Ultima atualização 07 de outubro

Linhas financeiras: uma oportunidade de diversificação

Auditório Empreender foi o responsável por acolher o debate sobre linhas financeiras como oportunidade de diversificação da carteira dos corretores de seguros

Conec

O segundo dia do XVII Conec começou na manhã desta terça-feira e o auditório Empreender foi o responsável por acolher o debate sobre linhas financeiras como oportunidade de diversificação da carteira dos corretores de seguros.

Mediado por Paulo Bosisio, da Comissão de Ética do Sincor-SP, o painel contou com a contextualização de Edmur de Almeida, coordenador da Comissão de Crédito, Garantia e Fiança Locatícia. Almeida iniciou sua fala enfatizando na diversificação. Com a máxima “Existe vida além do seguro automóvel”, ele explicou que quando se fala sobre diversificação o intuito é ajudar o corretor a ampliar seus horizontes, achando alternativas sustentáveis.

É preciso diversificar a carteira. O o automóvel continua sendo a locomotiva do mercado de seguros e não é preciso parar de vendê-lo, mas é preciso pensar em alternativa “Hoje, o seguro de automóvel é comprado, e não vendido, porque nós fizemos o papel de levar esse produto ao consumidor. Só qu.e existe mercado para outros produtos”, afirmou Edmur Almeida. Para realizar isso, há duas dicas. A primeira, a curto prazo: fazer parceria com corretores especializados, que o corretor confie e que possa auxiliar o cliente sem que se torne um risco de perda para  corretor que não pode atender a essa demanda específica. Um corretor que o auxilie e que não tome o seu cliente em outras áreas

Samuel Lasry Sitnoveter, corretor e representante da Comissão de Crédito, Garantia e Fiança do Sincor-SP, especialista em seguro garantia, concorda com a dica da parceria entre corretores e avisa que essa já é a alternativa que o cliente buscaria. Mas, para médio e longo prazo, traz a segunda dica à tona: é preciso estudar e aprender mais sobre o produto para estar preparado para o futuro. “Quando a onda da boa economia recomeçar, se você não tiver se preparando agora, não pegará essa onda”

Seguro fiança
A escolha do corretor, na fiança locatícia fica a cargo do locatário, não do inquilino. Esse é um assunto que acendeu um debate inflamado durante a palestra. Uma das indagações feitas pela plateia, destacou que há muita discussão em relação a quem deveria ter o direito de escolha do corretor. Bosisio afirmou que na comissão de ética o seguro fiança tem as maiores reclamações, ele afirma que há muitos problemas. “O corretor do locatário faz cadastro, e na hora de receber ele é informado que o contrato deverá ser feito com o corretor de seguro da imobiliária”, afirmou. Isso é problemático porque a Susep só
autoriza a comissão a quem assina o contrato, então, aquele que cotou, fica sem receber pelo trabalho. Edmur concorda e afirma que o corretor deve valorizar seu serviço, então deve saber de antemão se estará ou não autorizado a finalizar esse contrato.

Há uma nova lei do inquilinato sem discutida na câmara e  poderia ser em breve mudada, pois está em revisão, a ideia é de que ela deverá facilitar a conversa entre as partes envolvidas. Por outro lado, há o interesse e as razões dos corretores. Dois congressistas contestaram a visão de que o inquilino teria esse direito, já que o beneficiário do seguro é o locatário. A afirmação é que cada inquilino escolheria um corretor diferente e muitos perderiam a sua produção. O corretor que trabalha junto imobiliária investe em treinamento, brindes, angariação e promoção do produtores forma geral.

Alternativa no crédito
Rodrigo Rincon Jimenez, da Euler Hermes, afirma que deve haver mil apólices de seguro de crédito no Brasil, o que é muito pouco. “Se uma pessoa que está dentro do mundo segurador não sabe explicar esse seguro, imagine quem está vendendo e não é especialista”, indagou. A única linha que não tem um seguro e a de recebíveis. Houve crescimento na demanda, na procura do seguro de crédito. O seguro de crédito traz benefícios .

Para corretores que lidam com pessoal jurídica, Jimenez incentiva que eles devem oferecer seguro de crédito, especialmente desse momento no Brasil. “Muitas quebras que ocorreram no país foi por falta de crédito e por inadimplência”

Edmur Almeida lembra que  “quando o índice de inadimplência está baixo os empresários, por cultura, achava que não precisam de seguro de crédito. Hoje, está todo mundo abrindo o olho para o seguro de crédito”, comemora. O lado bom da crise é conscientizar. É o empresário saber que o seguro não é para quando a perda é pequena, e para a hora que vem a pancada e a gente precisa estar preparado para suprir a demanda”.

No Brasil, Jimenez acredita que o seguro de crédito tem benefícios na crise e no pós-crise. “É importante lembrar, saindo da crise, o empresário tem que entender pra quem ele vai vender, mas que essa inadimplência ainda dura um pouco mais”. As empresas precisam ter visão ampla do que têm pra receber, olhar todo o mercado.  “Saber pra onde a empresa está indo, fornecer informações qualificadas para ter mais segurança nos negócios da economia”, afirmou.

Seguro Garantia Judicial
A dúvida vinda da plateia tratava de dois gargalo: aceitação da garantia judicial pelo juiz é que para se aprovar um limite, as companhias exigem patrimônio líquido em torno de 50 milhões e reais. Hoje a demanda é grande, essa seria uma oportunidade,

Edmur opinou que há uma questão legal, que juíza não vão presumir que tem que aceitar, precisa de uma lei que faça isso. TST cravou que euro garantia é tão aceito quanto fiança bancário. Agora o seguro garantia equivale a dinheiro. Se o cliente está com um depósito em juízo, precisando de dinheiro e a hora do corretor , q também será consultor financeiro, pode sugerir a substituição , de forma legal, pelo seguro. “Cada vez mais os juízes não poderão negar porque as leis estão normalizando e estabelecendo a aceitação do seguro garantia”, ressaltou.

Quanto ao patrimônio, Edmur Almeida acha que é preciso confiar nos subscritores, se é o que eles pedem é porque é o necessário. Samuel lembra que o prestador de serviço deverá presta-lo, por isso o seguro garantia aceita, por exemplo, clientes que estão negativados.

O que fica da discussão é que, embora faltem especialistas para ampliar a carteira, há espaço para que isso seja feito. É preciso que o corretor olhe com calma e tenha uma mente aberta para saber que o automóvel pode estar na ponta da corrida dos seguros, mas o corretor que investir em especialização e novos nichos é que, n futuro, estará muito mais à frente,

Amanda Cruz
Revista Apólice

 

 

 

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