Ultima atualização 24 de junho

Itaú pode deixar bloco de controle do IRB Brasil Re

Além dele, Bradesco e Banco do Brasil também devem vender parte de sua fatia na abertura de capital

irb fachada

O Itaú Unibanco pode deixar o bloco de acionistas controladores do ressegurador IRB Brasil Re na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que deve ser secundária, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast. Além dele, Bradesco e Banco do Brasil também devem vender parte de sua fatia na abertura de capital que deve movimentar de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões, de acordo com as mesmas fontes.

O pedido para abertura de capital do IRB, segundo pessoas com conhecimento no assunto, deve ser feito junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nas próximas semanas. O objetivo, ainda conforme fontes, é que o IRB emplaque o IPO na próxima janela de oportunidade, entre os meses de setembro e outubro. O JPMorgan, conforme fontes, também foi contratado para estruturar a operação ao lado dos banco de investimento do Bradesco, BB e Itaú, mas ainda é possível que um quinto player entre para o grupo.

O governo federal também deve se desfazer de parte de suas ações no IRB. Hoje, em Brasília, o ministro da Fazenda Joaquim Levy, confirmou que a abertura de capital do ressegurador é parte das medidas para elevar arrecadação pública em 2015. O governo possui 27,56% do IRB, a BB Seguridade, holding que controla os negócios de seguros do Banco do Brasil, 20,4%, o Bradesco 20,51%, o Itaú 14,78% e o fundo de investimento de Participações da Caixa, o FIP Barcelona, 9,9%.

A saída do Itaú do controle do IRB é, há bastante tempo, comentada pelo mercado. Nos bastidores, o presidente do banco, Roberto Setubal, já havia indicado a possibilidade de dar tal passo uma vez que o segmento não faz parte do foco de atuação da instituição. Inclusive, o Itaú já vendeu, no ano passado, sua operação de seguros de grandes riscos que, geralmente, depende de maior uso do resseguro como parte da reestruturação que fez no segmento, priorizando a estratégia de bancassurance (canais bancários). Portanto, conforme fonte com conhecimento, não faz sentido manter o investimento no IRB.

A abertura de capital do ressegurador, que deteve o monopólio no mercado brasileiro por quase 70 anos, deve ocorrer na esteira do sucesso da oferta da Par Corretora, da Caixa Seguros, que teve demanda de mais de dez vezes e apresentou em sua estreia na Bolsa, no início do mês, valorização de mais de 12%. A oferta, ainda segundo fontes, virá antes do IPO da Caixa Seguros, a mais esperada para 2015.

Listar ações em bolsa significa para o IRB, fundado em 1939, dar o último passo do seu processo de privatização. O movimento foi aprovado pelo conselho de desestatização da companhia e deveria ocorrer até 2018. No entanto, em entrevista à imprensa em 2013, o presidente do ressegurador, Leonardo Paixão, já havia antecipado sua intenção de preparar a companhia para o IPO até 2015, para poder aproveitar as janelas de mercado.

Com 34% de participação de mercado, o IRB registrou lucro líquido de R$ 130,2 milhões neste primeiro trimestre, com crescimento de 211,4% em relação ao mesmo intervalo de 2014. O ressegurador tem patrimônio líquido de R$ 2,8 bilhões e R$ 13,5 bilhões em ativos totais.

Procurado, o IRB não comentou. Os bancos controladores do ressegurador, questionados pela reportagem, também preferiram não se pronunciar.

Fonte: Aline Bronzati, Agência Estado

L.S.
Revista Apólice

 

 

 

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