Ultima atualização 27 de janeiro

A arte de compreender e estudar os riscos no ambiente de negócios

* Por Alfredo Chaia
Alfredo Chaia

Nenhuma organização opera no vácuo. Além dos riscos operacionais, as instalações estão sujeitas a diversos riscos que se originam de seus arredores. Partindo disso, temos à frente riscos em diferentes categorias e fontes, que são classificados didaticamente.

Os Riscos da Natureza, caprichosos como tal, podem expor as organizações a desastres como terremotos, tempestades, raios, incêndios e tornados. Essa exposição depende tipicamente da região geográfica onde as unidades estão alocadas. A concentração geográfica também é um problema que deve ser considerado. Um exemplo esclarecedor é o “Silicon Sea Belt”, onde 50% da produção de semicondutores do mundo se encontra, localizada nos limites de Japão, Singapura, China, Taiwan e Coréia do Sul. Esse pedaço do mundo está altamente exposto a catástrofes naturais, como acompanhamos regularmente nos noticiários.

Já os Riscos Políticos incluem qualquer mudança inesperada e inconveniente nas leis e regulamentos em questão. Tipicamente registrado por violações de contratos de empresas sem recorrer à ação legal, ou reforço inesperado em leis ambientais e trabalhistas, ou até pela desvalorização não prevista da moeda. Em alguns casos, até guerras e conflitos são fatores preponderantes.

Existem também os chamados Riscos Competitivos e Estratégicos, os quais referem-se ao potencial impacto negativo das ações de concorrentes ou mudanças ambientais e tecnológicas, que reduzem a eficácia estrategista da companhia.

Em suma, cuidados básicos podem contribuir para o entendimento das exposições e de suas dimensões, contribuindo para chegar ao conjunto de medidas que reduzem o potencial impacto da interrupção da produção. Identificar fontes de matérias-primas e componentes, conhecer o fluxo de trabalho paralelo às plantas irmãs ou locais, desenvolver um fluxograma de produção de rastreamento da matéria-prima até o produto final, identificar fontes alternativas e diagnosticar equipamento críticos ou singulares que não podem ser facilmente replicados por outras plantas são alguns mandamentos a serem seguidos.

Mesmo diante de todo esse cenário de apuração, ainda pode ser necessário fazer o mesmo processo para vários produtos ou linhas, afim de identificar um potencial risco independente.

A criação de uma estratégia de resiliência para enfrentar as rupturas no processo, que nada mais é que um plano de respostas à emergência, é o principal conjunto de medidas para mitigar os impactos. É arte analítica, que atua de maneira decisiva para a recuperação da empresa.

* Alfredo Chaia, diretor da AIG Consultoria Brasil

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock