Ultima atualização 25 de julho

Automação inteligente trará vantagem competitiva às seguradoras

Relatório prevê choque cultural na indústria de seguros e afirma que as companhias transformarão suas forças de trabalho para operar em um mundo digital

Automação inteligente trará vantagem competitiva às seguradoras

Embora a próxima onda de tecnologias digitais vá transformar a própria natureza das organizações de seguro, incluindo o que é feito e como, aquelas que terão sucesso vão conseguir transformar drasticamente suas forças de trabalho e culturas para operar em um mundo digital. Esta é a conclusão de um novo relatório da Accenture.

Com base em uma pesquisa com cerca de 450 executivos de seguros, o relatório Tech Vision para Seguros 2016, intitulado Pessoas em primeiro lugar: A primazia das pessoas na era do seguro digital, afirma que a próxima onda da tecnologia – Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês), ecossistemas baseados em plataforma e inteligência artificial – está amadurecendo e deverá transformar a própria natureza da organização de seguro e o que ela faz. Na verdade, 90% das seguradoras no mundo e 100% das brasileiras disseram esperar que o ritmo da mudança tecnológica aumente rapidamente ou a uma taxa sem precedentes, nos próximos 3 anos. Além disso, 83% das seguradoras acreditam que a Internet das Coisas vai promover uma mudança significativa ou uma transformação completa na indústria. No Brasil, este percentual sobre para 91%.

O relatório afirma que as tendências digitais identificadas no documento – automação inteligente, força de trabalho líquida, economia de plataforma, disrupção previsível e confiança digital – oferecem às seguradoras uma oportunidade de mudar de seu modelo de negócio tradicional para um em que elas podem avaliar e mensurar riscos diretamente, individualmente e em tempo real, bem como ajudar os clientes a evitar perdas. No entanto, para aproveitar ao máximo estas tendências, as seguradoras vão precisar transformar drasticamente sua força de trabalho e cultura.

“O surgimento das tecnologias digitais e a adoção de parcerias de plataforma estão causando uma mudança na força de trabalho de seguros”, diz John Cusano, líder global da prática de Seguros da companhia. “As seguradoras digitais estão contratando funcionários que são mais interessados em tecnologia, criativos e analíticos, e agora elas estão competindo pelos melhores talentos de ciência, engenharia, tecnologia e matemática. As seguradoras também estão introduzindo cada vez mais ‘automação inteligente’ que pode consumir e analisar grandes quantidades de dados e executar processos complexos para complementar esta nova força de trabalho. As empresas precisam ter visão de futuro para desenvolver sua cultura e adotar todas essas mudanças”, acrescenta ele.

Para tirar vantagem destas tecnologias e aproveitar essas mudanças ao máximo, o levantamento afirma que os executivos de seguros vão precisar transformar suas forças de trabalho e culturas, pondo as pessoas em primeiro lugar. Para este fim, o relatório identifica quatro pilares fundamentais necessários para a implementação de uma cultura digital bem-sucedida, que faz exatamente isso.

Os quatro pilares são:

  • Construído para mudança
    As seguradoras digitais estão desenvolvendo novas habilidades, processos, produtos e formas de trabalhar. Elas estão mudando para uma força de trabalho flexível e capaz de acompanhar o ritmo acelerado das mudanças, o que exige a evolução dos conjuntos de habilidades. Noventa por cento dos entrevistados (97% no Brasil) acreditam que o treinamento de sua força de trabalho tornou-se mais importante hoje do que era há três anos. Além disso, 78% no mundo (e 77% no Brasil) acreditam que uma “força de trabalho mais líquida” ou mais fluida vai melhorar a inovação através da introdução de pensamento e indivíduos mais diversificados no processo.
  • Direcionado a dados
    As novas tecnologias estão possibilitando que as seguradoras usem dados para formar uma base mais sólida para a tomada de decisões em todos os níveis da companhia de seguros. A maioria das seguradoras (86%) acredita que o uso de “automação inteligente” estimulado pela inteligência artificial irá lhes dar uma vantagem competitiva significativa, permitindo-lhes inovar e criar novos processos de negócios. No Brasil, este percentual é de 100%. 82% das seguradoras no mundo disseram que a automação impulsionada pela inteligência artificial vai ser perfeitamente incorporada a cada aspecto do negócio nos próximos cinco anos.
  • Abraçar a disrupção
    As seguradoras precisam abraçar a disrupção e adotar tecnologias que lhes permitam fazer as coisas de forma diferente. Novas plataformas e ecossistemas permitirão ter uma compreensão mais profunda das novas necessidades de seus clientes, parceiros e funcionários. De fato, 94% das seguradoras (100% no Brasil) acreditam que a adoção de um modelo de negócio baseado em plataformas e o envolvimento em ecossistemas de parceiros digitais são fundamentais para o seu sucesso; e 83% acreditam que esses modelos de negócios farão parte da estratégia de crescimento central da sua organização dentro de três anos.
  • Conscientização do risco digital
    O movimento em direção ao digital criou muitos novos riscos para as seguradoras, incluindo novas ameaças à segurança, demanda pelo uso transparente de dados sensíveis, e perguntas sobre o uso ético das novas tecnologias. Na verdade, 78% das seguradoras globalmente (e 83% das brasileiras) acreditam que elas estão expostas a mais riscos do que estão preparadas para lidar, na condição de negócio digital. A “confiança digital” terá de ser integrada ao processo de desenvolvimento de tudo o que elas fizerem para evoluir.

“Não se trata de usar mais tecnologia, mas permitir que as pessoas – consumidores, trabalhadores e parceiros de ecossistemas – conquistem mais com a tecnologia”, afirma Cusano. “Trata-se de mudar a cultura corporativa para ver a tecnologia como um meio para ajudar as pessoas a se adaptar e aprender, criar novas soluções, promover a mudança e revolucionar o status quo. Seja qual for o seu papel, todos os empregados de uma seguradora precisam esperar a mudança, compreender seu impacto e acompanhar o ritmo, evoluindo e aumentando suas competências. Isso vai exigir que as seguradoras desenvolvam estratégias para sua força de trabalho que preparem todos os seus colaboradores para se adaptarem à nova cultura organizacional, ao modo de trabalhar e ao comportamento do cliente da era digital.

Metodologia

A Accenture Research realizou uma pesquisa global com mais de 3.100 executivos de negócios e de TI, em 11 países e 12 indústrias, para obter insights sobre a adoção de novas tecnologias. O relatório da indústria de seguros é baseado em uma amostra de 445 entrevistados de companhias de seguros em todo o mundo. A pesquisa ajudou a identificar questões importantes e prioridades para a adoção e investimento de tecnologia. Os entrevistados eram em sua maioria executivos C-level e diretores, com alguns líderes funcionais e de linha de negócios, em empresas com receita anual de pelo menos US$ 500 milhões, com a maioria das empresas com receita anual superior a US$ 6 bilhões.

L.S.
Revista Apólice

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