Ultima atualização 18 de agosto

Os caminhos para o desenvolvimento dos seguros de pessoas

De acordo com o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, crescimento do segmento não acompanha seu desenvolvimento
Armando Vergilio. Crédito: Clóvis Campos
Armando Vergilio. Crédito: Clóvis Campos

O Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG) recebeu, em Belo Horizonte, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, para uma palestra sobre o cenário econômico e as perspectivas no segmento de seguros de pessoas. O encontro foi no Sindseg MG/GO/MT/DF, entidade que apoiou o evento junto com a Escola Nacional de Seguros, o Sincor-MG e as beneméritas do Clube.

Vergilio disse que o País “vive uma das piores crises da sua história”, referindo-se ao momento econômico e político do Brasil, e também avaliou os impactos do atual cenário no mercado de seguros. “O que percebemos há alguns anos é que o crescimento do segmento de seguros de pessoas não vem sendo acompanhado de seu desenvolvimento”, ponderou. Segundo ele, os produtos de acumulação, como o VGBL, que não tem a participação do corretor, são os mais comercializados. “Os produtos com cobertura de risco praticamente não apresentam um crescimento expressivo e nem aumento de penetração na população”.

O dirigente registrou que produtos inovadores, que representarão uma mudança de patamar na atuação e no volume de vendas para os corretores, estão na “fila” aguardando normatização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da área fiscal do governo para lançamento. “O Universal Life, produto comercializado em vários países com grandes resultados, está há anos aguardando ajustes, assim como o Prev Saúde, produto de formação de reserva para futuro uso em gastos com saúde”. Sobre o microsseguro, Vergilio foi taxativo. “Tem que ser reformulado. Da forma atual não atingirá objetivos e patamares de penetração como visto em outros países”.

O presidente da Fenacor destacou que a capacitação dos corretores, principal canal de distribuição, deve ser aprofundada, inclusive com ênfase para a autoregulação, e que a questão do agente de seguros precisa voltar ao debate. Indicou ainda que o desenvolvimento da cultura do seguro junto à população deve ser priorizado, com participação das entidades do setor e a busca incessante da disseminação da educação securitária. “Somente assim o seguro terá níveis de penetração compatíveis com o tamanho de nosso país”, afirmou.

Depois da palestra, o executivo compôs a mesa de debate com os presidentes do CSP-MG, João Paulo Mello; do Sindseg, Augusto Matos; do Sincor-MG, Maria Filomena Branquinho; e do ClubCor-MG, Helder Barbosa. A mediação ficou a cargo do vice-presidente do CSP-MG, Mauricio Tadeu. Os dirigentes responderam perguntas e debateram os temas abordados pelo palestrante, além de outros assuntos.

“Ficamos muito satisfeitos, pois o Armando conseguiu demonstrar que, apesar do cenário atual, temos um rumo a seguir na busca do desenvolvimento do mercado. Somente atuando juntos, corretores, seguradoras e entidades do setor, é que vamos obter sucesso”, encerrou João Paulo Mello, presidente do CSP-MG.

L.S.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock