Ultima atualização 30 de setembro

SulAmérica divulga estudo sobre a saúde na terceira idade

Levantamento analisou informações do Programa Idade Ativa e aponta as variáveis associadas à rotina do idoso que elevam a probabilidade de internação

SulAmérica divulga estudo sobre a saúde na terceira idade

O Estudo Idade Ativa, realizado pela SulAmérica em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) por meio do Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva (CEPESC), revela dados sobre variáveis que impactam diretamente a saúde do idoso. O trabalho avaliou os perfis dos participantes do Programa Idade Ativa, criado pela companhia para promover o envelhecimento saudável, e tem como objetivo compreender os principais aspectos que influenciam em futuras internações deste público.

Com quase cinco mil participantes, o Programa Idade Ativa reúne informações sobre pessoas acima dos 65 anos que foram orientadas sobre os cuidados necessários com a saúde, alimentação, atividade física e prevenção de acidentes domésticos, por exemplo, fundamentais para o envelhecimento saudável e autonomia. Entre os principais resultados já alcançados por meio da iniciativa estão 31% de redução na frequência de internação, 25% de queda no tempo de permanência em hospitais e diminuição de 20% nos custos para a empresa.

“Precisávamos dar um passo à frente e compreender em detalhes a melhor forma de utilizarmos esses dados. Neste sentido, a parceria com a UERJ foi fundamental”, explica o vice-presidente de Saúde e Odonto da empresa, Maurício Lopes.

Estatísticos da Universidade, entre eles o doutor em Probabilidade e Estatística e Matemática, Antônio Carlos Ponce de Leon, avaliaram dados recolhidos durante quatro anos de 3,5 mil participantes do Programa. Foram analisadas diversas variáveis relacionadas à rotina dos idosos, como “ocorrências de quedas”, “auto percepção da saúde”, “uso de cinco ou mais medicamentos” e “atividades diárias”. De acordo com o levantamento, quanto maior a autonomia, acesso à informação e adoção de hábitos saudáveis, menores são os riscos de permanência em hospitais.

“Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a expectativa de vida no Brasil está aumentando consideravelmente. Em 1991, os idosos representavam 4,8% da população, em 2000, 5,8%, e agora chegam a 7,4%. Essa realidade tem direcionado iniciativas da SulAmérica que visam garantir uma assistência à saúde com qualidade a esta população. Nos últimos anos, temos trabalhado massivamente em programas como o Idade Ativa, que permitam às pessoas que estão na terceira idade preservarem ao máximo o seu estado de saúde. Essa parceria com a UERJ permite aprofundar o conhecimento sobre essa população, identificar os principais riscos e cuidados, além de servir de ponto de partida para investimentos contínuos na prevenção de doenças e promoção à saúde”, afirma Lopes.

Resultados

A “auto percepção da saúde” é uma variável reconhecidamente importante em pesquisas de populações idosas. Tendo como linha de base o grupo participante do Programa que avaliou a própria saúde como “ótima”, o estudo identificou que a taxa de internação é 107% maior no grupo de segurados com auto percepção regular.

Para aqueles que declararam “ruim” ou “péssima”, esse índice de hospitalização é mais do que o dobro e atinge 160%. “Essa variável merece ser observada de perto, pois auxilia na identificação de prognósticos associados à mortalidade e internação”, explica a doutora Kylza Estrella, responsável pela coordenação da pesquisa no Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva (CEPESC) do Instituto de Medicina Social da UERJ.

Para a saúde do idoso, a ocorrência de queda é um fator de risco que oferece consequências no curto, médio e longo prazo. Entre os participantes do Idade Ativa, a possibilidade de internação é 46% maior no grupo que relatou alguma ocorrência de queda em relação ao que não mencionou. “A incidência de quedas recentes, além de causar insegurança no indivíduo, desencadeia o aparecimento ou agravo de doenças”, esclarece Kylza.

Outro aspecto avaliado no levantamento é o uso de medicamentos pela população idosa. Apesar da necessidade do uso de remédios para o controle de doenças comuns nesta faixa etária, como diabetes e hipertensão, o uso de cinco ou mais medicamentos diariamente, definido como polifarmácia, é um dos fatores associados ao aumento de internações. Entre os participantes do Idade Ativa, foi observado que 43% utilizam cinco ou mais medicamentos diários. A taxa de internação é 66% maior neste grupo em relação ao que não faz uso ou faz em uma quantidade menor.

Ainda segundo a doutora, atividades de vida diária são o eixo central para o planejamento da saúde do idoso. Para aqueles cujo comportamento segue no sentido contrário, ou seja, que não praticam ou apresentam dificuldades na realização de práticas diárias, observa-se uma elevada taxa de internação. Usando como referência o grupo que realiza atividades rotineiras sem dificuldade, foi constatado que idosos com muita dificuldade para fazer compras, por exemplo, taxa de internação é mais do que o dobro (114%) do que o grupo com independência. Já aqueles que apresentam muita dificuldade em utilizar transporte público, apresentam taxa 90% superior ao grupo com independência.

Tomar banho sozinho também é um indicativo relevante. Idosos com dificuldades ou que dependem de outras pessoas para essa atividade têm índice de internação 89% maior em relação aos independentes. Quanto à mobilidade, a taxa de internação é 100% maior em idosos que têm dificuldade de locomoção na comparação com os que não têm. Subir escadas, por exemplo, é o exercício físico de maior impacto no índice de internação. Os idosos com muita dificuldade em subir e descer degraus atingem o dobro dessa taxa também (111%) em relação aos que não apresentam esse empecilho.

“Os resultados referentes ao Programa Idade Ativa, especificamente, são muito animadores. Verificamos que os grupos que integram a iniciativa da companhia têm os riscos reduzidos e vivem a terceira idade com mais confiança e qualidade de vida. A taxa de internação é 133% maior para segurados que nunca participaram do programa, um número muito expressivo”, destaca Lopes, que complementa: “Não temos dúvidas de que a gestão da saúde é o caminho que deve ser trilhado pelo mercado de saúde como um todo. A aplicação, hoje, de iniciativas cujo resultado será observado no médio e longo prazo, nos permite cuidar da saúde dos nossos segurados, além de olhar para a sustentabilidade desse setor”, finaliza.

L.S.
Revista Apólice

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