Ultima atualização 01 de outubro

A época do seguro de Responsabilidade Civil

“Quem trabalha correto quer ter proteção correta”. Foi assim que Fernando Simões iniciou a abertura do I Seminário de Seguro de Responsabilidade Civil promovido pela FenSeg em parceria com a Funenseg, na quarta-feira, 30, em São Paulo. Isso porque o produto é uma grande defesa para aqueles que se preocupam com os danos que podem causar a outras pessoas em diferentes atividades, mas especialmente daqueles profissionais que correm riscos que fogem ao seu alcance.
Da abertura dos debates participaram também Paulo Marraccini, presidente da FenSeg e Maria Helena Monteiro, diretora de ensino da Escola Nacional de Seguros que indicou a intenção da Escola em transformar esses seminários em futuros cursos para a instituição.

O primeiro painel do evento tratou sobre os conceitos gerais do Seguro de Responsabilidade Civil, com mediação de Robert Rufnagel, presidente da Berkley, que deu o pontapé inicial com a pergunta: ” por que o RC Geral, de diversos tipos, cresce tanto?”
Gutemberg Viana, gerente da carteira na Chubb Seguros, comentou que o crescimento desse mercado é de, em média, 10% ao ano e isso se deve a alguns fatos: como conscientização da população, saturação de outros ramos e despertar do corretor para áreas diferentes de atuação. Essa última, para Álvaro Dabus, da AD Corretora, é crucial porque a especialização dos corretores em temas diferentes é a grande oportunidade de crescimento que eles têm. “Mas, sobre o crescimento, devemos levar em consideração tudo o que aconteceu no País nós últimos anos, como a distribuição de renda e os programas sociais, tudo isso contribui para que as pessoa passassem a se preocupar mais com a questão de se proteger”, lembrou.
Para o advogado Felippe Barreto, é importante também destacar o quanto o seguro de RC é relevante socialmente, um exemplo de que quem contrata está preocupado com os impactos que seus atos possam causar. “Acredito que o mercado está travado nas condições que apresenta. Há danos coletivos, por exemplo, entre outras situações, que o mercado ainda não contempla. Hoje nós só fazemos os danos clássicos. É preciso conhecer mais de direito para atuar nessa área”, opinou.
Mais uma vez o mercado esbarra com a questão da falta de clareza nas apólices. Os especialistas no evento afirmaram que os impasses que aparecem todos os dias são enormes porque o consumidor não entende direito a apólice, quais riscos foram excluídos no momento da contratação ou porquê foram declinados.
Walter Polido, advogado, criticou o modo como a maioria das seguradoras encara suas cláusulas. “Os clausulados são anacrônicos, sem seguir os novos interesses da comunidade da maneira como ela é hoje. Não vejo motivos para que eles sejam instruídos pela Susep, porque não cabe a ela fazer e padronizar produtos, mas sim regular. Fazer e definir como serão os produtos são responsabilidades das seguradoras”, apontou.
A questão foi levantada por Polido por causa da circular 437 apresentada pela autarquia que estabelece condições contratuais padronizadas. Mas Viana discorda e diz que “a circular não foi imposta a ninguém, não era obrigatório seguir. Ela tem muitas falhas entre exclusões e inclusões, mas cabe a seguradora fazer diferente da maneira que achar melhor. Poderíamos e podemos fazer melhor”, avaliou.
Por fim, o consenso é que, com os players do mercado atuando em conjunto, é preciso alavancar o mercado de RC com o corretor fazendo essa divulgação, juntamente com gerenciamento de risco, apresentando cases de sinistros para que seus segurados tenham pleno entendimento da importância da contratação.

Amanda Cruz
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock