor: uma administração mais firme por parte das operadoras, a transparência de informação e a criação de novos produtos. O corretor também é fundamental e temos que trazê-lo para junto do processo para que os clientes entendam como utilizar melhor o produto saúde”, diz.
O profissional deve conhecer bem o sistema de saúde privado, o papel da ANS, as causas da judicialização e o papel das ouvidorias. “Isso exige dedicação e estudo, mas é importante que eles se engajem”, afirma Solange Beatriz.
Prioridades
Há um campo gigantesco para que o segmento cresça. No entanto, antes de voltar a crescer o setor precisa sobreviver. “No Brasil, os custos assistenciais com a saúde equivalem aos custos registrados pelos países desenvolvidos”, lembra Cássio Zandoná, diretor comercial da Amil.
Lívia Sousa
Revista Apólice