Ultima atualização 23 de fevereiro

Grupo Allianz divulga resultados de 2015

Receitas atingiram nova alta de 2,4%, e chegaram a 125,2 bilhões de euros

Grupo Allianz divulga resultados de 2015

O Grupo Allianz obteve sólidos resultados em 2015, com lucro operacional de 10,7 bilhões de euros, impulsionado por um quarto trimestre muito expressivo. Em comparação ao ano anterior, no segmento de Property & Casualty (todos os seguros, exceto Vida e Saúde), houve crescimento tanto nos prêmios brutos subscritos quanto no resultado operacional, apesar do maior impacto sobre este último por conta de catástrofes naturais. No ramo Vida e Saúde, a mudança estratégica no mix de produtos se acelerou, levando a uma leve redução nas receitas, ao passo que o lucro operacional aumentou. Na Gestão de Ativos, a saída líquida de fundos de terceiros continuou a decrescer ao longo do ano. A média mais baixa de ativos de terceiros sob gestão está refletida no resultado operacional do segmento.

“A Allianz entrega bons resultados de maneira estável, mesmo sob condições operacionais cada vez mais desafiadoras. Nosso negócio está saudável e bem diversificado. Isso nos deixa confiante de que continuaremos a entregar fortes rendimentos. Nossa meta é gerar 10,5 bilhões de euros de resultado operacional em 2016, com uma margem de mais ou menos 500 milhões de euros”, declara Oliver Bäte, CEO da Allianz SE. “Para 2015, o Conselho de Administração vai propor dividendos de 7,30 euros por ação, um aumento de 6,6% sobre 2014”.

“O forte desempenho em nossas operações de seguros, somado às taxas de desempenho em Gestão de Ativos no quarto trimestre, conduziram o resultado operacional do ano todo a um nível próximo do topo da meta estabelecida para a faixa de rendimentos visada”, diz Dieter Wemmer, diretor financeiro da Allianz SE. “A gestão ativa de riscos levou a um forte coeficiente de capital na marca dos 200% sob as regras da Solvência II, nos deixando bem preparados para os mercados voláteis da atualidade”.

Grupo: crescimento do resultado operacional

Em 2015, o resultado operacional aumentou 3,2%, para 10,7 bilhões de euros, chegando próximo ao limite superior da faixa visada para o ano.

A alta foi impulsionada pelos segmentos de seguros, ao passo que o resultado operacional em Gestão de Ativos declinou conforme se esperava. Um resultado não operacional melhorado deu suporte ao aumento de 6,3% no rendimento líquido atribuível aos acionistas. As receitas totais para o ano aumentaram em 2,4%. O lucro básico por ação (EPS) cresceu 6,2% alcançando 14,56 euros. A rentabilidade sobre capitais próprios foi de 12,5% em 2015 (em 2014, chegou a 13%).

No mesmo período, o coeficiente de solvência II aumentou para 200%, em comparação aos 191% ao final de 2014, devido a uma gestão ativa de riscos. Em novembro de 2015, o modelo interno foi aprovado pela autoridade alemã de supervisão.

Já as receitas totais no quarto trimestre diminuíram 1,1%, devido, principalmente, à mudança em relação a produtos individuais e com viabilidade econômica no segmento de Vida e Saúde.

O crescimento do resultado operacional no trimestre, por sua vez, foi forte em Vida e Saúde, impulsionado ganhos líquidos mais elevados realizados, principalmente, na Alemanha, e uma crescente estrutura patrimonial nos Estados Unidos. No segmento de Property & Casualty, melhores resultados em subscrição e investimentos deram suporte ao aumento no resultado operacional. Na Gestão de Ativos, os efeitos favoráveis da moeda estrangeira e as taxas de desempenho mais altas mitigaram o efeito de um menor número de ativos sob gestão.

Seguros de P&C: crescimento interno

No segmento de Property & Casualty, os prêmios brutos subscritos aumentaram 6,8%, para 51,6 bilhões de euros, em 2015. Ajustados para fins de câmbio estrangeiro e consolidação, o crescimento interno foi de 2,9%, com a Allianz Worldwide Partners, Turquia e a seguradora industrial Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) como principais impulsionadores. O resultado operacional para o ano aumentou 4,1% para 5,6 bilhões de euros. O índice combinado para o ano inteiro foi de 0,3 ponto percentual acima do ano anterior e permaneceu em 94,6%. O impacto de catástrofes naturais aumentou para 1,6%, comparado ao 0,9% do ano anterior.

Os prêmios brutos subscritos totalizaram 10,9 bilhões de euros no quarto trimestre de 2015, ficando 1% abaixo do primeiro trimestre do ano anterior. Corrigidos para efeitos cambiais e de consolidação, o crescimento interno de 2,6% foi conduzido particularmente pela Turquia e pela AGCS. Os resultados tanto de preço quanto de volume foram positivos.

O resultado operacional no quarto trimestre aumentou 8,6%, para 1,2 bilhão de euros, em comparação ao trimestre do ano anterior. As indenizações por catástrofes naturais aumentaram, principalmente devido às tempestades e inundações no Reino Unido, bem como as inundações na França, nos Estados Unidos e Índia. Isso foi compensado por uma contribuição de escoamento maior. O índice combinado aumentou em 0,2%, 96,2%, no quarto trimestre em comparação com o período no ano anterior.

O crescimento continuou tanto nos principais mercados quanto nos emergentes, conduzindo até mesmo ao maior crescimento em prêmio nos últimos dez anos. Continuamos a oferecer suporte à nossa agenda de crescimento com aquisições direcionadas, incluindo a recente aquisição de uma carteira comercial de P&C nos Países Baixos.

Vida e Saúde: acelerando a mudança estratégica no mix de produtos

No segmento de Vida e Saúde, o resultado operacional saltou 14,1%, alcançando 3,8 bilhões de euros, impulsionado, principalmente, por uma margem de investimentos mais ampla. Os prêmios estatutários para o ano inteiro foram de 66,9 bilhões de euros, uma redução de 0,6%. O desenvolvimento da margem de novos negócios (NBM) ao longo do ano reflete a mudança almejada em relação aos produtos individuais e com viabilidade econômica. Na primeira metade, as contínuas baixas taxas de juros e a volatilidade de mercado conduziram a uma NBM comparativamente baixa de 1,5%. A mudança visada no mix de produtos afetou positivamente a segunda metade do ano, quando as NBM praticamente dobraram para 2,9%, trazendo a média de NBM no ano para 2,1%. Proporcionalmente, o valor de novos negócios (VNB) foi superior na segunda metade do ano em comparação ao primeiro semestre. No total, o Valores dos Novos Negócios (VNB) decresceu em 18,5% para 1,2 bilhão de euros em relação a 2014 devido a efeitos de taxas de juros na primeira metade do ano.

Os prêmios estatutários no quarto trimestre foram de 17 bilhões de euros, uma redução de 1,8%. Isso se deve, principalmente, às vendas reduzidas de produtos tradicionais na Itália e à não recorrência dos elevados prêmios das anuidades fixas indexadas dos negócios nos Estados Unidos no quarto trimestre de 2014.

O resultado operacional aumentou 63,7%, para 1,1 bilhão de euro no trimestre. Este aumento foi impulsionado, sobretudo, por uma margem de investimentos maior em uma base de ativos expandida nos Estados Unidos e lucros líquidos superiores realizados na vida de negócios da Alemanha.

O valor dos novos negócios (VNB) teve leve aumento, passando a 392 milhões de euros no trimestre. Em decorrência de alterações na estratégia de produtos, os prêmios mudaram para produtos unitários e economicamente mais eficientes e a margem de novos negócios aumentou 0,3%, para 2,8%, em relação a 2014.
A Allianz foi bem-sucedida em duas áreas muito importantes em 2015 no segmento de Vida e Saúde: a contínua mudança em direção a novos produtos especificamente desenvolvidos para o ambiente de baixa taxa de juros e o significativo aumento da margem de novos negócios na segunda metade de 2015.

Gestão patrimonial: saída líquida de fundos de terceiros significativamente reduzida

Em gestão patrimonial, o resultado operacional para o ano recuou 11,8%. Isto reflete principalmente o impacto de uma base de ativos menor, resultado da contínua – embora descendente – saída líquida de fundos de terceiros na PIMCO e, em menor escala, de uma redução na margem sobre ativos de terceiros sob gestão. Na PIMCO, a saída líquida de fundos de terceiros foi praticamente a metade em comparação a 2014, ao passo que a Allianz Global Investors atingiu um recorde em aportes líquidos de terceiros. A Allianz Global Investors registrou seu resultado operacional mais elevado desde a implementação da nova estrutura em Gestão Patrimonial em 2012. A relação custo/rendimento (CIR) subiu 5,3%, para 64,5%, para o segmento todo.

O resultado operacional no quarto trimestre aumentou 8,2%, para 637 milhões de euros. Do ponto de vista interno, excluindo os efeitos positivos de câmbio estrangeiro, principalmente do aumento do dólar americano contra o euro, o resultado operacional decresceu em 2,7%. Após queda na média de ativos de terceiros sob gestão, as receitas relacionadas tiveram redução. Isto foi parcialmente compensado por taxas de desempenho mais altas e despesas operacionais mais baixas.

O CIR aumentou para 63%, de 64,3% no primeiro trimestre do ano, refletindo principalmente as taxas de desempenho mais altas no trimestre.

Em comparação a 30 de setembro de 2015, ativos de terceiros sob gestão aumentaram 17 bilhões de euros para 1,276 trilhão de euros, impulsionados por efeitos de tradução de câmbio estrangeiro positivos. O quarto trimestre viu a saída líquida de fundos de terceiros retroceder para 8 bilhões de euros, em comparação com saídas líquidas de 141 bilhões de euros no quarto trimestre do ano anterior. Os escoamentos foram impulsionados pela saída líquida de fundos de terceiros na PIMCO, enquanto a Allianz Global Investors registrava entradas líquidas de terceiros pelo décimo segundo trimestre consecutivo.

A Gestão de Ativos teve desempenho dentro das expectativas em 2015. A contínua desaceleração das saídas líquidas na PIMCO e o forte desenvolvimento na Allianz Global Investors são positivos. No entanto, a gestão patrimonial continuará em foco em 2016.

L.S.
Revista Apólice

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