Ultima atualização 08 de setembro

Vantagens da terceirização do gerenciamento de riscos

* Por Cyro Buonavoglia
Cyro Buonavoglia

Assim como a revolução industrial, no século XIX, trouxe uma mudança de comportamento, a crise mundial e brasileira está trazendo diversas lições para as empresas de todos os segmentos. A primeira é que o ramo de serviços é um dos mais importantes para a economia hoje. É claro que a manufatura é fundamental, mas aliar a inteligência e solução passou a ser o foco da nova era empresarial.

Diante disso, a questão da terceirização vem como uma avalanche de oportunidades. De um lado, os empresários, que podem focar em resultados, e do outro, os prestadores de serviços com suas ideias e ferramentas que otimizam e contribuem para o sucesso dos seus clientes.

No ramo de transportes e logística não poderia ser diferente. Prova disso é o trabalho de gerenciamento de riscos, que por meio de ferramentas e planos estratégicos minimiza e previne sinistros e perda de eficiência no processo logístico.

Fortalecido no final da década de 1990, quando as empresas passaram a utilizam o rastreadores satelitais, o gerenciamento de riscos evoluiu muito e atualmente é uma peça chave para a inteligência de um processo logístico.

Ao terceirizar e confiar em um parceiro de GR, varejistas, transportadoras e embarcadores podem realizar seus trabalhos com foco total no que realmente sabem fazer. Isso porque hoje o GR está intimamente ligado aos serviços de informação logística, controle de jornada de motoristas, entre outros, ou seja, não é mais uma mera ferramenta de segurança; o serviço é mais amplo e visa à prevenção de perdas como um todo.

E não basta apenas instalar um rastreador ou um software simples para isso. É aí que entra a importância de uma gerenciadora, pois ela terá equipe e tecnologia mais do que suficientes para a segurança e agilidade que os clientes tanto querem.

E com segurança não se brinca. Para se ter uma ideia, um PGR – Plano de Gerenciamento de Risco deve ser elaborado com base nas informações de cada operação e, para isso, é necessário avaliar os tipos de mercadorias (se são visadas, de fácil recolocação no mercado, de fácil manuseio), valor, cubagem x peso, áreas de riscos, ou seja, regiões geográficas caracterizadas pela alta incidência e concentração de sinistros de roubo de carga, rotas (rodovias com alta incidência de acidentes, por exemplo), tipos de veículos e de motoristas (se são funcionários, agregados ou terceiros/autônomos). De posse destas informações são definidos os procedimentos, equipamentos e controles das operações.

Como a análise de gerenciamento é feita com base em uma matriz de mapeamento e controle, os riscos são identificados e classificados de forma quantitativa e qualitativa, ou seja, para cada risco são definidas respostas para reduzir sua frequência e severidade.

Para que isso aconteça, existem diversas soluções, como monitoramento para prevenção de roubo; gestão para prevenção de acidentes; gestão de desempenho de frota; informações logística, entre outras.

A central de monitoramento deve possuir infraestrutura de informática, bem como equipamentos de contingência de energia e comunicação para manter todos os serviços em operação 24 horas por dia; deve possuir processos definidos e implantados, profissionais qualificados e treinados e plataforma de integração que possibilita a parametrização dos procedimentos de cada operação.

Outra revolução e, obviamente vantagem de ter um parceiro em GR, é a otimização das operações logísticas, ou seja, como saber qual é a situação dos veículos, como chegar no lugar certo de forma inteligente e, principalmente, em tempos de combustível caro, como reduzir custos?

Para isso, existem soluções capazes de gerar ganho operacional, economia de tempo e dinheiro, diminuição do retrabalho e controle sobre todas as informações, tornando a operação muito mais rentável e lucrativa.

Esse tipo de ferramenta, por exemplo, permite verificar a disponibilidade e situação de cada veículo, administrar o tempo de retenção e performance da operação, receber via SMS, ou por e-mail, alertas em tempo real, controlar a variação da temperatura das cargas frigorificadas, acompanhar a jornada de trabalho dos motoristas, validar os itens de segurança instalados nos veículos e gerar relatórios estatísticos da operação com informações sobre valores transportados, situação dos veículos, informações sobre os motoristas, dados de embarque e desembarque, variação de temperatura, notas faturadas e entregas em atraso ou realizadas.

Com ações inteligentes, o gerenciamento de riscos auxilia a transportadora a cumprir o compromisso de entrega das mercadorias ao seu destino, ao embarcador a preservação da marca e a manutenção do seu market share, e à seguradora, possibilita o equilíbrio do índice de sinistros e prêmios, viabilizando melhores taxas de seguros.

Assim, quanto maior o conhecimento de uma gerenciadora de riscos, maior a segurança dos clientes e, consequentemente, custos e preocupações diminuem.

* Cyro Buonavoglia, especialista em gerenciamento de risco, é presidente da Buonny Projetos e Serviços de Riscos Securitários

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