Ultima atualização 28 de março

Edição 194

direto de londres | por Luciano Máximo*

O que esperar de 2015 na Europa

Com menos de três meses de incursão, como jornalista, no mundo dos seguros na Europa e no Reino Unido, já pude entender que seguradoras, resseguradores e especialistas acompanham as perspectivas de negócios do mercado global como se estivessem conferindo as variações de temperaturas de um termômetro. As seguradoras, por regras de mercado, são mais cautelosas com previsões e tentam sempre demonstrar otimismo. Já as resseguradoras são mais realistas. Muito interessadas nas performances das companhias de seguros, elas tradicionalmente baseiam sua atividade em análises históricas, atuais e futuras, de cenários macroeconômicos regionais e global e, mais detalhadamente, sobre as tendências do mercado segurador.

Tendo o termômetro em mente, é possível fazer uma breve analogia sobre como será 2015 para os negócios de seguros no mundo: o instrumento mostra que o setor continuará bem quente na Ásia (bem como na África e no Oriente Médio, embora o volume de negócios não se compare proporcionalmente) e esquentando de forma alvissareira nos Estados Unidos. O crescimento da atividade na América Latina vem esfriando nos últimos anos, mas a expectativa para este novo ano é de temperatura alguns graus acima do morno. Já na Europa, que detém 35% de todo o faturamento da indústria seguradora mundial, o termômetro mostra um desempenho geral um pouco para baixo do morno em 2015, embora não totalmente frio, pois alguns países resistem ao marasmo econômico da zona do euro e esquentam os humores das empresas de seguros.

De olho apenas no Velho Continente, o que mais se comenta no circuito financeiro e o que mais se lê nos relatórios econômicos do setor empresarial e de governos é: crescimento econômico moderado, abaixo da média global. Claro que essa perspectiva impacta significativamente o mercado segurador, obrigado a se contentar com uma economia em lenta recuperação e desafiado a desenhar as melhores estratégias possíveis para ser competitivo e criar oportunidades de crescimento mesmo em um ambiente desfavorável.

Em conversa com a Revista Apólice em Londres, o economista-chefe da Swiss Re, Kurt Karl, apresentou suas previsões para a economia e como elas “conversam” com o mercado segurador europeu. Basicamente, ele vê crescimento econômico soft (moderado) na zona do euro, de 0,8% em 2014 e 1,3% em 2015, com inflação baixa, fechando 2014 em 0,5% e subindo ligeiramente para 1,1% neste ano, e taxas básicas de juros em trajetória de alta, um movimento que começa já em 2015 no Reino Unido e atravessa o Canal da Mancha e vai se espalhando pelo continente europeu nos próximos anos.

Inicialmente, esses três aspectos macroeconômicos são importantes, argumenta Karl, porque sinalizam que, diante de uma economia fraca, as seguradoras precisarão contar com menos sinistros e novos produtos para otimizar seu desempenho. Inflação baixa, devido principalmente a preços do petróleo em queda no mundo, tende a manter as apólices mais baratas. Taxa de juros com perspectivas de alta significa maior retorno para a carteira de investimentos financeiros das companhias, principal¬mente nos segmentos de vida e saúde.

De acordo com o economista, a previsão para crescimento do faturamento em prêmios do mercado segurador global no segmento não-vida é, em média, de 2,5% em 2014, 2,8% em 2015 e 3,2% em 2016. Já na Europa, o desempenho deve ficar negativo ou perto do zero em 2014 e abaixo de 2% nos dois anos seguintes. Já para os segmentos vida e saúde, a previsão é de crescimento global do faturamento de 4,8%, 4,3% e 4,2% em 2014, 2015 e 2016, respectivamente. Nos seis principais mercados europeus pesquisados pela resseguradora (Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Itália e Holanda), o desempenho médio também é inferior: expansão dos prêmios de 2,4% em 2014, 2,3% em 2015 e 2,2% em 2016.

“Ainda assim, a zona do euro terá uma média de crescimento econômico significativamente mais forte que em 2013 e 2014. A economia britânica tem mostrado um desempenho robusto, com ampliação forte dos lucros do setor segurador. O mesmo vale para o continente europeu, que viu o setor recuperar rentabilidade, principalmente por causa do crescimento de novos negócios e boas vendas de produtos vida e saúde”, avaliou Karl.

O time de pesquisa econômica da Munich Re espera “impacto positivo” da recuperação econômica, mesmo moderada, sobre o mercado segurador de produtos não-vida na maioria dos países da zona do euro, com algumas exceções importantes: “Na Espanha, será preciso mais tempo para o faturamento do setor voltar a crescer, enquanto na Alemanha os recentes efeitos favoráveis da política econômica começam a perder força e afetar o setor a partir de 2015. No segmento vida, depois de dois anos ruins, 2015 marcará a volta de uma tendência de crescimento limitada do faturamento na região como um todo”, diz o relatório Insurance Market Outlook, da resseguradora alemã.

Um olhar no desempenho das duas maiores seguradoras europeias em 2014, Allianz e Zurich, permite “encaixar” as análises e previsões das resseguradoras sobre o momento europeu no resultado efetivo do negócio segurador. Com base nos balanços das companhias, a Allianz encerrou o terceiro trimestre de 2014 (dado financeiro mais atual disponibilizado até o fechamento desta edição) com expansão de 15% do lucro operacional global na linha seguros não-vida (property-casualty), em confronto com o mesmo trimestre de 2013. Já a performance com as operações somente na zona do euro cresceu 8,4% no mesmo período. Levando em conta o mesmo intervalo de comparação, o lucro operacional da Zurich no segmento de seguros gerais (general insurance) registrou retração de 4,1% nos negócios globais e de baixa de 16% nas operações na Europa, Oriente Médio e Ásia.

Como a temperatura do termômetro europeu para o mercado segurador não lá muito aquecida, especialistas e executivos tendem a acreditar que em momentos de crise, e superação de crises, o importante mesmo é enxergar oportunidades nas dificuldades e nos desafios.

Relacionamento cada vez mais próximo com o cliente e negócios em infraestrutura são premissas fundamentais, como defendeu em pronunciamento recente o presidente da Global Federation of Insurance Associations (GFIA), Frank Swedlove: “Nós apoiamos a decisão governamental de se investir mais em projetos de infraestrutura de longo prazo como forma de estimular o crescimento econômico. Seguradores são investidores naturais de longo prazo, esse é o modelo do nosso negócio, por isso podemos fazer muito mais quando políticas corretas são implementadas”, declarou Swedlove.

Na última conferência da Association of British Insurers (ABI), Tidjane Thiam, presidente da entidade e CEO da Prudential, destacou que apesar das dificuldades, a indústria seguradora está confiante. “Desafios e oportunidades são duas faces da mesma moeda. Prefiro falar de oportunidades. Veja a revolução digital: as pessoas estão mudando totalmente seu jeito de comprar. Elas querem produtos mais customizados, querem ser tratadas de forma mais próxima. Isso é oportunidade para os negócios, uma oportunidade para melhorarmos nossos serviços. O slogan da Prudential na Ásia é ‘Sempre escutando, sempre entendendo’. Essa filosofia fez parte da história do negócio segurador e deve valer para toda a indústria hoje”, afirmou o executivo.

* Luciano Máximo, jornalista, é repórter licenciado do jornal Valor Econômico, cobriu o setor de seguros e resseguros na Gazeta Mercantil

 

especial férias | comercialização

Mudanças para o Seguro Viagem

Após resolução 315/14 do CNSP divulgada pela Susep, seguradoras e assistências de viagens têm dúvidas quanto regulamentação de suas atividades

Amanda Cruz

O Seguro Viagem virou tema de debate após a divulgação da resolução 315/14 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Para muitos, o entendimento da normativa é que ela estipula que apenas seguradoras poderão oferecer o produto, excluindo assim as assistências com características de seguro ou de forma acessória nos contratos de assistência.

Para o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, a normativa foi redigida de forma bem intencionada, apesar das interpretações divergentes. “A normativa teve como objetivo a organização do mercado, deixando o seguro apenas com as seguradoras e proteger o seu segurado”, acredita. Mesmo assim, o presidente da entidade entende que certos pontos precisam ser esclarecidos e aprimorados. “Como a normativa deixa o segurado escolher o prestador de serviço, sem a necessidade de comunicar a sua escolha e, somente no retorno da viagem, ele precisa apresentar os documentos e comprovar o evento ocorrido. Nesta parte, a intenção também é boa, mas talvez o cliente precise de mais auxílio, pois fora de sua localidade não saberá a quem recorrer”, afirma.

A advogada Therezinha Côrrea, que esteve presente em almoço realizado pelo CVG-SP, no dia 6 de novembro, expôs pontos que acredita serem essenciais. Mas, para ela, deixar o consumidor à vontade para escolher uma prestadora pode não ser o melhor caminho. “É preciso pensar que o segurado está fora do país e não conhece as pessoas, fica indeciso sobre como proceder. Os serviços de assistência auxiliam nisso, e a maioria das boas prestadoras são multinacionais e têm rede pelo mundo todo”, enfatiza.

A seguradora AIG procurou conhecer a normativa assim que foi lançada para continuar oferecendo o produto de acordo com as necessidades de seus segurados e as estipulações do mercado. De acordo com a porta-voz da companhia, a gerente de Seguro Viagem, Luciana Nogami, é preciso entender a normativa para conseguir proteger os segurados, garantindo coberturas mínimas de seguro para que as eventualidades ocorridas sejam atendidas. Ela não acredita que a medida tenha sido confusa ou desagregadora no mercado. “No caso da AIG, sempre trabalhamos com o produto de Seguro Viagem e planos que possuem coberturas de despesas médicas, hospitalares e odontológicas de acordo com o destino do viajante”, cita a executiva. “Entendemos que o segurado tem uma resolução que o protege e regula a comercialização dos produtos. Antes desta resolução não havia regras claras, o segurado não conseguia diferenciar as principais características entre assistência viagem e seguro viagem. Agora as assistências de viagem e as seguradoras também terão as regras claras para comercialização”, complementa.

Camillo diz que a principal confusão acerca do assunto, que tem dificultado as definições de atuação de assistências e seguradoras, é a proibição do prestador de oferecer serviços através de contratos com características de seguros, mas, por outro lado, há a permissão de que o prestador de serviços seja um representante da seguradora. A comercialização dos produtos de assistência e seguro viagem acontece independente das prestadoras de serviços e existem no mercado dois modelos de atuação. As empresas fazem parcerias com agências de viagens para a venda direta, ou com seguradoras, para serem oferecidas aos clientes dos corretores de seguros.

O presidente do Sincor/SP afirma que a grande questão é saber se “as assistências poderiam, então, atuar em parceria com a seguradora dentro dos novos moldes”. Para ele, se a total proibição às empresas de assistência for mantida, elas serão “sufocadas” e isso não trará grande vantagem às seguradoras, pois acabaria com as atuações em parceria. “Não são empresas que prejudicam o mercado, como as cooperativas de seguros que atuam como se fossem seguradoras, mas sem as garantias e reservas técnicas. As assistências de seguro viagem são empresas sérias e parceiras”, alerta.

Esse tipo de prática é recorrente no País, por isso, ainda que a nova resolução leve algum tempo para ser aceita no mercado, Maria Silvia Zeppini, diretora executiva da April, acredita que “para regularizar a operação, seria necessário que as seguradoras fizessem contratos com as plataformas prestadoras de serviços. Algo que, aliás, já existe na prática. De toda forma, para elas oferecerem o produto ao mercado ainda faltam esclarecimentos e algumas definições”, acredita.

O que talvez possa criar rivalidade dentro do ramo é que nem todas as companhias de seguro atuavam em parceria com assistências. Como conta Luciana, que acredita que, para a AIG, o impacto será menor. “Sempre atuamos no mercado com um produto de seguro viagem utilizando nossa própria central de assistência. Portanto, não sentimos qualquer impacto com a nova resolução”, afirma. Essa realidade pode ser um ponto de conflito de interesses. “A AIG tem o produto de Seguro Viagem um dos pilares estratégicos e de crescimento principalmente no Brasil. Possuímos centrais de assistência próprias distribuídas globalmente, com atendimento personalizado em português e operando com mais de 20 mil provedores ao redor do mundo, o que demonstra nosso interesse nesse segmento”, destaca.

A principal discordância da advogada Therezinha Côrrea sobre a resolução é que não seriam exclusivamente as seguradoras a operar os produtos de viagem. “O que se percebe claramente é que a Susep fez a redação de alguns dispositivos sem deixar muito clara essa situação”, comentou.

Foi esclarecido que o seguro viagem tem como objetivo a indenização limitada ao capital segurado na forma de pagamento ou reembolso. “O normativo diz que a prestação de serviço será realizada pela seguradora, mas que o pagamento será feito na forma de prestação de serviço”, explicou Therezinha.

Ela lembrou ainda que há uma definição de que as seguradoras, conforme a legislação, não podem operar como prestadoras de serviços, como ter hospitais ou oficinas, por exemplo, e que por isso precisam contratar essas assistências para a prestação do serviço. A prática é vedada pelo Decreto-Lei 73/66, que impede a oferta cumulativa de serviços de assistência com garantias financeiras. “Considerando que este decreto foi recepcionado como lei complementar pela Constituição Federal de 1988, então não poderia ser modificado por resolução, que é uma norma de hierarquia legal inferior”, destaca a advogada.

A operação das assistências 24 horas está artigo 594 do Código Civil que diz que toda espécie de serviço ou trabalho lícito pode ser contratado mediante retribuição. Therezinha comentou que os serviços de assistência podem ser ofertados de forma autônoma ou em complemento ao contrato de seguro, hipótese em que deverá atender às exigências da resolução CNSP 102/2004.

Logo, ela conclui que a resolução 315/14 “não altera o disposto no Decreto-Lei 73/66, que proíbe o exercício da atividade de assistência como se seguro fosse e, também, não tem o condão de modificar o Código Civil, alterando a finalidade e autonomia dos contratos de serviços não vinculados ao seguro”.

A executiva da AIG aposta que a normativa será benéfica, especialmente para os segurados. “Eles terão direito a prestação de serviços, bem como a indenização. Como os produtos de Seguro Viagem ao exterior terão como cobertura obrigatória despesas médicas e hospitalares em caso de emergência, uma das principais e mais procuradas pelos viajantes. A vantagem é que o segurado comprará um produto fiscalizado pelo regulador nacional de seguros”, argumenta. Mas Camillo discorda e afirma que “a seguradora não terá como prestar serviços e atendimento como o realizado pelas empresas de assistência”.

Maria Silvia diz que, embora a resolução já esteja circulando, prefere aguardar mais informações da autarquia para que a companhia possa ter um posicionamento concreto. “Ainda existem muitos questionamentos das empresas do segmento”, reforça. A executiva acredita também que, mesmo considerando essa hipótese, toda essa operação será detalhada cuidadosamente, visando proteger os interesses do consumidor final.

Conflitos e dúvidas são benéficos. O que paira sobre a normativa deverá ser resolvido ao longo de sua implementação. Alexandre Camillo ressalta que isso deva ser feito em conjunto. “Será preciso estabelecer contratos com as empresas que prestam serviço, as assistências. O mercado de seguros está se manifestando sobre os pontos que precisam ser ajustados, e deve ser ouvido”, reforça.

Nota oficial de esclarecimento da Susep sobre a resolução CNSP 315/14

Assim que a circular foi divulgada, a Susep, em seu portal oficial esclareceu o pretendido com a normativa e esclareceu o posicionamento da autarquia:

Seguro viagem passa a ter mais coberturas

As despesas médicas, hospitalares e odontológicas passam a fazer parte das coberturas obrigatórias que deverão ser oferecidas aos consumidores na contratação do Seguro Viagem para o exterior. Nas viagens nacionais, essa cobertura será opcional. A mudança, aprovada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) a partir de proposta de resolução feita pela Susep e publicada no Diário Oficial da União no dia 29/9. A decisão vai beneficiar milhares de pessoas em viagens nacionais e internacionais que passam a ter mais garantia de indenização na ocorrência de sinistro, principalmente envolvendo acidentes pessoais.

Anteriormente, o Seguro Viagem tinha apenas duas coberturas obrigatórias, nos casos de morte e invalidez permanente, que não atendiam plenamente as necessidades dos consumidores. Além das despesas médicas e hospitalares, que agora passam a ser oferecidas, a resolução determina ainda que, nos casos de viagem ao exterior, o seguro deverá cobrir também a volta do consumidor em caso de impedimento de retorno como passageiro regular; traslado médico e traslado de corpo.

“As novas regras do Seguro Viagem vêm preencher uma lacuna do mercado e trazer mais segurança aos que pretendem contratar esse tipo de seguro”, afirma o superintendente da Susep, Roberto Westenberger. Segundo ele, o normativo foi discutido exaustivamente com todos os interessados e uma das maiores preocupações era melhorar as regras do produto ampliando as coberturas. As despesas médicas e hospitalares, afirma Roberto, não eram oferecidas como seguro, mas como serviço de assistência, ficando fora da competência de supervisão da Susep, o que causou vários problemas aos consumidores.

Sem a garantia das coberturas necessárias, vários consumidores descobriram, em plena viagem, que não tinham direito ao ressarcimento de despesas médicas, justamente quando mais necessitaram desses serviços. Outro problema que acaba com a nova regulamentação é que ao contratar um Seguro Viagem, o consumidor passa a ter todas as informações necessárias sobre o produto ideal para o seu roteiro. Westenberger ressalta que vários países exigem esse tipo de seguro com valores pré-determinados, como no caso da Europa, cujo limite mínimo é de trinta mil euros, e as seguradoras devem obrigatoriamente informar aos passageiros sobre essas condições.

Atualmente, as despesas médicas e hospitalares são ressarcidas através de um contrato de prestação de serviço assistencial que não é regulado e nem fiscalizado pela Susep. Dentro de um ano, no entanto, a partir da data de publicação da resolução, esses serviços passam a ser considerados seguros e só poderão ser comercializados por empresas do setor ou por seus representantes.

 

especial férias | aeronáutico

Segurança no ar

Aeronaves, particulares ou de carreira, precisam estar em dia com os seguros obrigatórios para garantir o bem-estar de seus viajantes

Amanda Cruz

Em época de férias as viagens de avião e barco têm um grande salto. Hoje elas estão mais acessíveis e com pagamento facilitado, o que impulsiona o mercado de turismo e também o mercado de seguros, uma vez que esses transportes precisam obrigatoriamente ter algum tipo de seguro.

A Revista Apólice entrou em contato com a Agencia Nacional de Aviação (ANAC), para saber das obrigatoriedades, tanto das companhias aéreas quanto das aeronaves particulares.

Toda aeronave, independentemente de sua operação ou utilização, deve possuir cobertura de seguro de responsabilidade civil, o chamado RETA, correspondente à sua categoria de registro. A contratação do seguro é obrigatória para todo o explorador (proprietário ou arrendatário) conforme previsto no Código Brasileiro de Aeronáutica. O seguro obrigatório visa garantir eventual indenização de riscos em relação aos tripulantes e viajantes, além das pessoas e bens na superfície.

Há também outros tipos de coberturas em diversas linhas, como ressalta Carlos Eduardo Polízio, superintendente de Seguros Aeronáuticos do Grupo BB e Mapfre, companhia que atende diversos segmentos da aviação que vão de Linhas Aéreas a Aeronaves Particulares e Riscos de Satélites. “Por se tratar de bens e operações que envolvem valores relevantes, as coberturas normalmente contratadas estão relacionadas aos danos com a aeronave (cobertura casco) e de Responsabilidade Civil (RETA e o seguro complementar aos limites desse seguro)”, informa o executivo.

Mas os riscos da aviação não têm sazonalidade. O ano de 2014 foi atípico e diversos acidentes foram registrados. De acordo com a Aviation Safety Network, que compila dados sobre acidentes aéreos, foram 603 mortes até julho, que foi considerado o pior mês da história da aviação. Casos como os da Malaysia Airlines, que teve um avião desaparecido em março e outro que caiu em julho, e a queda da aeronave do presidenciável Eduardo Campos, em agosto, em Santos, são exemplos de que, embora com índices muito mais baixos de fatalidade do que outros meios de transporte, aviões e helicópteros precisam estar atentos às medidas de segurança. É o caso também das embarcações, sejam aquelas que prestam serviços de cruzeiros ou as destinadas ao lazer.

Para o executivo do BB e Mapfre, cada acidente ocorrido traz ensinamentos e consequências para o mercado segurador do ramo aeronáutico. “No caso da Malasya Arlines, o incremento de prêmio às coberturas relacionadas ao risco de Guerra e correlatos, como atos terroristas e sequestro, é uma lição. No caso do acidente em Santos com o ex-candidato, poderá trazer consequências quanto à revisão dos treinamentos de pilotos exigidos pelas seguradoras para esta categoria de aeronaves, maior atenção quanto aos locais de operação relacionados aos sistemas de aproximação de aeronaves de alguns aeroportos no Brasil, entre outros pontos em que a seguradora poderá estar mais atenta”, aponta Polízio.

Os passageiros têm direito de saber se estão voando em aeronaves seguradas ou não, por isso, cabe ao operador comprovar ao órgão regulador a contratação do seguro obrigatório e à companhia aérea apresentar ao viajante os documentos que comprovam a segurança da aeronave, assim que solicitados. A certificação de que tudo está em ordem é de extrema importância, pois existem algumas situações de exclusão de cobertura, entre elas, quando os pilotos não estiverem legalmente habilitados ou com experiência em horas inferior ao aprovado na apólice. “Documentação e a manutenção da aeronave estiverem irregulares, se a aeronave não estiver sendo operada de acordo com a utilização aprovada em apólice, se não forem observadas as regras de navegação aérea aprovada pelas autoridades são algumas situações em que pode acontecer a exclusão”, aponta Polízio.

De acordo com a ANAC, os descuprimentos às normas de aviação civil são apurados internamente e, em alguns casos, é aberto processo administrativo para aplicar as medidas cabíveis. Para fortalecer as ações de fiscalização, a autarquia fez, em setembro de 2012, uma mudança na estrutura da Agência com a criação da Gerência Geral de Ação Fiscal (GGAF). A Agência realiza também Operações Especiais, que consistem em um esforço concentrado das equipes de fiscalização em aeroportos estratégicos definidos por meio de estudos de incremento de passageiros e de impactos na infraestrutura do aeroporto. As Operações Especiais destinam-se a reforçar a atuação da fiscalização e a prestar informação aos passageiros sobre as normas, seus direitos e seus deveres.

A ANAC afirma que a melhora perceptível na cultura de segurança operacional é resultado das ações fiscalizadoras. Essa percepção se baseia, em primeiro lugar, nas estatísticas que mostraram uma redução no número de acidentes de 2012 para 2013 no segmen¬to de aviação geral. A redução anual de acidentes foi de 4,6% na aviação geral, e de 29% no segmento de táxi aéreo.

Quando ocorrem acidentes aeronáuticos, a Agência abre um processo administrativo para apurar todas as questões que envolvem as habilitações e as licenças dos pilotos, bem como informações relacionadas à certificação e à propriedade da aeronave envolvida. Além disso, após as investigações pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (CENIPA), o órgão envia recomendações à Agência com o objetivo de contribuir com a segurança da aviação civil.

Por mais que o proprietário da aeronave invista em prevenção, um sinistro pode ocorrer em razão de uma ingestão indesejada nas turbinas, erro humano, e outros, em que sempre há perdas – quando não, vidas. “Nesses casos, tratam-se de bens cujos valores são relevantes (no caso das vidas, imensuráveis)”, acredita Polízio.

Dados

– Segundo o levantamento, os céus se tornaram mais seguros nos últimos 60 anos. Atualmente, é mais fácil ser atingido por um raio (1 em cada 10,5 milhões) do que sofrer um acidente aéreo nos Estados Unidos ou Europa (1 em 29 milhões). “A segurança aérea evoluiu impulsionada pela tecnologia, sistemas de navegação, melhoria do motor, design à prova de falhas e controle fly-by-wire”, analisa Joe Strickland, chefe Global de Aviação das Américas da AGCS.

– Sinistro com aeronaves de pequeno porte podem ocorrer a qualquer momento, porém o segmento de aeronaves agrícolas possui uma exposição maior no período de pulverização da safra agrícola que ocorre de outubro a abril.

– Em voos comerciais, 70% das causas de acidentes estão relacionadas à falha humana. A gestão da tripulação e da cabine automatizada melhoraram os níveis de segurança, mas a automação pode ter um lado negativo.

– Enquanto a América do Norte e a Europa têm os melhores recordes de segurança, a África tem os piores. Em 2012, 88% das fatalidades da aviação global aconteceram na África e na Ásia. O continente africano é o que mais utiliza aeronaves de segunda geração, sendo mais de 50% da frota analisada. Em algumas partes do continente, os padrões de treinamento e segurança são comparáveis aos que eram realizados há 50 anos nos Estados Unidos e Europa.

Seguro Marítimo

O seguro marítimo também é parte importante nas férias de veraneio no País e tem o seu seguro obrigatório: o DPEM, que tem por finalidade dar cobertura aos danos pessoais causados por embarcações ou por sua carga às pessoas embarcadas, transportadas ou não transportadas, incluindo proprietários, tripulantes e condutores das embarcações, independentemente dela estar ou não em operação. Entretanto, no caso de acidente ocorrido fora do território nacional, somente terão cobertura as pessoas embarcadas ou transportadas em embarcações de bandeira brasileira.

Estão obrigados a contratar este seguro todos os proprietários, ou armadores em geral, de embarcações nacionais ou estrangeiras sujeitas à inscrição nas Capitanias dos Portos ou Repartições a estas subordinadas. A contratação do Seguro Obrigatório DPEM é para todas as embarcações, qualquer que seja a sua propulsão e seu uso, tais como: esporte ou recreio, embarcações de passageiros, de carga, de pesca e qualquer outra atividade.

O não pagamento do seguro caracteriza que a embarcação não está devidamente licenciada.

Quem faz cruzeiros, por exemplo, pode contar seguro ou assistência viagem, que segue basicamente as mesmas regras de um seguro feito para viagens por outros meios de transporte. O Tratado de Schengen também chega está contemplado na maioria das apólices.

Mas há quem queira se aventurar pelos mares por conta própria, para isso algumas companhias disponibilizam produtos para embarcações de esporte e recreio, como é o caso da Generali.

O Limite de idade para a aceitação do risco varia em função do tipo de embarcação e do estado da mesma, comprovado através de uma vistoria. Em geral, a idade máxima é de até 25 anos. Para embarcação com valores de até R$ 3 milhões, as cotações podem ser feitas diretamente pelo corretor através do kit da seguradora e, a partir deste valor, são submetidas à cotação individualizada.

 

especial férias | residencial

Sem dor de cabeça

Vazias durante praticamente todo o ano, residências de veraneio não estão seguradas e também estão sujeitas a furtos. Executivos apontam para necessidade do produto

Lívia Sousa

Enfim, férias! A época mais esperada do ano chegou e, com ela, a hora de cair na estrada e seguir viagem rumo ao litoral e também ao interior. Ter estadia própria nestes locais, de certa forma, acaba sendo um alívio para o bolso e até para a mente do viajante, uma vez que ele não precisa passar pela preocupação e pelo estresse de procurar por hotéis em plena alta temporada.

Quando o assunto é a carteira de seguros residenciais, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) registrou um crescimento de mais de 20% nos últimos 12 meses, índice que abrange tanto o seguro residencial habitual quanto o seguro de veraneio (assim chamado o produto para casas utilizadas apenas durante os finais de semana, feriados e férias). Por outro lado, não há estatísticas oficiais sobre a utilização deste tipo de seguro por aqui. O que se sabe, porém, é que não é raro encontrar quem deixe a residência temporária a mercê de riscos durante todo o ano.

Como ficam vazios durante a maior parte do tempo, estes espaços se tornam ainda mais vulneráveis a furtos, por exemplo. De acordo com dados divulgados pela Allianz Seguros, também é registrado, em média, um número de ocorrências 10% maior em época de temporada.

Assim como em um seguro residencial, as coberturas básicas garantidas pelo seguro residencial de veraneio são incêndio, explosão e fumaça, que podem ser complementadas com coberturas adicionais como subtração de bens, danos elétricos, quebra de vidros, impacto de veículos terrestres e aéreos, além de eventos da natureza como vendaval, ciclone, tornado, queda de granizo, entre outros.

O portfólio da Porto Seguro, por exemplo, conta com o “Porto Seguro Residência Veraneio”, que também traz coberturas básicas e opcionais. Neste produto, um dos destaques é o “Check-up Veraneio”, serviço exclusivo que pode ser solicitado pelo segurado antes de utilizar o imóvel nos períodos de descanso para realizar reparos hidráulicos e elétricos diversos, como verificação de torneiras, boia da caixa d’água, tomadas, interruptores e disjuntores e troca de lâmpadas.

Mas afinal, quais são os diferenciais entre os seguros residenciais habituais e os seguros para residências de veraneio? Segundo Aline Silva, gerente da área de Affinity da corretora Willis Brasil, a diferença se dá pela questão atrelada à aceitação do seguro pelas seguradoras.

“A aceitação desse tipo de seguro é diferenciada e apenas algumas seguradoras aceitam, já que é considerado um risco mais exposto que um seguro habitual”, diz a executiva. “No entanto, podemos dizer que dentre as seguradoras que oferecem aceitação para veraneio, alguns serviços são agregados à assistência 24 horas, como reparos em ar condicionado, instalação de ventilador de teto, pequenos reparos de vazamento, troca de lâmpadas e outros serviços”, completa ela.

Vigência, restrições e valores

Todas as residências precisam de proteção o ano todo e, por isso, o seguro para residências de veraneio segue o padrão do seguro residencial e deve ser contratado pela vigência mínima de um ano. Apesar de em geral não haver restrições para se adquirir o produto, entre algumas seguradoras não há possibilidade de contratação de cobertura de subtração de bens (roubo e/ou furto), pois é o risco a que mais fica exposto um imóvel desse tipo e pode encarecer demais e inviabilizar a aceitação do produto.

“Dentre as que aceitam, o que se vai analisar é o CEP de localização, se a casa está em rua aberta ou condomínio fechado, se é casa ou apartamento, entre outras variáveis. Com isso, o seguro poderá ser precificado de acordo com o risco a que está exposto”, explica Aline Silva, da Willis.

No caso da Tokio Marine Seguradora, porém, não há restrições de aceitação. Marcelo Goldman, diretor-executivo de Produtos Massificados da companhia, explica que o cliente pode contratar coberturas como roubo e subtração com arrombamento, além da Assistência 24 horas para o imóvel. “Nosso objetivo é garantir a segurança e a tranquilidade do cliente, seja em sua residência habitual ou de veraneio”, declara Goldman.

Por se tratar de um produto “diferenciado”, normalmente o seguro residencial de veraneio é mais caro devido ao risco a que está exposto. Comparando a mesma situação, como uma casa térrea habitual e de veraneio, por exemplo, o risco da residência de temporada é maior, pois permanece mais tempo fechada, sem ninguém para zelar, fazer manutenção ou até mesmo inibir ação de criminosos. Na opinião de Marcelo Goldman, da Tokio Marine, o custo do seguro residencial de uma forma geral é muito baixo, levando-se em conta todas as garantias que o serviço oferece.

Tanto as possíveis restrições quanto os valores do seguro são questões que dependem de uma análise detalhada, considerando que cada cliente tem um perfil diferenciado. Por este motivo, Jarbas Medeiros, gerente de Ramos Elementares da Porto Seguro, alerta aos interessados em contratar o produto que procurem um corretor de seguros, pois é o profissional mais preparado para prestar uma consultoria completa ao cliente.

Receptividade

O mercado segurador tem, cada vez mais, divulgado a importância dos seguros residenciais, especialmente em função do crescimento da violência e também pelo aumento de eventos climáticos, como quedas de raios e vendavais. No entanto, poucos ainda possuem seguro residencial, sendo que no Brasil menos de 10% dos imóveis são segurados. Só a título de comparação, no Japão, a maioria absoluta da população tem esse seguro.

“Muitos países já têm uma ‘cultura do seguro’ consolidada. As pessoas sabem a importância de proteger as suas conquistas patrimoniais e logo procuram um seguro que cumpra essa finalidade. Esse é um comportamento que abrange diversos ramos, inclusive residencial”, diz Medeiros.

Em solo brasileiro, o executivo da Porto afirma que há clientes que ficam surpresos em saber que existe um seguro específico para esse tipo de imóvel, visto que as apólices mais conhecidas no mercado se dão nos ramos Auto, Residencial (habitual) e Vida. “Muitas pessoas também se mostram interessadas em conhecer melhor esse seguro”, completa o executivo.

A boa receptividade também é compartilhada por Marcelo Goldman, da Tokio Marine. Em sua maioria, os clientes têm a falsa ideia de que o seguro residencial é muito caro e que só possui cobertura para incêndio e roubo. Segundo o diretor-executivo, quando são apresentadas as coberturas, sua abrangência e os serviços de assistência 24 horas agregados como desentupimento, chaveiros e eletricista, o cliente se surpreende positivamente.

De fato, há desconhecimento e resistência cultural em relação à contratação deste tipo de apólice. Para auxiliar as seguradoras neste sentido, a Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI) compartilha experiências e cases que agregam conhecimento sobre os clientes e fornecedores.

“Acredito que, com imobiliárias cada vez mais focadas em gerar valor à prestação de serviços, haverá oferta maior de serviços que garantam tranquilidade e segurança aos seus clientes. O seguro é um destes”, afirma Audrea Martins, gerente de relacionamento da Brognoli Negócios Imobiliários, empresa localizada em Florianópolis (SC).

Os desafios e o futuro da carteira

Ao analisar os números da última década, percebe-se que atualmente há mais conhecimento em relação à importância do seguro residencial. De acordo com dados da Susep, os prêmios de apólices residenciais passaram de R$ 460 milhões, em 2003, para R$ 2 bilhões, ao término de 2013, o que para Medeiros também é resultado de uma oferta mais variada desses produtos, com apólices para casas, apartamentos, imóveis de alto padrão e de veraneio. A expectativa do executivo é que esse movimento de mercado continue a se consolidar e crescer.

Para Medeiros e Goldman, aculturar a população quanto à sua necessidade é o desafio principal do produto residencial, seja ele para imóveis de veraneio ou habituais. “Temos que continuar a mostrar às pessoas a importância do seguro como instrumento de proteção. A compra de um imóvel de temporada também deve ser vista como uma conquista, assim como a casa ou apartamento onde se reside habitualmente. É resultado de esforço e de investimentos que devem ser garantidos. A oferta do produto deve levar em consideração esses fatores e fazer com que o cliente perceba a necessidade do seguro”, frisa Medeiros.

Já na visão de Aline Silva, da Willis, o seguro residencial é uma grande aposta, pois além do impulso dado pela expansão imobiliária dos últimos anos também é um produto que abrange a minoria das residências no Brasil. “Isso atrelado ao fato de que o custo de um seguro residencial é relativamente baixo em relação ao valor do bem assegurado, torna o produto relevante e muito atrativo para o cliente e para a expansão do nosso portfólio”, finaliza a executiva.

 

insurance meeting | CNseg

A tecnologia para o futuro do mercado

Evento realizado pela CNseg reforça a importância do investimento nesta área, tanto para ampliar vendas quanto para garantir a satisfação do consumidor

Um resort localizado na bucólica Angra dos Reis, no coração de uma das mais belas regiões do Rio de Janeiro, serviu de palco para a edição 2014 do Insurance Meeting, organizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), entre os dias 14 e 16 de novembro. O evento reservou boas surpresas para o público, seja nos intensos debates realizados ou diante dos produtos e serviços expostos em uma feira.

Entre as novidades anunciadas está um projeto que vem sendo preparado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), o qual, quando for totalmente implementado, vai mudar as relações entre o órgão regulador e o setor privado, acabando, inclusive, com os tradicionais Formulários de Informações Periódicas (FIPs).

O “seguro eletrônico”, como o projeto foi “apelidado” na autarquia, permitirá o acompanhamento constante do mercado, detectando eventuais problemas com mais facilidade. “Vamos resolver os problemas quando ainda houver tempo para a correção. Essa supervisão eletrônica do mercado terá como base o uso intensivo da tecnologia. Nossa intenção é fazer o plugamento online com todas as bases de dados existentes hoje, repensando as formas de comunicação”, explicou o superintendente da Susep, Roberto Westenberger, acrescentando que a tecnologia passará a ser a principal aliada da Susep na fiscalização e acompanhamento do mercado.

Ele revelou ainda que um grupo de trabalho está desenhando esse projeto desde o início de novembro. O modelo final deverá estar pronto em meados de 2015.

Se tudo correr como planejado, o “seguro eletrônico” estará em funcionamento no segundo semestre de 2016.

DEBATE

No encontro, o ponto central das discussões foi como a tecnologia pode ser utilizada para aprimorar as relações do mercado com os consumidores. Ficou clara essa preocupação no painel que reuniu os presidentes das quatro federações ligadas à CNseg.

O presidente da FenSeg, Paulo Marraccini, por exemplo, advertiu que o mercado precisa prover uma interface que seja compreensiva e agradável aos usuários, até porque, em termos de tecnologia, “já tem tudo que precisa para atingir esses consumidores”.

Já o presidente da CNSeg, Marco Antonio Rossi, frisou a importância de utilizar a tecnologia para chegar até a população de baixa renda. “Em um mundo onde se pode fazer quase tudo por telefone, é razoável imaginar que esse canal será muito bem-vindo”, argumentou, apontando para o próprio celular.

Por sua vez, o diretor da FenaPrevi, Alfredo Lalia Neto, enfatizou a necessidade de empresas de tecnologia compartilharem os riscos das soluções propostas com as seguradoras. “Precisamos de mais vida real e menos Power Point”, brincou.

Contudo, a importância do uso intenso da tecnologia talvez fique mais clara na saúde suplementar, que, segundo revelou o presidente da FenaSaúde, Marcio Coriolano, já movimenta 155 terabytes de dados, em 550 milhões de transações por dia. “Mais do que ter um gigantesco banco de dados, é necessário saber o que fazer com essas informações”, alertou Márcio Coriolano, para quem tais informações, se bem utilizadas, podem ajudar a reduzir os custos das operadoras e aumentar o poder de escolha pelos beneficiários, desde que as empresas coloquem a tecnologia a serviço dos negócios.

CONSULTAS

A palestra mais esperada no evento foi a do presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, que não decepcionou a plateia, apresentando números e projetos impressionantes, como o elevado número de buscas relacionadas ao seguro feitas no site. “Por ano, já são mais de 11 milhões de buscas e esse volume de pesquisas vem crescendo 14% anualmente”, revelou o executivo.

Segundo ele, a internet e as redes sociais já representam uma imensa fonte de informações sobre e para o setor de seguros e as empresas do setor devem estar preparadas para esclarecer adequadamente por esses canais, as dúvidas do consumidor.

Fabio Coelho disse ainda que o Brasil já ocupa a segunda posição na relação dos países onde mais se realizam buscas pelo Google e se assiste vídeos pelo YouTube, atrás somente dos Estados Unidos.

Por essa razão, o impacto do uso das redes sociais tende a ser maior aqui. Não por acaso, mais de 40% dos processos de compra passam pela internet e metade dos consumidores faz buscas após serem impactados por um anúncio.

Para ele, os corretores de seguros também devem ficar atentos aos movimentos desse consumidor, pois o cenário mudou. “O cliente não tem mais muitas dúvidas quando procura o corretor”, alertou Fábio Coelho, segundo o qual, o consumidor, na prática, já sabe quase tudo sobre o produto antes mesmo do primeiro contato com o corretor. O que ele deseja mesmo, em linhas gerais, é o compromisso de que o que foi prometido será cumprido.

Por fim, o presidente do Google advertiu que terão mais chances de sobreviver e superar a concorrência as empresas que “melhor entenderem como se ajustar a essa economia digital”.

INVESTIMENTOS

Outra importante palestra foi ministrada pelo especialista em estratégia corporativa, Daniel Domeneghetti.

Segundo ele, diante de um consumidor bem mais informado, exigente e seletivo, não resta ao mercado de seguros outra alternativa senão a de adotar uma nova postura, utilizando a tecnologia em larga escala para esmiuçar os desejos e anseios de cada cliente.

Daniel Domeneghetti apresentou os resultados de pesquisa segundo a qual a grande maioria das seguradoras (88%) pretende aumentar os investimentos em soluções digitais. “Os investimentos que somavam R$ 350 milhões em 2008, podem chegar a R$ 1,2 bilhão este ano”, frisou.

 

insurance meeting | Provider

Soluções reforçam aliança entre tecnologia e seguros

Empresa busca consolidação como parceira do setor e renovação da marca

A tecnologia sempre se mostrou como uma grande aliada do mercado de seguros. Com o crescimento do mercado segurador e consequente aumento das demandas é preciso encontrar soluções que atendam e agreguem valor às necessidades do negócio.

A Provider, empresa de consultoria e soluções em TI, atua fortemente no segmento de seguradoras e saúde suplementar e prova disso foi a presença da empresa no Insurance Meeting 2014. “O que nós costumamos fazer durante o evento é apresentar soluções para necessidades que o mercado aponte, além de mostrar a gama de serviços que oferecemos e da nossa expertise que permite auxiliar as seguradoras a evoluírem”, afirma Evandro Abreu, VP de Negócios.

Para Vladimir Morozowski, VP de Serviços, o evento foi um importante momento para expor as soluções que a Provider tem implementado em seus clientes, como é o caso da integração de sistemas legado com soluções ERP, de mobilidade e analytics. “Foi uma oportunidade de trocar experiências e atualizar nossos clientes em relação a oferta de serviços da empresa”, complementa.

Para o CEO, Julio Moravia, outro ponto crucial no qual a empresa tem forte atuação é na chamada modernização e otimização do legado, integrando várias soluções tecnológicas e permitindo que as seguradoras tenham maior agilidade no atendimento às novas demandas.

Inovação

Para seguir no processo de mudança e modernização que a companhia projeta, algumas medidas foram tomadas. Entre elas está a renovação da logomarca da empresa, que está sendo lançada. Os executivos afirmam que a Provider passa por um processo de transformação muito forte, por isso a nova marca deverá consolidar a imagem de uma empresa moderna, mais integrada e voltada para o cliente. Outro passo nesse processo de renovação foi a alteração da presidência e a criação do conselho de administração. “Criamos um conselho para preparar a empresa para um futuro que a gente reconhece como repleto de desafios e oportunidades de crescimento”, conta o VP de Negócios da empresa. Julio Moravia faz parte dessa renovação, por isso Abreu afirma que a contratação do executivo, com vasta experiência no mercado de TI, permite que a empresa possa trilhar este novo caminho com solidez e segurança. Cesar Augusto Salema, com toda a sua experiência de mercado, passa a presidir o conselho de administração.

Soluções de tecnologia da informação, mesmo em época de transição econômica, têm se mostrado essenciais para o crescimento de diversos mercados, o que faz com que os executivos da Provider façam previsões bastante otimistas em relação a empresa para o próximo ano. Eles também entendem que esses movimentos de crescimento devem ser feitos com segurança. “Esperamos um crescimento sustentável para o próximo ano com ofertas de novos serviços e também com participação maior na modernização e otimização de sistemas, reforça Moravia. Abreu acredita que a empresa deverá crescer próximo a um patamar de 30% em relação ao faturamento de 2014.

Os executivos acreditam que a empresa está pronta para entregar o valor agregado que os clientes esperam com redução de custos operacionais e melhor prestação de serviços, promovendo o desenvolvimento de todo o setor.

 

insurance meeting | Indra

Rapidez na formulação de novos produtos

Indra desenvolveu produto que reduz o time to market e ainda oferece soluções serviços diferenciados para o mercado de seguros

Há 20 anos atuando no mercado de seguros, a Indra oferece soluções e serviços que cobrem toda a cadeia de valor do negócio de seguros, e que abarcam desde serviços de consultoria, passando pelo desenho e implantação de soluções, até a externalização completa de processos de negócio e serviços de gestão tecnológica.

A empresa tem vasta experiência em gerenciamento de grandes projetos de transformação destinados a melhorar o negócio dos seus clientes, colocando à sua disposição os mais avançados recursos tecnológicos. Dentre a gama de soluções da companhia para o mercado de seguros, destaca-se a plataforma iONE, centro de sua proposta de valor para o mercado de seguros.

Esta plataforma foi desenvolvida como evolução da carteira de soluções da Indra para o setor de seguros, de grande êxito comercial e penetração na América Latina. “O desenho da plataforma responde às tendências mais vanguardistas do setor, ao mesmo tempo em que foi construído a partir das tecnologias mais avançadas, a fim de oferecer ao mercado uma solução altamente inovadora para o negócio de seguros”, afirma Marcos Cardoso, diretor Mercado de Seguros da Indra.

O iONE cobre os ciclos de vida do negócio, incluindo a gestão comercial, técnica e operacional de uma seguradora (carteira, sinistros, acompanhamento de processos, contratação, fornecedores, resseguro). Entre seus principais valores diferenciais estão a gestão por processos (informação em tempo real para a tomada de decisões); multicanal (permite personalização por canal); multimoeda e multilinguagem; motor de regras (permite realizar mudanças de forma simples, sem a necessidade de novos desenvolvimentos); e unificação da informação de terceiros (agentes, fornecedores, segurados etc).

Redução do time to market e alta flexibilidade

Como valores diferenciados no âmbito da operação do negócio, a plataforma iONE destaca-se por sua simplicidade na definição e lançamento de produtos, o que proporciona às seguradoras um time-to-market muito competitivo. “Ao mesmo tempo, é uma solução altamente flexível, que permite configurar uma das carteiras de produtos mais amplas do mercado, e seu desenho emana de uma filosofia centrada no cliente, com total integração de módulos e ramos, oferecendo visão global do negócio e alta eficiência nas operações”, explica Cardoso.

Do ponto de vista tecnológico, destaca-se por sua orientação a processos, assim como por sua construção sobre os standard do Business Process Management (BPM) e arquitetura orientada a serviços (SOA), o que oferece a capacidade de controlar a situação de qualquer processo de negócio da companhia, analisando seu estado em qualquer momento. Além disso, facilita sua integração com qualquer outro sistema ou solução do mercado e permite evoluir a plataforma com grande rapidez para adaptá-la às mudanças do entorno competitivo.

A plataforma iONE recebeu o prêmio “XCelent Technology 2012” pela plataforma tecnológica mais avançada de 2012 para o negócio de seguros de vida na América Latina.

“Na Indra temos uma ampla oferta para o mercado segurador, com soluções e serviços de tecnologia para companhias seguradoras, em todos os ramos, resseguradoras, operadoras e cooperativas de saúde e corretoras de seguros”, orienta o executivo, acrescentando que a “gama de soluções permite uma importante evolução na estratégia de negócio, ajudando as companhias seguradoras a mudar a forma de gerenciar a cadeia de valor, passando de orientadas à operação e produtos para uma visão a processo e clientes”.

A empresa está presente com serviços e projetos de soluções em companhias de expressão mundial. Atualmente a plataforma iONE já conta com implantações de absoluto êxito.

O Brasil tem sido um mercado de alto potencial para a companhia e tornou-se o principal mercado internacional da Indra, depois da Espanha.

Hoje, a estrutura brasileira para o mercado de seguros conta com mais de 300 profissionais, entre eles executivos com passagem pelas maiores consultorias especializadas e companhias de seguros.

Cardoso diz que a empresa acompanha as oportunidades que envolvem os processos de modernização das seguradoras que atuam no país e, para isto, contam com soluções tecnológicas totalmente localizadas e adaptadas às necessidades do mercado local.

Sobre as novidades para o mercado brasileiro, Cardoso esclarece que muitas soluções trazem conceitos que já estão na pauta dos CIOs das seguradoras. “Conceitos e soluções como cloud, mobilidade, internet das coisas, entre outras. Há a necessidade das seguradoras se adequarem ao novo consumidor digital. Para tanto, deverá preparar seu parque tecnológico e de soluções de forma a se adequar a essa nova realidade. Um sistema inovador e de vanguarda com o que há de mais moderno em tecnologia como o iONE, ajudará as companhias a integrarem essas novas tendências com mais facilidade e flexibilidade”, finaliza.

 

insurance meeting | Direct One

Interação eficaz

Comunicação relevante, redução de custo e aproximação com o cliente são palavras de ordem para a Direct One, que opera no Brasil há sete anos

A Direct One atende seguradoras dos segmentos auto, residencial, massificados, vida, previdência e saúde. No portfólio da companhia estão nomes como SulAmérica, BB e Mapfre, Zurich, Tokio Marine, Mitsui, Ace, RSA e MetLife.

Adequada às resoluções 294 da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que permite a utilização de meios remotos para entrega de apólices e certificados, a plataforma comercializada pela empresa possibilita à seguradora o envio automatizado de um kit de boas vindas, com informações personalizadas de acordo com o contrato ou a apólice de cada segurado.

“Para ser relevante nas comunicações é necessário personalizar todo o tipo de comunicação enviada pela seguradora, considerando a preferência do segurado. Por isso, os sistemas atualizam periodicamente informações que podem ser utilizadas para otimizar o nível de relacionamento e, consecutivamente, gerar maior fidelidade e vendas mais assertivas”, declara o CEO da empresa, Fernando Steler.

Entre os produtos da companhia mais requisitados pelo mercado segurador estão as ferramentas de relacionamento com o cliente, que trabalham com um painel de gerenciamento multicanal e mostram cada régua de comunicação personalizada. Assim, é possível gerenciar todos os serviços contratados em apólices diferentes.

Outro benefício é a redução de custo. Considerando que a maior parte dos kits e das comunicações é feita atualmente por meio digital, serviços como impressão, estoque e correio são eliminados. “Ao reduzir ou eliminar este material dos processos os benefícios são claros, muito dinheiro é economizado. Isso sem contar a questão ambiental”, lembra Steler. Para os itens que permanecem impressos, porém, a Direct One criou independência de Print Centers, com algumas gráficas homologadas na própria ferramenta.

O executivo garante que, com a implantação dessas plataformas, as empresas registram ainda um aumento de renovações de contratos. Por outro lado, é possível que as companhias saibam previamente quais segurados não renovarão o serviço por meio da funcionalidade “Análise Preditiva de Renovação de Seguro”.

Quando o assunto é o investimento médio para aquisição, os produtos seguem a tendência mundial do mercado de venda de software como serviço em nuvem privada (SaaS Private Cloud). O tempo médio de implantação se dá entre dois e três meses, com custos que variam de R$ 10 mil a R$ 100 mil de assinatura, dependendo do tamanho do projeto, da quantidade de produtos e do volume de comunicações geradas e enviadas. Neste valor estão inclusos software, hardware e serviços profissionais, com cobrança feita através do sistema Pague Conforme o Uso (Pay-as-you-go).

Projeções

Operando no Brasil desde 2007, esta foi a terceira vez consecutiva que a Direct One participou do Insurance Service Meeting. “Este ano investimos em uma conta maior, com mais visibilidade e isso foi muito bom para nós. O que mais interessa é o relacionamento gerado”, explica Steler.

Já premiada em sua área de atuação, agora a empresa trabalha para se tornar referência mercadológica em relacionamento dos processos automatizados com clientes. Segundo o CEO, a companhia se esforça gradativamente na atualização sobre todas as possíveis tendências de implementação de ferramentas e ações voltadas ao ramo de seguros.

A companhia, que nos últimos anos obteve crescimento significativo no setor, pretende manter este cenário e, inclusive, dobrar de tamanho já em 2015.

 

insurance meeting | WDEV

Setor automatizado

WDEV cria Easyseg, plataforma que aproxima seguradora e segurado e fortalece a venda do corretor. Soluções podem ser customizadas de acordo com a demanda de cada empresa

A partir da experiência profissional dos sócios Guillermo Reid e Rodrigo Caixeta foi criada a WDEV, empresa focada em soluções tecnológicas voltadas ao mercado segurador que iniciou as atividades em 2009 e hoje conta com 200 colaboradores, com times comandados pelos executivos Eduardo Rosas e Ronaldo Queiroz. Como primeiro grande projeto, a WDEV desenvolveu a corretora online Smartia Seguros, o primeiro site brasileiro de cotação de seguros online. “Amadurecemos com a corretora online, começamos a ter uma visão das necessidades e das carências das seguradoras e conseguimos entender como funciona toda a operação e o mercado em si”, explica Queiroz, que ocupa a direção da área de produtos e inovação da WDEV. Segundo ele, o mercado segurador carece de ferramentas que aproximem as seguradoras de seus clientes e ofereçam força de venda ao corretor para a fidelização e captação de novos segurados.

“Hoje somos reconhecidos como uma empresa que realmente agrega valor não só do ponto de vista técnico, mas do ponto de vista de trazer visão de negócios do mercado”, diz Rosas, diretor comercial da companhia. “A WDEV tem negócios com as principais seguradoras, onde a competição é extremamente acirrada em todos os ramos. Eficiência operacional se tornou mandatório para todas elas e criar diferencial é muito importante”, completa o executivo.

Com isso, a empresa viu a oportunidade de desenvolver a plataforma Easyseg. A linha de produtos engloba soluções já prontas, exigindo pouco esforço das áreas de tecnologia das companhias que basicamente gastam a maior parte do tempo resolvendo imprevistos diários e, consequentemente, deixam de lado a criação de novos produtos. As soluções rodam na nuvem da própria em empresa, assim como funcionam integralmente dentro da infraestrutura demandada pela seguradora.

O conceito das soluções desenvolvidas pela WDEV é único, mas recebe a cara da seguradora com mudanças de funcionalidade e desempenho, dependendo da necessidade específica de cada companhia.

Apresentado pela WDEV durante o Insurance Service Meeting 2014, um dos produtos que fazem parte desta solução é o “Easyseg Assistência Auto em um Toque”, destinado ao segmento Auto. Por meio de um dispositivo embarcado no carro do segurado 24 horas por dia, a seguradora tem conhecimento sobre onde o cliente se localiza, como ele conduz o seu veículo, além do tipo de apólice e de cobertura contratadas pelo segurado. Todas as informações são detectadas por uma antena e três chips. Assim, quando o segurado apertar o botão do dispositivo, a seguradora imediatamente entrará em contato para sanar suas necessidades.

Para Queiroz, o dispositivo “quebra” a relação habitual entre seguradora e segurado que normalmente é feita apenas duas vezes por ano, no momento da renovação do seguro e no momento do sinistro. “O atendimento acaba sendo mais personalizado e específico”, argumenta.

O aplicativo também conta com um mecanismo de inteligência para detectar indícios de colisões. Em episódios como este, a seguradora é informada do ocorrido e entra em contato com o segurado por meio do dispositivo. Caso não obtenha retorno (como em acidentes em que o motorista esteja desacordado, por exemplo), a empresa dispara uma ambulância de socorro.

A solução de assistência oferece desde atendimento simplificado a serviços de conveniência como identificação de rotas e de restaurantes mais próximos, o que fica a critério da seguradora. Segundo Eduardo Rosas, a medida possibilita que as seguradoras ofereçam serviços com preços diferenciados e criem uma competição na qualidade do atendimento.

Aplicativo integrado

Quando o assunto é exclusivamente o desempenho do cliente em frente ao volante, a WDEV fornece o aplicativo “Avaliação do Condutor”. A ferramenta não só funciona dentro do veículo (a exemplo do “Easyseg Assistência Auto em um Toque”) como também pode ser utilizada como um dispositivo autônomo no smartphone do segurado.

“Esse aplicativo serve para que a seguradora faça uma melhor avaliação de risco. Ela consegue saber se o motorista tem muita agressividade no trânsito, o que faz com que tenha mais chance de se ter um sinistro; ou se ele é mais tranquilo”, declara Ronaldo Queiroz. Ao mesmo tempo em que traça um perfil do motorista, o produto permite que a companhia exerça função social ajudando o segurado, por meio da conscientização, a se tornar um condutor mais responsável.

Nesta ferramenta, a coleta de dados é realizada através de GPS, acelerômetros, giroscópio e bússola. Em seguida, as informações capturadas ganham aplicações matemáticas e estatísticas para serem enviadas aos atuários responsáveis pela avaliação de risco.

Auxílio ao corretor

Assim como as seguradoras, o corretor de seguros também busca a fidelização com o cliente. Para auxiliar esses profissionais, a WDEV criou a solução “Aviso de Sinistro Mobile”. Disponível para os sistemas Android e IOS, a ferramenta agiliza o registro e a documentação do sinistro com imagens e áudios capturados pelo próprio segurado, que envia os arquivos para a seguradora. Assim, a companhia imediatamente inicia o processo de pagamento de despesas como oficina ou furto, por exemplo.

“Quando acontece um sinistro e o corretor é acionado, ele tem que correr atrás da informação, entrar em contato com a seguradora e resolver uma burocracia grande. Dando ferramentas que o ajudem na venda e na operação, facilita muito sua taxa de conversão e a satisfação de seus clientes”, explica Guillermo Reid, CEO da WDEV.

A ferramenta também pode ser utilizada em casos de acidentes pessoais ou óbito do segurado, acelerando o processo de envio da documentação para a seguradora.

 

insurance meeting/CI&T | por Vinícius Martinelli*

Três pilares da transformação digital na indústria de seguros

A transformação digital na indústria de seguros não é uma pauta para o futuro: é um assunto para hoje! Eficiência operacional, análise de risco e segmentação de clientes são exemplos de assuntos extremamente relevantes para uma seguradora e que estão ganhando novas cores através de um pensamento prioritariamente digital. Considerando minha experiência na indústria, vejo que as seguradoras precisarão se apoiar em três pilares para obterem sucesso nessa empreitada de adoção de uma cultura digital.

1.  Estabilidade: sustentação e desenvolvimento de aplicações

Embarcar na jornada de transformação digital não significa assumir que os projetos tradicionais e o suporte aos sistemas legados vão deixar de existir. A indústria de seguros tem características que dificultam ou agravam ainda mais o cenário: um parque muito grande de sistemas legados, baseado em tecnologias antiquadas, e um ambiente regulatório que consome uma parte importante da agenda e do orçamento das empresas. Num horizonte de curto prazo, não há sinal de mudança.

O primeiro alicerce para a jornada de transformação digital é a estruturação de uma TI que consiga entregar bem os projetos, atenda à evolução do negócio e mantenha estável a operação dos seus sistemas. Grande parte do orçamento de tecnologia é gasto nessas rubricas e, ao otimizá-las, o potencial de ganhos é muito alto. É chave para este alicerce que a TI trabalhe em parceria próxima com as áreas de negócio, desenhando e entregando projetos que maximizem valor para o negócio e minimizem custos. Metodologias ágeis de desenvolvimento e uma forte gestão de projetos são ferramentas cruciais para que sejam atingidos patamares superiores de eficiência e excelência na entrega dos projetos e na sustentação da operação.

A premissa básica aqui é que a TI tem mais chances de gerar inovações se conseguir reduzir desperdícios com coisas que geram pouco valor para a empresa e ao mesmo tempo se aproximar estrategicamente das áreas de negócio.

2.  Inovação: conexão com tecnologias transformadoras

O “Nexo de Forças”, pregado pelo Gartner, é uma excelente primeira referência  sobre tecnologias transformadoras: redes socias, mobilidade, analytics e nuvem já afetam consideravelmente o negócio de seguros.

Quando falamos de saúde, por exemplo, imediatamente pensamos na quantidade de informação disponível para entender o perfil dos segurados e seus impactos no negócio. A nuvem representa hoje a viabilidade de utilizar essas informações em tempo real, pois diminui muito os custos de processamento. Grandes empresas ainda têm medo da nuvem por questões de segurança, mas a adoção é só uma questão de tempo. E quando conectamos analytics nesse imenso volume de informação, conseguimos construir modelos estatísticos robustos e análises preditivas – ferramentas altamente poderosas para avaliação de risco ou elaboração de planos de ação para redução de sinistralidade. Existe muito espaço para avanço no uso dessas informações e nos ganhos a serem obtidos.

Sob a perspectiva do consumidor , a única coisa que realmente importa é sua experiência como cliente. As pessoas estão cada vez menos tolerantes a receber conteúdos e ofertas impessoais. O uso de analytics combinado com mobilidade e ferramentas sociais pode resolver bem essa situação, pois conhecendo bem o cliente e seus hábitos pode-se ter maior taxa de acerto nas interações. Também podem ser exploradas novas oportunidades de contato além do momento da renovação ou do aviso de sinistro. Conhecer o seu cliente e orientá-lo, conforme seu comportamento individual, pode ser uma ótima forma de demonstrar cuidado e de fidelizá-lo. As pessoas querem se sentir especiais, não apenas mais uma na multidão.

Ideias de uso dessas tecnologias não faltarão em um ambiente repleto de especialistas. Cabe às seguradoras colocar em prática e aprender rapidamente para que se adaptem.

3.  Experimentação: tecnologias disruptivas

Segundo o Gartner, quatro novas tecnologias surgem para se juntar ao Nexo das Forças: internet das coisas, dispositivos vestíveis (wearables), máquinas inteligentes (smart machines) e impressão 3D. Com elas, surgem também novas oportunidades de transformação na forma de se fazer negócios, notadamente em seguros.

Óculos com acesso à internet, dispositivos que medem atividades físicas e sinais vitais das pessoas, além de beacons que determinam a localização de pessoas em ambientes fechados são alguns exemplos de tecnologias disponíveis que poderão viabilizar novos modelos de negócio na indústria de seguros ou novas formas de relacionamento com clientes, parceiros e colaboradores.

A exploração dessas oportunidades requer um desenho muito diferente da TI que cuida da operação eficiente. É necessário trazer agilidade e flexibilidade comuns às famosas “garagens de startups”, pois experimentações rápidas, descarte de ideias que não ganham tração e mudanças de rumo agora fazem parte do jogo e são etapas naturais no desenvolvimento de novas ideias para o negócio. A composição da equipe deverá considerar a criação de alto nível de parceria entre as áreas de TI e negócio. O ambiente de trabalho deverá ser um ambiente que propicie e incentive a inovação, a busca de consenso e criatividade, por vezes abrindo mão da formalidade.

A jornada da CI&T como parceria de negócios para a indústria de seguros tem sido a de facilitadora desses pilares. Toda vez que ouço de um cliente que “pensamos diferente” ou que “fazemos as provocações certas”, fico mais confiante de que minha missão é ajudá-lo a se transformar digitalmente e inovar antes que uma startup criada por quatro jovens em uma garagem vire seu principal concorrente.

* Vinicius Martinelli é Head of Insurance na CI&T, empresa de tecnologia e serviços especializada em acelerar a transformação digital de clientes como Amil, Brasilcap, Berkley, Intermedica, Metlife, Mitsui Sumitomo, Porto Seguro e SulAmérica. Os especialistas da CI&T usam web, mobile, social, análise preditiva e tecnologias de nuvem para que empresas globais possam engajar os clientes mais efetivamente. Recentemente a CI&T inaugurou em Campinas um espaço dedicado à prototipação e experiência com novas tecnologias e Internet das Coisas: o The Garage.

 

insurance meeting | CSC

Setor automatizado

Com ferramentas específicas para a área de seguros e resseguros, a CSC busca ajudar seus clientes a agilizar o lançamento de novos produtos, integrar corretores e clientes e operar de maneira mais eficiente

Em atividade há cinco décadas e presente em mais de 70 países, foi há 13 anos que a CSC chegou ao Brasil. De lá para cá, a empresa passou a atuar com diversas indústrias, incluindo seguradoras e resseguradoras de todos os ramos.

Dos 10 maiores grupos seguradores do País, oito são clientes da empresa, que conta ainda com várias empresas de menor porte em sua carteira.

“No Insurance Meeting observamos uma grande oferta de soluções em tecnologia para seguros. Aqui, quase todas as grandes empresas do setor estão presentes por meio dos executivos que tomam, ou influenciam, muitas das decisões de investimentos”, declara Geraldo Cavagnari, vice-presidente da CSC na América Latina.

De acordo com o executivo, é essencial que as companhias reduzam os custos operacionais, ao mesmo tempo em que conheçam mais sobre seus clientes e seus canais de vendas, tanto para reter a clientela quanto para comercializar novos produtos. Com os sistemas atuais e a abordagem tradicional tecnológica, Cavagnari afirma ser impossível equilibrar essas pressões. “As companhias que conseguem fazer isso estão assumindo a liderança do mercado”, explica ele.

Soluções

Para auxiliar o mercado segurador e ressegurador, a CSC no Brasil oferece basicamente dois tipos de soluções. Primeiro, sistemas (softwares) de administração de apólices que automatizam desde a cotação, emissão, sinistro e reservas até a visão única do cliente. De abrangência global, algumas delas foram escolhidas para serem comercializadas também no mercado brasileiro.

Nesta linha, o foco é a redução de despesas administrativas (DA) e maior integração com corretores e clientes, além da agilidade no lançamento de novos produtos. “As companhias também procuram condições de lançar produtos com mais facilidade e fugir da plataforma engessada, antiga e limitada, visto que estão em fase de expansão no mercado”, explica Cavagnari.

Voltado às soluções tecnológicas para empresas focadas em novas tecnologias, o segundo tipo de soluções faz uso de ferramentas como Customer Relationship Management (CRM), Ponto de Venda, Big Data, Analytics e, principalmente, soluções as a service. Nesta última, o cliente paga somente pelo que utiliza e fica isento de investimentos em infraestrutura e licenças.

No entanto, implantar e desenvolver cada uma dessas ferramentas supõe desafios. Para o vice-presidente, os principais deles são o foco no valor que a tecnologia deve trazer para o negócio e na flexibilidade e agilidade para que os clientes aproveitem as janelas de oportunidade do mercado. “Muitos projetos tecnológicos simplesmente exigem tempo demais e custam muito dinheiro. Portanto, não são economicamente viáveis”, justifica o executivo.

Os valores para a aquisição dos serviços são relativos, considerando que o preço final dependerá do tipo de produto, dos ramos envolvidos, do tamanho da empresa e do que a companhia pretende fazer. Assim, a companhia que desejar investir nessas tecnologias poderá desembolsar de milhares a milhões de reais.

Para o próximo ano, Cavagnari afirma que a CSC no Brasil seguirá com projeções otimistas, uma vez que a estagnação da economia exigirá das empresas investimentos para melhor competirem no mercado. “Sob um olhar macroeconômico, o setor de seguros cresce mais que o Produto Interno Bruto (PIB). A economia segue com um cenário negativo, mas as companhias estão em um momento de adaptação em relação aos custos, produtividade e tecnologia, em um processo de melhoria contínua”, finaliza o vice-presidente.

 

insurance meeting | Alog

Soluções e modelos específicos

Alog Data Centers do Brasil fornece serviços como colocation, hosting, cloud computing, conectividade, soluções de recuperação de desastres e gestão de ambientes

A Alog Data Centers chegou ao Brasil em 2005. Em 2011, vendeu 90% de seu capital para a empresa norte-americana Equinix, Inc, fornecedora global de serviços de data center (DC). A fusão contou com a participação da companhia de privaty equity global Riverwood Capital, que investe em empresas de tecnologia. Já em julho deste ano, a Equinix concluiu a aquisição total da Alog ao comprar as partes da Riverwood Capital e dos outros acionistas minoritários, em transação comercial de US$ 225 milhões.

Hoje, a Alog atende várias empresas do mercado segurador fornecendo serviços como colocation, hosting, cloud computing, conectividade, soluções de recuperação de desastres e gestão de ambientes. “Nos preocupamos em observar toda a cadeia de valor dos diversos segmentos em que atuamos e, com isso, criamos soluções e modelos específicos para endereçar os problemas de cada mercado. Tendo players como a CNseg dentro de nossos DCs, podemos atingir toda a cadeia de valor do setor de seguros”, declara Eduardo Carvalho, presidente da companhia.

Para que as empresas do ramo permaneçam competitivas, a Alog oferece serviços híbridos de hospedagem otimi¬zada a fim de diminuir custos, melhorar a resposta e simplificar o acesso a fontes de dados em expansão, assim como soluções que reduzam custos de mão de obra especializada ao terceirizar o serviço com provedores de serviços gerenciados. Hospedagem de infraestrutura de TI em nível mundial, Carrier Neutral e com diferentes níveis de acesso e simplificação dos sistemas de risk assessments para requisitos de conformidade baseados em diversas certificações, também integram a lista de soluções comercializadas pela empresa.

Estão inclusas ainda a redução do time-to-market ao ativar e desativar recursos de TI, de acordo com as necessidades de cada negócio; a inserção da infraestrutura no centro da indústria de sistemas para seguradoras e serviços convergentes (como serviços de catástrofe e de modelagem de capital, troca de dados e informações sobre preços) e o acesso direto a provedores de serviços em nuvem e prestadores de serviços de TI em todo o mundo.

Carvalho garante que a disponibilidade das informações e experiência do usuário são os benefícios mais evidentes destes produtos, considerando ainda a segurança da informação dos DCs certificados e a e mitigação dos riscos relacionados. “Se colocarmos na ponta do lápis a probabilidade e o que poderia ser perdido, teríamos um investimento considerável da empresa que não optou por usar um player”, diz ele. Para adquiri-los, é necessário avaliar a estrutura contratada, sendo que os valores variam de R$ 3 mil, para pequenas empresas; e R$ 500 mil mensais, para ambientes complexos.

Evoluir a visão atual para a visão de ecossistema, de acordo com o presidente, é a maior necessidade das empresas do ramo, que ainda não estão totalmente conectadas. “Quando estão, não fazem isso dentro de um DC e acabam tendo que investir quantias consideráveis em estrutura de telecom”, afirma Carvalho. O investimento poderia ser reduzido a zero se fosse considerada a opção dessas empresas se hospedarem no mesmo DC. Assim, além de diminuir o custo de telecom, a latência das conexões teria melhoria significativa e permitiria operações em tempo real entre toda a cadeia de valor.

 

mercado | empresa

Centauro-ON se prepara para expansão nacional

Conquistas de 2014, com o lançamento de produtos, impulsionaram crescimento

A associação entre a Centauro Vida e Previdência S.A. e Ohio National Financial Services, seguradora americana com mais de 100 anos de experiência e aproximadamente US$ 30 bilhões em ativos sob gestão, deu origem à Centauro-ON e foi o primeiro de uma série de acontecimentos que tornaram 2014 um ano marcado por conquistas.

Após a união, a Centauro-ON apresentou sua nova identidade visual ao mercado segurador, que reflete fortes características das duas empresas. A novidade marcou fortemente a participação da empresa no XVI Congresso dos Corretores de Seguros (Conec), juntamente com o lançamento do primeiro seguro direcionado à pessoa física, o Vida Individual.

O novo produto será um dos pilares da expansão da empresa, agora atuando de forma nacional. De acordo com o diretor presidente da Centauro-ON, Ricardo Iglesias Teixeira, o consumidor exigia inovações neste setor com a oferta de produtos modernos, flexíveis e inteligentes, como é o caso do seguro Vida Individual. “O grande potencial do mercado brasileiro de seguro de vida nos estimulou a investir fortemente neste projeto e ofertar novas soluções, sempre preservando como princípio a tradição de elevada qualidade de nossos serviços e produtos”, comenta.

O lançamento do produto individual abre uma nova vertente de negócios para a Centauro-ON, que sempre foi reconhecida por seu trabalho com seguros coletivos. A empresa foi destaque em duas categorias na edição de 2014 da revista “Valor 1000 maiores”, figurando entre as mais rentáveis sobre o patrimônio e de menor sinistralidade, o que demonstra a consolidação da companhia nos seguros coletivos. O terceiro lugar no ranking reflete o retorno positivo do investimento feito em longo prazo pela Centauro-ON, com uma rentabilidade de 24,6% sobre o patrimônio líquido. Já a baixa sinistralidade, de 0,72 pontos, demonstra a responsabilidade e o profissionalismo com que a empresa faz a gestão e acompanhamento dos riscos de sua carteira.

O resultado deste crescimento, para a vice-presidente e diretora de marketing da Centauro-ON, Carol Bolduan, mostra o reconhecimento do trabalho realizado nos últimos anos. “É o retrato da qualidade dos serviços prestados pela equipe da Centauro-ON. Com a nossa recente associação com a Ohio National, os novos produtos e a ampliação da atuação da empresa em outras regiões do Brasil, esperamos comemorar novas posições no ranking nos próximos anos”, comemora.

Para o diretor de Operações e Finanças da Centauro-ON, Sidney Pariz, a companhia está pronta para iniciar seu plano de expansão, mantendo os níveis atuais de excelência no atendimento aos seus clientes e parceiros comerciais. “Mantemos controle rigoroso sobre a qualidade dos serviços prestados e buscamos inovar constantemente, através da capacitação dos nossos colaboradores e da implantação de novas funcionalidades sistêmicas. A Centauro-ON tem uma estrutura de gestão corporativa alinhada às melhores práticas do mercado, o que garante que os investimentos previstos no seu planejamento estratégico para os próximos anos serão realizados, de tal forma que a companhia evolua com segurança, planejamento e organização”.

 

mercado | parceria

Conquistas na área social

Parceria firmada em meados de 2014 traz mais força aos produtos comercializados pela empresa

Em junho desse ano o mercado segurador foi surpreendido positivamente com o início da parceria entre a Univida Seguro de Pessoas e a Zurich Seguros, marcando o começo de um vigoroso projeto de trabalho, que promete dar ainda mais fôlego aos negócios da companhia, especializada em seguro de pessoas. “Os corretores têm entendido bem essa mudança da Univida. Eles acreditam, conhecem e respeitam a gente, até porque os negócios nunca pararam”, explica David do Nascimento, diretor geral da empresa, responsável por uma carteira de clientes bastante exigente.

Os novos rumos adotados pela Univida com a recente parceira visam o fortalecimento de alguns produtos comercializados. A partir de agora, a meta é aliar competitividade, solidez e profissionalismo, oferecendo alternativas menos engessadas. O vigor trazido pela Zurich deve aumentar o leque de opções oferecido pela empresa, tornando cada produto mais atrativo.

A atenção personalíssima, aliás, é uma das marcas mais evidentes nessa trajetória, iniciada em 1997, graças a iniciativa do ex-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado de São Paulo (Sincor-SP), Leoncio de Arruda, falecido em 2011, o principal responsável pelo começo de todo esse trabalho que agora deve alçar um novo patamar. Atualmente são quase 30 funcionários e uma equipe estruturada para atuar de maneira dinâmica em São Paulo e em municípios estratégicos, como Guarulhos e toda a região do Grande ABC.

Na prática, Univida e Zurich trabalharão juntas para trazer mais rentabilidade aos negócios e fortalecê-los em todos os campos de atuação. Hoje são oferecidos seguros para pessoas físicas e jurídicas, com diversas opções de planos e benefícios. O momento favorável confirma a ótima imagem que a empresa construiu. Para fortalecer ainda mais esse elo de confiança, a diretoria da Univida não abre mão de promover eventos que aproximam toda a equipe, como cafés da manhã, almoços e palestras para estimular a troca de ideias.

“Hoje conseguimos mostrar para o corretor que a proteção familiar pode ser a grande previdência dele no futuro. Estamos levando esse conceito de que o seguro de vida dos clientes pode se transformar em uma carteira tranquila e serena”, enaltece Nascimento.

Ação social

Outro ponto que deve ganhar ainda mais força são as atividades promovidas pelo Instituto de Ação Social Univida, braço social imbuído em desenvolver, custear e monitorar cada ação, um compromisso de todos os funcionários, sempre engajados com um dos principais valores da empresa de contribuir com a sociedade de maneira responsável. “Os funcionários abraçam os projetos da Univida. Eu acho que esse é um dos principais motivos deles estarem juntos e comprometidos”, ressalta Nascimento.

Nesse momento, quatro entidades são assistidas pela Univida, número que pode vir a crescer, dependendo da oportunidade. A escolha é feita por regiões, obedecendo a um criterioso processo de seleção. A indicação dos nomes é responsabilidade das assistentes comerciais.

O martelo só é batido após a aprovação de um conselho gestor, formado por membros da diretoria e pessoas próximas, que juntos definem a viabilidade da ajuda. Claro que tudo deve estar de acordo com as premissas da empresa. “A Univida tem um propósito de não apenas deixar o funcionário satisfeito, mas também de conscientizá-lo a respeito de algo maior. Eu acho que essa é a grande diferença”, finaliza Nascimento.

 

evento | Fama 2014

O futuro da comercialização de seguros na América Latina

Este foi o tema central do II Foro de Alta Mediación Aseguradora, realizado no Rio de Janeiro pelo Grupo ADI em parceria com a Fenacor, com a presença de representantes de diversos países da América Latina e Espanha

Kelly Lubiato

O Brasil é o líder da transformação da América Latina em um mercado de seguros mais maduro. Em vários momentos do dia esta afirmação foi dita, por pessoas diferentes. Após o sucesso do primeiro evento realizado no Chile, em 2013, o Brasil sediou o encontro de produtos de seguros de diversos países latinoamericanos, que tiveram a oportunidade de trocar conhecimentos e experiências sobre a forma de conduzir seus negócios. Participaram representantes da Argenti¬na, México, Chile, Venezuela, Panamá, Peru, Equador. Todos acompanhados de pessoas das entidades de seus países.

Ainda não sabemos qual é próximo país a realizar o evento.

De acordo com o CEO do Grupo ADI, Pasqual Llongueras, “o Brasil tem o desafio de construir um mundo diferente, de estar presente nas mudanças”. A função primordial do País será estabelecer um fluxo de informações, sempre com a participação dos corretores de seguros, a quem cabe transmitir sentimento de tranqüilidade e segurança para os clientes.

Marco Antonio Rossi, presidente da Fides (Federação Interamericana de Empresas de Seguros) e da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), elogiou a liderança exercida na região pelo presidente da Fenacor, Armando Vergilio dos Santos Junior, e disse que vivemos um momento de integração de todos os elos da corrente do mercado.

Em sua palestra, Rossi recapitulou o passado recente do País e o que foi feito para que o mercado chegasse participação de 6% do PIB, ressaltando que apesar de ser a 7ª economia mundial, o Brasil ocupa apenas a 43ª possição no ranking de consumo de seguros.

O que ficou claro para os participantes foi que aqui continua sendo a “terra das oportunidades, porque há uma grande gama de consumidores que ainda não foram alcançados pelos produtos de seguros.

“A imagem do seguro no Brasil é boa, mas enfrentamos problemas ainda no setor de saúde. Mais do que nunca, temos que mostrar ao Governo que somos o mais autêntico exemplo de parceria público privado. Fazemos com que empresas possam oferece aquilo que sistema de saúde deixa a desejar. Somos uma opção para um país que envelheceu rápido, antes de enriquecer”, ressaltou Rossi.

O representante da Federação de Corretores de Seguros da Espanha, José Maria Campabadal, afirmou que para os produtores de seguros espanhóis é fundamental esta troca de informações com os brasileiros, principalmente neste momento de crise econômica que o seu país atravessa.

O protagonismo brasileiro no desenvolvimento do seguro na América Latina é fundamental principalmente num momento de consolidação do mercado, após empresas de várias origens terem se instalado no Brasil. “As vezes, esta cultura diferente das empresas distanciou a comercialização da base do seguro, porque economias mais desenvolvidas têm esquemas diferenciados”, completou Bittar.

O presidente da Fenacor disse que “a meta é fazer analise de quais são os principais mercados e problemas que temos que enfrentar. A cada dia, caem as fronteiras, e os mercados comuns ampliam sua penetração. O efeito da globalização começam a ser sentidos no dia a dia”, acrescentou Vergilio.

O superintendente da Susep, Roberto Westenberger, falou sobre as possibilidades de o mercado ser mais rigoroso em relação às suas regras de atuação. Ele explicou que a regulação eruopeia e o mercado aberto são dois extremos, e que o Brasil segue mais na linha da Solvência II, modelo que será implantado na Europa em 2016. “Este é um modelo à prova de xenofobias, porque preconiza que o sistema de gestão das seguradoras também seja supervisionado. É o princípio da supervisão baseada em risco”, destacou.

No extremo da abertura total, há vantagens num mercado com mais liberdade de ação. Segundo o superintendente, “a Susep encara de forma positiva e está implantando a autorregulação para os corretores de seguros. Ainda é cedo para pensar em autorregulação para as seguradoras. A Susep fará com tranquilidade este processo em que a autarquia irá adotar como um braço estendido esta atividade de fiscalização”.

Um assunto bastante discutido durante o evento foi a criação da figura do agente de seguros. Na teoria e na regulamentação ele já existe. Entretanto, pela falta de flexibilidade das leis trabalhistas, nenhuma seguradora teve interesse na implantação deste canal de vendas. Armando Vergilio disse que Fenacor jamais se negou a discutir a figura do agente. “Esta era uma questão que envolvia dogmas e paradigmas, mas que merece ser discutida. Mais de 85% dos seguros brasileiros são colocados por corretores de seguros independentes”, esclareceu Vergilio.

Prêmio FAMA 2014

Durante o evento, duas personalidades receberam uma homenagem especial: Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros, foi agraciado pelos seus esforços no sentido da difusão da cultura do seguro e da formação e qualificação dos corretores de seguros.

Antonio Huertas, presidente do Grupo Mapfre, foi premiado pela sua atuação como executivo do ano no mercado de seguros mundial.

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