O cenário econômico de 2015 segue da maneira como encerrou 2014, com aumento das taxas de juros e maior dificuldade para liberação de crédito no mercado. Alguns segmentos tiveram queda de desempenho, como nas vendas de carros, e só não foi pior porque o mercado encontrou a solução no sistema de consórcio: sem juros e sem muita burocracia e exigências para aprovação dos contratos.
De acordo com o superintendente da Porto Seguro Consórcio, William Rachid, os resultados da empresa demonstram o crescimento da modalidade. “No último trimestre de 2014, as receitas totalizaram R$ 53 milhões, crescimento de 14%, resultado do aumento no número de clientes e do crescimento das vendas de produtos com maior ticket médio”, declara o executivo.
Ao longo deste ano, o cenário deve ser positivo também em imóveis. “A restrição de crédito faz o mercado buscar alternativas, e assim como no setor automotivo, o segmento imobiliário começa a contabilizar negócios através das cartas de crédito, aproveitando o momento em que o preço dos imóveis registram menor índice de aumento, além dos descontos concedidos em boa parte dos empreendimentos”, diz Rachid.
A possibilidade de utilizar o FGTS para ofertar lances, complementar a carta de crédito ou amortizar o saldo devedor é outro atributo que destaca o consórcio, já que aumenta as chances de contemplação. “O cliente passa a adquirir um bem de maneira estudada e planejada, além de reduzir riscos com impulsividade e descontrole financeiro”, informa Rachid.
Dados da Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac) mostram que os consórcios representaram 13,5% do total comercializado em 2013. Já em 2014, o número saltou para 17,1%, aumento de 27% na participação. O número de contemplados no ano passado foi de 468,5 mil, contra 397 mil em 2013. Em janeiro de 2015, o setor bateu seu recorde histórico de participantes ativos, que somaram R$ 6,2 milhões em todo o País, 7,4% maior que o mesmo mês do ano passado.
L.S.
Revista Apólice
