Ultima atualização 25 de agosto

Estabilidade nos índices de roubo e furto de veículos em SP

Primeiro Boletim Econômico Tracker-Fecap aponta estabilidade nos índices de roubo e furto de carros, caminhões e motocicletas no Estado de São Paulo

Estabilidade nos índices de roubo e furto de veículos em SP

O primeiro Boletim Econômico Tracker-Fecap,  estudo elaborado pelo Grupo Tracker e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), aponta uma estabilidade nos índices de roubo e furto de automóveis, caminhões e motocicletas no Estado de São Paulo.

“Com o levantamento de informações sobre essas ações criminosas, será possível traçar um panorama geral do funcionamento efetivo da Economia do Crime e o quão impactante ela é para o país e para a vida dos brasileiros. O Boletim figura como uma ferramenta analítica, capaz de orientar o empresariado brasileiro dos setores de transporte e automotivo nas tomadas de decisões”, explica o coordenador de Marketing e Produtos do Grupo, Rodrigo Rufca.

Os números

O Boletim é composto pelo Índice Tracker-Fecap, que representa as ocorrências mensais de roubo e furto de veículos, tendo como base os veículos monitorados pelo Grupo; pelo Índice mês/mês, que compara o mês com o anterior; pelo Índice base fixa mensal, que compara o mês de referência com o período base (junho de 2014); e pelo Índice Mensal, comparação entre as ocorrências de roubo e furto do mês de referência do índice em relação a igual mês do ano anterior.

Junho

Com base nos indicadores desenvolvidos e nos dados de roubo e furto de veículos coletados junto ao Grupo, observa-se que no mês de junho, o Índice mês/mês Tracker-Fecap se manteve estável, com ligeira queda de -0,6% no volume de ocorrências em relação ao mês de maio. O índice Mensal registrou um aumento no número de roubos e furtos na ordem de 2%. O índice de based fixa, tendo por base o mês de junho de 2014, registrou um decréscimo de 18,5%.

A mesma comparação é efetuada com registros de ocorrências da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), que neste primeiro mês, apresentou tendências semelhantes à base Tracker.

Hipóteses

Para os estudiosos da economia do crime, o criminoso nada mais é do que o empresário de um mercado ilegal que tem suas ações guiadas pelas oportunidades, pelo risco e pela lucratividade. Sendo assim, do ponto de vista econômico, o que poderia explicar a possível redução no número de roubos e furtos?

  • Migração dos empresários do crime de roubo e furto de veículos para outras atividades mais lucrativas do mercado ilegal, como o tráfico de drogas;
  • Aumento do risco e do custo da atividade ilegal em decorrência da lei que regula os desmanches de carros;
  • Redução da demanda de peças e acessórios de veículos, explicados pela queda na atividade econômica;
  • Queda da lucratividade na venda de peças e acessórios roubados, explicada pela redução dos preços praticados pelas autopeças e concessionárias de veículos;
  • Mudança na estrutura demográfica com redução na proporção de pessoas entre 16 a 25 anos (perfil predominante entre os empresários do crime);
  • Inovações tecnológicas para inibição ou recuperação de veículos como rastreadores, câmeras, alarmes e blindagem;
  • Crescimento do exército de segurança particular monitorando ruas e condomínios;
  • Aumento na força policial e nos avanços do sistema de inteligência pública;
  • Mudança na estrutura de concorrência do mercado ilegal, número menor de microempresários do crime, maior concentração e especialização em decorrência do domínio do crime organizado;
  • Mudanças de preço, preferências e disponibilidades, choques externos no mercado de entorpecentes.

O Boletim Econômico Tracker-Fecap irá, nas próximas edições, averiguar cada uma das hipóteses, traçando um panorama mais detalhado sobre o assunto e, assim, avançando no entendimento a respeito do Mercado do Crime.

“Com o aumento da relevância da área de Inteligência de Mercado dentro das empresas, cada vez mais é necessária a fusão entre a Academia e o Mercado, trazendo como resultados, informações úteis para a formação de cenários, que vão desde o dimensionamento de custos com segurança até a identificação de grandes oportunidades. A área de Inteligência de Mercado do Grupo e o Núcleo de Pesquisa Econômica da FECAP – NECON vão trabalhar arduamente para desmistificar um cenário de extrema importância para a economia nacional”, analisa Frederico Lanzoni, do setor de inteligência competitiva do Grupo.

L.S.
Revista Apólice

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