Ultima atualização 19 de fevereiro

Inflação médica no Brasil deve atingir 18% em 2015

Dados fazem parte de pesquisa da Aon. Segundo o documento, crescimento está acima da média mundial

A Variação do Custo Médico e Hospitalar (VCMH), popularmente conhecida como inflação médica, deve registrar um novo patamar no Brasil neste ano. Um estudo global elaborado pela Aon aponta que o índice alcançará 18,09% em 2015, crescimento de 11,2% em relação ao ano passado, quando foi de 16,12%. O resultado supera aproximadamente três vezes a inflação geral do País, projetada em 7,01% pelo último Boletim Focus.

Humberto Torloni Filho, vice-presidente de benefícios globais e contas estratégicas para a América Latina da companhia, argumenta que os principais motivos do avanço do indicador neste ano são a valorização do dólar frente ao real, uma vez que equipamentos e medicamentos em sua maioria são importados; o déficit contínuo de leitos hospitalares privados nos grandes centros urbanos, além da pressão da classe médica por melhorias no valor dos honorários.

Outro fator que merece atenção e agrava a situação no Brasil é a demanda desordenada. De acordo com o executivo, uma grande parcela de usuários não sabe utilizar corretamente o plano de saúde.

“Muitas pessoas ainda tem como costume procurar prontos socorros para solucionar problemas de saúde específicos, que na realidade devem ser atendidos em consultórios, clínicas, ou hospitais de referência. Agindo dessa maneira inadequada, o paciente perde tempo realizando exames e tratamentos desnecessários, sem que o problema seja de fato resolvido”, exemplifica o executivo.

Torloni Filho acrescenta que, atualmente, as internações representam aproximadamente 50% dos custos da assistência médica privada no Brasil. Em seguida, aparecem as consultas (25%) e exames (20%). Os outros casos são responsáveis por 5% da demanda.

Para ele, somente a correta gestão dos benefícios de saúde por parte das consultorias pode reduzir o número de usuários que recorrem ao plano sem qualquer critério.

“Para isso, é necessário identificar, entender o motivo da recorrência e orientar o beneficiário de forma adequada. O envolvimento de consultores especializados tem mostrado bons resultados para as empresas e colaboradores”, finaliza Torloni Filho.

L.S.
Revista Apólice

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