Diante de sinais de baixo crescimento nas principais economias mundiais, motivado por diversos fatores em países como Estados Unidos, China e a região da Europa. No Brasil, prevaleceu o compasso de espera em relação à evolução dos indicadores de confiança e da definição do calendário de medidas relativas ao ajuste fiscal. A análise dos gestores da Mapfre Investimentos traz mais detalhes sobre a movimentação econômica ocorrida no mês passado.
Cenário macroeconômico
As perspectivas de crescimento nas economias centrais seguiram marcadas pelo baixo dinamismo. Nos Estados Unidos, a economia deu sinais de que caminha com gradualismo, com crescimento dos salários relativamente fraco, reduzindo a pressão inflacionária no médio prazo. Esse resultado pode ser atribuído ao baixo crescimento da produtividade, que explica em boa parte a divergência entre o avanço robusto no emprego e a desaceleração na atividade. Isso significa que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) deverá se manter cauteloso em relação à elevação da sua taxa básica de juros.
Europa
Medidas restritivas de comércio e imigração devem levar a menores ganhos de produtividade e no nível de ocupação em prazos mais longos na Europa, reduzindo o potencial de crescimento econômico da região. Além disso, o efeito negativo da incerteza sobre o consumo e o investimento deve causar desaceleração do produto interno bruto (PIB), em especial nos países afetados pelo Brexit. Diante disso, a expectativa dos analistas da MAPFRE Investimentos é de que o Banco Central Europeu (BCE) permaneça cauteloso e que a política monetária na região siga intacta em território expansionista.
China
Medidas de restrição à saída de capitais resultaram em estabilidade do câmbio e do nível de reservas na China. Por outro lado, há desequilíbrios que impõem riscos a esse cenário de relativa calmaria. A proliferação de instrumentos de crédito alternativos eleva a probabilidade de inadimplência do sistema financeiro, em especial em instituições financeiras de médio porte. Isso representa risco adicional para o crescimento da economia chinesa. É importante ressaltar que este momento não aponta para um movimento de recuperação, de acordo com a ilustração a seguir. Nesse contexto, a companhia avalia que haverá um cenário de contínua desvalorização do yuan e de recorrentes intervenções do governo como forma de conter a desaceleração mais intensa da economia.
A.C.
Revista Apólice