Apoiada pelo conhecimento e capacidade de avaliação de crédito do Banco, acaba de ser lançada a BMG Seguros, que irá atuar exclusivamente como seguradora de garantia. O diretor presidente da nova companhia, Jorge Sant´Anna, afirmou que o foco será nos produtos de garantia financeira, Bid e Performance Bonds. “Queremos começar a pensar em soluções um pouco diferentes do que o mercado traz hoje. Por exemplo: variantes do seguro de garantia financeira, seguros que possam auxiliar na operação das empresas”, adiantou, acrescentando que é hora de começar a aproximar o mercado brasileiro do que já está disponível no exterior.
Sant´Anna destaca que o mercado internacional é muito rico em termos de produtos e que, lá fora, a gestão de garantia não é tratada pelo mercado financeiro, mas sim pelo setor de seguros. Para ele, este é o momento do setor de seguros ocupar o seu espaço com a criação de novos produtos.
Para justificar a criação da seguradora em momento tão delicado para a economia brasileira. Sant´Anna apresenta alguns números: atualmente, há R$ 450 bilhões em fianças bancárias; R$ 1 trilhão em dívida ativa e R$ 200 bilhões em depósitos judiciais. “São recursos alocados em crédito bancário ou depósito judicial. Existe uma necessidade de liquidez das companhias, de liberação de linha de crédito e é nesta linha que as seguradoras devem atuar. Hoje, entre R$ 20 e 30 bilhões são sugados do mercado corporativo para garantias judiciais. Este dinheiro poderia estar na operação”, completa.
Para Antônio Hermann, presidente do Banco BMG, o lançamento reforça a estratégia atual da instituição, de abertura de novos negócios e ampliação do portfólio de produtos oferecidos a clientes do segmento empresarial. “Temos feito um trabalho intenso de qualificação da nossa atuação junto ao segmento corporativo, acreditamos que a tradição e a solidez da nossa marca, presente há mais de 85 anos no mercado, podem contribuir para a criação de oportunidades e para o crescimento econômico do país”, afirma.
O seguro garantia é cada vez mais demandado por empresas que desejam otimizar sua gestão de riscos sem comprometer sua liquidez ou aportar um volume de garantia que dificulte os negócios. O mercado movimentou R$ 1,6 bilhão em prêmios no Brasil em 2015 e a expectativa para 2016 é de atingir R$ 2 bilhões.
Kelly Lubiato
Revista Apólice