Ultima atualização 25 de setembro

A evolução do mercado e os desafios de uma seguradora de capital aberto

Gabriel Portella, da SulAmérica2

As mais de 450 empresas nacionais de capital aberto, de acordo com levantamento recente da BM&FBovespa, demonstram o imenso potencial do País para o crescimento da oferta de recursos nos próximos anos. Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, o Brasil é o país latino-americano com mais empresas listadas entre as maiores do mundo no ranking Global2000, publicado neste ano pela revista Forbes e que incluiu companhias de 61 países.

Não há dúvidas de que o mercado financeiro e de capitais brasileiro passou por uma grande evolução, influenciada principalmente pela atuação dos órgãos normativos e reguladores, como o Conselho Monetário Nacional (CMN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Especificamente no setor de seguros privados, merecem destaque os trabalhos do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

A SulAmérica, que comemora em 2015 oito anos de sua Oferta Pública de Ações (IPO, na sigla em inglês para Initial Public Offering), segue acompanhando de perto o desenvolvimento do mercado de capitais e as mudanças significativas voltadas à dinâmica do setor. De 2007, época da operação reconhecida como a maior de um grupo segurador na América Latina, até hoje, o total de empresas deste segmento com ações na BM&FBovespa passou de duas para seis.

A maior procura por parte das companhias pelo processo de IPO está relacionada diretamente ao amadurecimento e melhor entendimento deste mercado. Dez anos atrás, as seguradoras eram classificadas como um ativo no segmento financial (ou financeiro), enquanto o mercado internacional, especialmente o europeu e o norte-americano, já tinha uma prática bastante avançada de análise e dinâmica de ativos dessa natureza.

Como parte do processo evolutivo do setor no País, as especificidades deste mercado – incluindo a gestão das reservas e recursos, questões de sinistralidade, a solvência e a alavancagem operacional – passaram a ser compreendidas, e os analistas brasileiros ampliaram as discussões em esfera nacional.

Nos últimos anos, houve também inúmeros avanços no mercado de investimentos no Brasil relacionados ao ganho de conhecimento e ao domínio da lógica da indústria. Como consequência, o mercado de capitais passou a ser caracterizado como uma forma importante de acesso ao financiamento do crescimento, além de contribuir positivamente para aspectos relacionados à governança, transparência e sustentabilidade dos negócios.

Vem justamente dessa tríade boa parte dos desafios relativos à abertura de capital. Um deles é a exposição diante dos stakeholders.  Esta grande vitrine que permite e incentiva questionamentos de diferentes partes insta a companhia a definir o que e como quer comunicar a analistas, investidores e todos os seus públicos de interesse.

Esta decisão requer também uma profunda avaliação de custo operacional. Essa importante tomada de decisão implica investimentos contínuos em auditoria, publicação de relatórios trimestrais de resultados, conselhos independentes e equipes de profissionais de RI (relação com investidor) dedicadas exclusivamente ao atendimento ao mercado. Há, ainda, demanda por aproximação com stakeholders estrangeiros e atualizações constantes entre os públicos de interesse da companhia.

Desde outubro de 2007, a BM&FBovespa referenda as melhores práticas de gestão da SulAmérica listando a companhia no nível 2 de Governança Corporativa. Com um valor de mercado de R$ 4,7 bilhões, a seguradora integra há seis anos o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da mesma BM&FBovespa, que tem o objetivo de mensurar e avaliar de maneira integrada diversos aspectos relacionados à sustentabilidade das empresas. Isso se traduz em resultado, uma vez que as empresa que integram o ISE são as mais rentáveis em Bolsa.

Certamente a dinâmica de uma companhia com ações em Bolsa apresenta complexidades que exigem profunda avaliação e preparo. Se a companhia tem historicamente o compromisso com práticas alinhadas aos preceitos de governança, transparência e sustentabilidade, como é o caso da SulAmérica, a abertura de capital ganha o sentido de evolução. Não apenas para si, mas para todo o mercado em que atua.

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