Ultima atualização 04 de agosto

Competir é preciso

Atletas profissionais e amadores precisam de seguros individualizados, que atendam as particularidades da vida de quem pratica esportes

atletas

Olimpíadas 2016 – Os seguros de vida, saúde, seguro viagem estão disponíveis para todas as pessoas que querem se proteger e proteger suas famílias de contratempos e imprevistos que podem ser fatais. Mas e quando a proteção precisa ser ainda mais minuciosa? É o caso dos atletas, profissionais e também aqueles de finais de semana. “O importante é que a companhia de seguros seja baseada em cima da necessidade de cada cliente. Ou seja, dando segurança financeira para o atleta que ficaria impossibilitado de atuar ”, explica Sidney Calligaris,
diretor comercial da Prudential Seguros.
Quem pratica esportes garante melhor condicionamento físico e uma vida mais saudável, mas, ao  mesmo tempo, está mais sujeito a sofrer lesões e, se não estiver bem preparado, levar seu corpo além dos limites.
Não é à toa que grandes atletas fazem seguro das partes mais importantes de seus corpos: o piloto de
Fórmula 1, Fernando Alonso, por exemplo, segurou seus polegares em $ 10 milhões de euros. No futebol, não
faltam mais exemplos. Quando o Corinthians contratou o jogador Ronaldo, fez um seguro especial para o
joelho do jogador e Cristiano Ronaldo, atacante português, tem suas pernas seguradas em $100 milhões de euros.
Pode parecer exagero, mas esses são esportes que movimentam bilhões e o desfalque em competição pode ser decisivo para a carreira de um atleta. Outras modalidades são bem mais modestas e muitos atletas passam por dificuldades para garantir patrocínio e conseguir treinar, arcar com material e chegar às competições  mundiais, como as Olimpíadas.
O mercado de seguros tenta auxiliá-los de variadas formas. Há seguradoras  que patrocinam os esportistas dando condições financeiras para que eles tragam vitórias. Um exemplo é a Icatu Seguros que, desde 2011, desenvolve o projeto “Bons Ventos 2016” que tem como objetivo preparar um dupla de velejadores para grandes
competições: Marco Grael e Gabriel Borges, que garantiram seu espaço nas Olimpíadas do Rio de Janeiro “Estamos profundamente  orgulhosos e recompensados. Somos uma empresa que incentiva a todos a planejarem o seu futuro, e foi o que fizemos com esses atletas: investimos lá atrás e estamos colhendo os resultados agora” afirma a diretora de Marketing e Canais da Icatu Seguros, Aura Rebelo.
Além de todos os riscos, dificuldades e desafios que o atletas encontram, há outro fator agravante: na
maioria das práticas esportivas, a aposentadoria ocorre muito cedo. Jogadores de futebol acima de 35
anos já estão perto de pendurar as chuteiras. É preciso muito planejamento financeiro para quando a vida profissional acaba, pois ainda há muito o que se fazer pela frente. Nas prateleiras existem opções como os
seguros de vida que após um tempo determinado  de contribuição, o segurado deixa de pagar e ele continua valendo após esse período, com base em uma reserva matemática feita a partir do valor
de contribuição. Por exemplo, se o atleta tiver uma forte lesão que o impossibilite de praticar o esporte, ele poderá  resgatar a reserva que estará lá para cuidar da saúde ou manter suas despesas em dia. Quando
se trata de fazer esportes profissionalmente, uma lesão, ainda que não seja permanente, mas que seja incapacitante para a prática já pode ser considerada um sinistro. “Há também a opção de contratação de um
seguro para doenças graves, como câncer infarto, AVC ou queimaduras severas, por exemplo”, conforme cita Calligaris.
Conhecendo bem de perto os problemas aos quais esses profissionais estão expostos, um grande nome do esporte  nacional que também é senador pelo PSB-RJ, Romário, apresentou uma proposta para beneficiar os atletas brasileiros, oferecendo a eles seguro para competições nacionais e internacionais no PLS 67/2015. Nele, clubes, confederações e federações esportivas têm a obrigação de contratar seguro de vida e contra acidentes pessoais para os atletas profissionais, que deverá ser compatível com a remuneração. Essa iniciativa vem
para incrementar a Lei 9615/98 – Lei Pelé- que foi desenvolvida por Pelé enquanto ocupava o cargo de ministro
do esporte no governo Fernando Henrique Cardoso. Desde lá, os clubes confederações e federações são
obrigadas a contratar seguro de vida e de acidentes pessoas para os atletas que atuam profissionalmente.
Essas propostas têm exemplos claros na realidade para serem observados, como foi o caso da ex-ginasta Laís Souza. Ela ficou tetraplégica em 2014, depois de um acidente enquanto esquiava e não tinha nenhum seguro. Lais passou por momentos difíceis até começar a receber ajuda do governo para manter seu tratamento.
Em tese, o tipo de vida que é exigida de um atleta não é, por si só, um agravante na cotação do seguro. “O seguro para atleta profissional vai contemplar os riscos que o esportista poderá sofrer durante a prát ica do esporte. O preço do seguro vai variar de acordo com o risco e de diversos outros fatores que podem
ser diferentes de seguradora para seguradora”, explica Marcella Ewerton, coordenadora de conteúdo da
Bidu Corretora.
A executiva explica ainda que, em 2012, a prática de esportes profissionais de forma segura ganhou força com a decisão da FIFA em garantir cobertura de lesões em jogadores que atuem em partidas das seleções que integram a  federação de futebol. Para amadores Quem corre de final de semana ou gosta de viajar para praticar esportes também precisam se proteger. Ainda se acredita muito que quem pratica esses esportes não tenha aceitação das companhias de seguro para se proteger, mas isso já mudou no mercado há algum tempo. “As
seguradoras que oferecem seguro viagem podem oferecer também uma modalidade que contemple a prática
de esportes radicais, prevendo os riscos que são específicos desses esportes”. É verdade que a probabilidade desses seguros ficarem mais caros é grande, já que o risco aumenta consideravelmente, mas
as muitas corretoras e seguradoras já oferecem isso como um diferencial.
Já no caso dos produtos de Vida, as coisas são um pouco diferentes e a aceitação de quem pratica pode ficar
comprometida dependendo da política de aceitação da companhia.

Amanda Cruz
Revista Apólice

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