Ultima atualização 28 de março

Edição 191

capa | CG do Brasil
GC consolida atuação no mercado brasileiro

Grupo reuniu as 67 corretoras associadas em evento realizado no Rio de Janeiro, em setembro, que contou com a participação de 250 pessoas, entre sócios, colaboradores, parceiros e demais convidados

Kelly Lubiato
Com nascimento jurídico assi¬nado em dezembro de 2010, a GC do Brasil teve sua história marcada pelos laços de amizade de seus membros. Até hoje, o crescimento foi muito significativo e o Grupo já conta com 67 associadas e mais de 150 mil segurados em sua carteira.

A empresa é gerida por uma equipe de profissionais experientes, oriundos do mercado segurador e sem vínculo asso¬ciativo com o grupo. Assim, é possível ter total isenção na tomada de decisão e nos projetos apresentados, sempre prio¬rizando o benefício dos seus associados.

Hoje, a GC do Brasil é comandada por uma diretoria colegiada, na qual to¬dos os cargos são determinados em elei¬ção direta entre os acionistas. Edmilson Silva do Carmo, presidente da empresa, afirma que a receita do Grupo pratica-mente dobrou nos últimos dois anos, “com aumento significativo de ganhos para os associados”. O presidente eleito para a próxima gestão é Álvaro Angelo de Lima, da WA Corretora de Seguros. “Apesar de sermos uma companhia jovem, nosso modelo já é reconhecido pelo mercado”, afirma Geniomar Pereira, diretor executivo.

Vários pontos tornaram o modelo de negócio demasiadamente atrativo para as empresas que buscavam um diferencial de negócios. Agora, esta é uma marca registrada e patenteada, que conseguiu padronizar a atuação das corretoras associadas, com sistema COL (Corretor On-Line), site, material gráfico e identi-dade visual únicos.

O Grupo acaba de criar mais um braço de negócios: a GC do Brasil Servi¬ços e Comércio, que possui um leque de atuação bastante amplo. “Não queremos que a única fonte de renda dos corretores venha da venda de produtos de seguros”, explica Pereira.

Outras novas oportunidades também podem surgir da recente parceria fechada com o Grupo CGSC, para atender clien¬tes com demandas para grandes riscos e resseguros.

Unir-se a um grupo como a GC do Brasil traz ao corretor muitas possibi¬lidades de negócios. Porém, integrar-se à empresa depende de diversos fatores, como a aceitação unânime dos sócios. Já foi aprovada em assembleia a entrada de novos membros. Foi criada uma comissão interna e nove pré-requisitos são anali¬sados. Entre estes itens está faturamento mínimo, atuação em praças com pouca penetração do grupo, período probatório para usufruir de todos os benefícios, entre outras coisas.

Depois de associadas, as correto¬ras passam a contar com consultorias especializadas em diversas áreas, como jurídica, contábil, recursos humanos e organização & métodos. Pertencendo a um grupo coeso, é possível elaborar planos em busca de canais alternativos de distribuição de produtos, identificando novas oportunidades e buscando parce¬rias diversas.

Unir negócios e amizade é o melhor dos mundos. Amigos se reencontraram em clima descontraído e, nesta oportu¬nidade, comemoraram todos os recordes de faturamento que foram alcançados ao longo do último ano. Além dos incre-mentos em treinamentos e consultorias, o Grupo GC experimentou mudanças jurídicas também. Ele passou de empresa Ltda para S/A, o que possibilitou a parce¬ria com o GCSC e futuras oportunidades de novos negócios.
CG do Brasil em números
67 corretoras associadas
13 estados brasileiros
120 cidades
710 colaboradores
150.000 segurados
460.000.000 (R$) anual em prêmio líquido
Club Med RJ recebe 5ª Convenção

A reunião anual das corretoras associadas ao Grupo GC do Brasil é uma oportunidade única de troca de experiências e aquisição de novos conhecimentos. O tradicional evento apresentou aos cerca de 250 participantes as principais novidades das seguradoras parceiras, abordando temas referentes a produtos, promoções, campanhas, serviços, performances, estratégias, nichos e tendências de mercado.
As convenções anuais da GC do Brasil servem de combustível para a união do grupo e para o crescimento da confiança entre os acionistas, resultando no fortalecimento do relacionamento entre os associados, nossas famílias e até mesmo com nossos parceiros seguradores. A expectativa é de que a GC continue neste caminho de qualificação e capacitação de todos os acionistas. Temos que seguir desenvolvendo e melhorando os acordos com as seguradoras, utilizando a mesa de negócios, em parceira com resseguradoras do mercado nacional e internacional, para criar soluções de produtos que atendam nossos acionistas, com crescimento de produção, para que o Grupo seja cada vez mais forte e melhor.
Álvaro Ângelo de Lima, presidente eleito para o biênio 2015-2016

As ações realizadas pela diretoria nesta gestão incluíram a revisão de todos os acordos comerciais com as seguradoras com vistas ao desenvolvimento dos associados. Criamos um projeto piloto de Corretora Modelo, que servirá de exemplo para outras empresas. Também foi criada a mesa de negócios, responsável pelo desenvolvimento de novas ações, principalmente de venda cruzada. Todos os colaboradores passaram por um processo de qualificação e capacitação profissional, que será intensificada nos próximos anos. Enfim, trabalhamos diariamente em prol do grupo GC e sabemos que há muito ainda para se fazer, porém a base está sólida e edificada com amor e sustentação, nos preceitos que rezam bom administradores e consultores.
Edmilson Silva do Carmo, presidente do Grupo GC do Brasil

Tenho muito orgulho de colaborar no desenvolvimen¬to deste novo modelo de negócios, que em tão pouco tempo tornou-se referência no mercado segurador brasileiro. É maravilhoso poder ajudar a transformar um sonho de amigos em case de sucesso. Não há duvida que num futuro bem próximo, a GC do Brasil será um dos maiores players no segmento de seguros e afins em nosso País. Esta semente foi muito bem plantada e adubada, daqui pra frente virá uma colheita de frutos da mais alta qualidade. Apro¬veito a oportunidade e, em nome do grupo, quero homenagear toda a classe pelo dia 12 de outubro. Afinal, esses profissionais possuem papel fundamental na instituição e na sociedade. Parabéns Corretor de Seguros!
Geniomar Pereira, diretor executivo

Foi muito bacana participar e ver a organização e a agenda bastante objetiva. O evento mostrou que é importante para o setor, com a participação de lide-ranças das seguradoras. A parceria da GC com a CGSC apresenta novidades em termos de tipo de negócios e soluções que a gente vai poder trazer ao mercado, complementando o que as seguradoras oferecem. Uma parte importante do tempo da apresenta¬ção das seguradoras nas palestras foi sobre o ramo de automóveis. Nós queríamos falar de outras coisas. A parceria vai trazer know how internacional para os associa¬dos, com treinamento para entender o que o dono de um risco precisa e como podemos resolver. O acordo comercial trará benefícios para o mercado, para suprir um gap na atuação de corretoras e seguradoras. Estamos muito animados com esta perspectiva.
Fabio Basilone, CEO da Cooper Gay Swett & Crawford do Brasil

Foi uma grande satisfação para nós, da HDI Seguros, participar da 5ª Convenção Anual do Grupo GC do Brasil, que conseguiu englobar discussões de trabalho e interação de equipes num ambiente des¬contraído e revigorante. A GC une corretores extremamente capaci¬tados, o que nos dá tranquilidade para manter e estreitar essa parce¬ria na qual todos crescemos juntos.
Flávio Rodrigues, vice-presidente da HDI Seguros

Vejo o grupo com características bem homogêneas, onde todos focam um objetivo único. O amadurecimento e fortalecimento do Grupo nos últimos anos geram expectativa de mais sucesso nos próximos anos.
Rivaldo Leite, diretor de Produção da Porto Seguro

Podemos dizer que a parceria com o Grupo GC do Brasil é uma de nossas mais gratificantes relações comerciais, principalmente pela excelência de seu modelo de negócios. Para nós, este acordo é de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento dos produtos e serviços da Yasuda Marítima. Consideramos um privilégio a opor¬tunidade de estarmos presentes em sua 5ª Convenção, momento em que pudemos trocar experiências, vivenciar seu trabalho e, acima de tudo, observar que o sucesso da GC está relacionado diretamente à amizade e confiança de todos o profissionais que a integram.
Francisco Caiuby Vidigal Filho, presidente da Yasuda Marítima

A GC vem se solidificando cada vez mais como um grupo corre¬tor importante e coeso. Inclusive com conquistas operacionais relevantes. Nossa parceria tem se expandido para novos produtos da Corporaçao Porto Seguro com mútuo benefício. É uma satisfação participar desses eventos nos quais podemos debater novas iniciativas e melhorias continuas.
Ney Dias, diretor de Auto e Residência da Itaú Seguros

Esta foi a primeira Convenção da GC do Brasil da qual tive o grande prazer de participar como presidente da Tokio Marine Seguradora. Posso afirmar que fiquei realmente im¬pressionado com a energia positiva e também com as demonstrações de carinho de todos os sócios da GC do Brasil com a nossa equipe. Sobre a Convenção, é muito interessante notar o quanto a GC está empenha¬da em planejar, discutir novas ideias e compartilhar conhecimento. Isso é fundamental para o sucesso do gru¬po no mercado segurador. De nossa parte, temos orgulho desta parceria e certeza de que vamos continuar a crescer juntos com a GC do Brasil.
José Adalberto Ferrara, presidente da Tokio Marine Seguradora

Participei da convenção do ano passado e tive a oportunidade de observar a excepcional evolução do Grupo no último ano, sua coesão e ainda mais profissionalismo. Tudo isso com o objetivo de fazer a em¬presa crescer de forma harmônica.
A Bradesco Seguros foi selecionada pela GC com um dos principais par¬ceiros estratégicos e, neste momen¬to de expansão, nosso novo modelo comercial poderá contribuir muito para as vendas de produtos de be¬nefícios, como saúde, odonto e vida, por exemplo. Estes produtos ainda não fazem parte do cotidiano dos associados da GC, mas podemos acrescentar muito em termos cross selling e up selling na carteira das corretoras.
Marco Antonio Gonçalves, diretor gerente da Bradesco Seguros

sustentabilidade | descarte responsável
Na hora do adeus, um destino determinado

Seguradoras oferecem o serviço de descarte responsável acoplado à carteira de residencial. Ainda é cedo para dizer que o produto vai decolar, entretanto, seus efeitos poderão ser sentidos no longo prazo

Kelly Lubiato
Fazer decolar a carteira de seguro residencial não é uma tarefa das mais fáceis, porque ela enfrenta a resistência por parte dos corre¬tores, que não querem perder tempo com um produto que lhe rende parcos reais de comissão.

O que contribuiu muito fortemente para a expansão do descarte responsável foi a conscientização dos problemas ambientais por parte da sociedade, que recebe informações sobre o tema cada vez mais cedo e de forma mais intensa. A preocupação com um mundo melhor e conhecimento sobre o mal que resíduos podem causar ao ambiente, levam as pes¬soas a procurarem meios de se desfazer de tudo o que é excessivo ou fora de uso.

Não podemos esquecer de que vive¬mos em uma época em que os aparelhos eletroeletrônicos têm vida útil limitada pela obsolescência tecnológica. Quando um aparelho quebra, poucas pessoas o levam para consertar. Há ainda outros utensílios domésticos, móveis, aparelhos celulares, enfim, uma gama enorme de produtos que causam transtorno pelo seu volume ou pelo prejuízo que podem causar ao meio ambiente.

De acordo com o diretor comercial da Ecoassist, José Augusto Garutti, quan¬do se pensa em um celular que deixou de funcionar por algum motivo, a pessoa tem uma ligação sentimental e acaba deixando-o na gaveta por algum tempo. “A maior utilização é para retirar móveis grandes, sem valor comercial, aparelhos da linha branca e computadores”, conta o executivo da empresa, que possui 3,1 milhões de clientes em sua carteira, que faz o atendimento para produtos de 15 seguradoras.

A grande maioria dos clientes que utilizam os serviços é motivada pela comodidade de resolver o problema da falta de espaço em sua residência e, de ao mesmo tempo, fazer o descarte de forma responsável. João Carlos Ayres, gerente de marketing e produtos da Brasil Assistência afirma que a maior utilização do produto é feita por pessoas que se preocupam com a sua qualidade de vida e que buscam um serviço que atenda as suas necessidades. “São pessoas bem informadas, que praticam não só o des¬carte consicente, mas também a compra consciente”, opina.

De acordo com Ney Dias, diretor geral da Itaú Auto e Residência, os itens mais coletados são móveis de madeira, como estantes, racks, camas e sofás. Logo depois, aparecem colchões e eletrodo¬mésticos, como geladeiras, máquinas de lavar roupas, fogões e televisores. “Co¬letamos ainda algumas peças inusitadas, como máquinas de escrever e relógios cuco, que fazem parte de um “museu” da reciclagem”, brinca o executivo.

A Itaú foi a primeira empresa a acre¬ditar neste nicho. Desde 2011, ela oferece este serviço para os segurados da sua carteira de seguro residencial. Neste perí¬odo, outras seguradoras aderiram à ideia.

As questões práticas da vida também influenciam muito na utilização do descarte ecológico: o que fazer com o sofá velho quando você adquire um novo. A prefeitura de São Paulo dispõe de um serviço para recolher este tipo de ma¬terial, porém o seu descarte final é feito em lixões, ocupando um espaço muito grande. Um dos produtos oferecidos pela Ecoassist às seguradoras é ligado ao seguro de garantia estendida. O cliente que adquire um produto novo numa de¬terminada rede de varejo pode solicitar a retirada de material em sua residência, desde que contrate a garantia estendida.

A Liberty Seguros passou a ofere¬cer a assistência de descarte ecológico também para a carteira de automóveis. Ela já oferecia esta cobertura, desde 2013, nas carteiras de seguro residencial e para empresas de pequeno e médio portes. Wagner Papp, superintendente de seguros auto da seguradora explica que a maior preocupação da companhia é com o destino dos resíduos sólidos. “Além do descarte, a cobertura oferece serviços de consultoria sustentável para adequação de imóveis, economia de energia e de água e descarte de entulho de obras”.
Para onde vai?

Todos os itens coletados passam por um processo de descaracterização. Isso é feito manualmente, separando os com¬ponentes por tipo de material. Aqueles que são viáveis para o reaproveitamento são devolvidos para sua cadeia produti¬va. Atualmente, 95% de todo material coletado é destinado para reciclagem ou reutilização, sendo apenas 5% não aproveitados e encaminhados a aterros controlados e com certificação.

Exemplo: Em um sofá, serão separa¬das as borrachas, tecnicamente conheci-das como persintas; e também madeiras, espumas, tecidos e molas. Isso ocorre para todo tipo de itens coletados, de equi¬pamentos eletrônicos, eletrodomésticos até madeiras no geral.

Para ficar mais fácil de explicar, Dias utiliza o sofá como exemplo: “depois que o sofá é descaracterizado, a madeira passa por um processo de industrialização para transformar os resíduos em outros produ¬tos, que possam ser comercializados com um prejuízo menor ao meio ambiente”. O reuso da madeira passa por processos de separação e, depois, pode ser enviada para a fabricação de placas aglomeradas, no aquecimento de fornos e caldeiras e, ainda, na fabricação de papéis e celulose. Esse processo também ocorre para os demais itens de um sofá ou qualquer outro equipamento coletado.

“A vantagem do descarte correto de resíduos está cada vez mais eviden¬te. Além de diminuir a incidência de itens que iriam parar em lixões, rios e calçadas, o descarte correto contribui para que grande parte dos resíduos tenha a chance de ser reciclado e volte a se tornar matéria-prima”, avalia o executivo da Itaú. Dessa forma, econo¬mizamos os recursos que são extraídos da natureza e contribuímos com a socie¬dade, quando destinamos a instituições assistenciais os equipamentos em bom funcionamento.

A coordenadora de produtos da Brasil Assistência, Patricia Ferreira, afirma que todo o material coletado é analisado. O que é passível de doação, vai para entidades escolhidas pela empresa, com a ciência e anuência do segurado. “Após coletar e dar o destino final aos produtos, enviamos para o segurado um certificado com o nome da instituição que recebeu os materiais doados”, explica Patrícia.

Garutti, da Ecoassist, diz que há ten¬dência de crescimento para este tipo de serviço, que está muito longe de ser uma commoditie. “Podemos pensar no cres¬cimento tanto vertical como horizontal, com serviços para outras carteiras como de novos tipos de materiais que possam ser recolhidos”. Só para citar um exem¬plo, as seguradoras no futuro poderão recolher as peças de veículos sinistrados trocadas em oficinas.
Reciclagem de outros materiais

Há coisas que não imaginamos que possam,e devam ser recolhidas por prejudicar o meio ambiente. Um exem¬plo é o amálgama, material utilizado na restauração dentária e cujos resíduos podem causar danos à saúde, sem con-tar que, se forem jogados no lixo, podem contaminar o solo e ir parar em rios e córregos. Como a OdontoPrev trabalha com cerca de 25 mil dentistas creden-ciados em todo o Brasil (mais do que o total de dentistas na França, por exem-plo), uma das preocupações da empresa é evitar essa possível contaminação.

Ela desenvolve o Programa de Re¬ciclagem de Amálgama, em parceria com a Faculdade de Odontologia da Universi¬dade de São Paulo, em Bauru. Ao aderir ao programa, o dentista assina um termo de adesão e recebe em seu consultório um kit especial para acondicionar os re¬síduos, composto de recipiente, suporte e etiqueta com instruções de manuseio, aprovado pelo Instituto de Pesquisas Tec¬nológicas (IPT), em conformidade com a Resolução 358 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), referente ao tratamento e disposição final dos re¬síduos dos serviços de saúde. Cada pro-fissional pode, sempre que necessário, pedir novos frascos. Uma vez que o recipi¬ente estiver cheio, o cirurgião-dentista é orientado a encaminhá-lo ao Laboratório de Resíduos Químicos da USP de Bauru, onde os metais são reprocessados e transformados em matérias-primas.

Até o momento, o projeto angariou a participação de quase 2 mil dentistas e processou 17 quilos de amálgama, recu¬perando 8,4 quilos de mercúrio. O mate¬rial reciclado é vendido pela faculdade e a renda revertida para o financiamento de pesquisas de desenvolvimento de novas tecnologias de recuperação e reaproveitamento dos metais retirados do amálgama. Segundo José Maria Be¬nozatti, diretor clínico operacional da OdontoPrev, embora o uso da amálgama esteja em vias de extinção das clínicas odontológicas (substituído muitas vezes por resinas), a ação é de grande rele¬vância do ponto de vista ambiental e demonstra a responsabilidade da empre¬sa como gestora de saúde em relação ao impacto que sua atividade pode causar.

As empresas das mais diversas áreas também se preocupam com o destino que deverá ser oferecido para os equipa¬mentos obsoletos e fora de uso. Na Ame¬plan, o setor de tecnologia se envolveu em um projeto de descarte ecológico e, de tempos em tempos, realiza o des¬carte responsável de seu material.

De acordo com Leandro Nascimento Salgado, coordenador de TI da operadora, em 2009 e 2010 foi descartada uma tone¬lada de lixo eletrônico (teclados, mouses, monitores). “Sempre buscamos a maneira correta de descartar este material, porque muitos deles contém metais pesados que são agentes poluidores”.

Em 2014, o descarte ecológico foi realizado em parceria com o Museu do Computador, que também recebeu um servidor da Ameplan. Salgado explica que muitos componentes vão sendo elimina¬dos a ao longo do tempo e que estes são guardados até as ações de descarte.

“Nós vamos juntando estes com¬ponentes e descartamos de uma forma correta”, avisa Salgado. Neste ano, foram enviados cerca de 300 kg de lixo ele-trônico para o Museu do Computador. Ao receber este material, o Museu emite um certificado de que a empresa con¬tribuiu para seu acervo e é doadora de equipamentos.

 

produto | assistência
Segredo de liderança é investir em tecnologia

Tempo USS realizou sólidos investimentos na infraestrutura tecnológica para atingir a liderança no setor de assistência 24h
Zelar pela qualidade dos serviços prestados e identificar diaria¬mente todas as possibilidades de melhoria contínua. Esta é a filosofia da Tempo USS, empresa que há cinco anos investe no aperfeiçoamento de suas operações por meio da reestrutura¬ção de toda infraestrutura tecnológica.

Investimentos em tecnologias de ponta tais como, SAP, banco de dados Oracle e plataforma de Telecom Avaya contribuiram para uma operação cada vez mais estável e eficiente.

Hoje, o contact center da companhia soluciona cerca de 500 mil chamados mensais. Além disso, 2 mil ligações pas¬sam por um rígido controle de monitoria, fato que possibilita maior confiabilidade na prestação do serviço e apurações ime¬diatas em casos de reclamações.

Itens como o Data Center, a capa¬cidade de processamento de dados e a segurança da informação também rece¬beram atenção especial, com a aquisição dos equipamentos mais atuais no ramo.

“A Tempo USS é líder no segmento em que atua e isso é resultado de muito planejamento. Diariamente, nos preocu¬pamos em saber quais pontos devemos melhorar e o que de mais moderno po¬demos trazer para ajudar na rotina dos nossos colaboradores. Tiramos do papel todos os projetos idealizados e os torna¬mos realidade, fazendo jus à implantação da cultura do “Estado da Arte” em toda empresa. Conseguimos chegar a este cenário por conta de um ciclo de maciços investimentos e foi nele que criamos a nos¬sa base: melhoramos os nossos processos a cada dia e valorizamos nossos recursos a cada momento”, afirma Gibran Marona, Vice-Presidente da Tempo USS.

 

 
corretores | simples nacional
Conquista tributária

Após 15 anos de luta, os corretores de seguros podem fazer a opção para serem enquadrados no Supersimples e reduzirem o pagamento de tributos

Amanda Cruz
O dia 7 de agosto de 2014 ficará marcado como histórico para os corretores de seguros. Após 15 de anos de luta para a melhora da tributação feita sobre o exercício da atividade, os profissionais conquistaram o direito de serem inseridos no Simples Nacional.

Essa tributação se diferencia das uti¬lizadas anteriormente (Lucro Presumido ou Lucro Real), por possuir alíquotas de tributação menores, incentivando principalmente as atividades que são de¬sempenhadas em sua maioria por peque¬nos empreendedores, como é o caso de grande parte dos corretores de seguros.

Com essa mudança, naturalmente surgem muitas dúvidas para os profis-sionais que querem aproveitar o bene¬fício, mas muitas vezes desconhecem os pormenores que rodeiam o assunto. Por isso, a Revista Apólice participou de Fórum realizado pelo Sincor-SP para sanar dúvidas. Na ocasião, Maurício Tadeu Gonçalves, diretor da Associação das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (SESCON-SP), e Egon Antonio Brum, sócio-diretor da EAB Contabilidade, foram os respon¬sáveis pelos esclarecimentos. Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP, foi o responsável pela mediação, que contou com perguntas dos presentes na platéia e de internautas que acompanhavam a exibição no site da entidade paulista.
Quem pode optar

O corretor de seguros que quiser optar pela nova tributação tem que ficar atento a algumas especificidades. Apesar de abranger toda a categoria, há coisas que podem impossibilitar a opção.

Primeiramente, são podem fazer parte do Supersimples aquelas empresas cujo faturamento não ultrapasse R$ 3,6 milhões por ano. A empresa também não poderá ter dívidas tributárias caso tenha débitos em atraso, como contas PIS, COFINS e CSLL devem ser quitadas para que a empresa faça parte do Simples Nacional.

O contabilista Brum esclarece qual deve ser o procedimento, caso existam pendências: “para aderir ao Simples a empresa não poderá ter dívidas tributá-rias, federais ou municipais, inclusive do INSS. Esses débitos devem estar parce¬lados para poder ter a opção”, esclarece. O chamado REFIS teve suas inscrições abertas, para parcelamento de débitos referentes a 2013, até 25 de agosto e per¬mitiu parcelas para pagamento em até 180 meses. Quem não fez esse parcelamento para colocar as dívidas em ordem, não poderá optar pelo Simples e deverá espe¬rar até que outra renegociação seja aberta pelos órgãos competentes. Os débitos de 2014 também deverão ser quitados com o parcelamento comum da Receita.

A inclusão no sistema do Simples Nacional não é automática. A Receita Federal abrirá para que o contador da empresa já existente faça a opção entre os meses de outubro e novembro, que entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2015. As empresas que forem constituídas a partir de agora já poderão fazer a opção. Quem não fizer a opção nesse período só poderá fazê-la no próximo ano, para vigência em 2016.

“A partir do momento em que você está no Simples Nacional, é possível sair e ir para o Lucro Presumido ou Real du¬rante o período. É possível pedir exclusão do Simples. Mas o caminho inverso não pode ser feito. Porque a tributação do Simples é inferior as outras, e o governo não vai perder a arrecadação”, ressalta o diretor do SESCON.
Vantagens

Estando o faturamento dentro dos R$ 3,6 milhões anuais estipulados, os corretores pagarão alíquotas que incidem sobre o faturamento da empresa. Cada faixa (conforme tabela na pág 46) pagará alíquotas entre 6% e 17,42%.

Esses encargos poderão ter modifi¬cações de faixa, conforme o faturamento da empresa vá crescendo. Por exemplo, se uma corretora tem um faturamento de R$ 10 mil ao mês, pagará pela alíquota de 6%, mas caso adquira uma conta nova e receba uma alta comissão por isso, seu faturamento aumentará e consequente¬mente mudará de faixa. “A alíquota é definida quando começa o ano. É feita uma projeção de faturamento dos próxi¬mos 12 meses, isso vai sendo atualizado. Se o corretor recebe um agenciamento de R$ 200 mil, por exemplo, será feita uma projeção do ano com tudo o que ele recebeu e o que falta até o final do ano, então vai pra outra alíquota. Em um primeiro momento é feita a projeção para 12 meses. A partir do segundo ano dentro do Simples, a definição da alíquota é o faturamento dos últimos 12 meses”, exemplifica Maurício Gonçalves.

Talvez a maior vantagem em relação a essa nova maneira de tributação seja a isenção da folha de pagamento na Tabela III, na qual os corretores estão inseridos. Essa realidade deverá servir como grande incentivo para que as corretoras registrem e formalizem seus funcionários. No caso de empresas que tenham apenas os só¬cios, eles não serão registrados, apenas recolherão o Pró-Labore, mas também podem ser inseridas no regime tributá¬rio. Gonçalves lembra que, qualquer que seja o regime, os funcionários sempre deverão ser registrados. “Na verdade, a CLT obriga o registro dos empregados se houver a incidência trabalhista, inde¬pendentemente da sua forma tributária. Se você está no Lucro Real, no Lucro Presumido ou no Simples Nacional. É claro que, com a lei do Simples, fica mais fácil a regularização. Mas, independente¬mente da forma tributária, o risco de você deixar um funcionário sem o registro é muito alto nos dias de hoje”, alerta. A redução de pagamentos de tributos para quem opta pelo Simples Nacional é de 26 a 28% sobre os salários.

Affonso D’ Anzicourt, professor da Escola Nacional de seguros, tem se em-penhado em entender melhor e, fazendo palestras pelo Brasil, ajuda a sanar as dúvidas. Ele também concorda com a redução sobre a folha ser o maior dos benefícios. “O primeiro ponto é a geração de emprego, pois os custos trabalhistas são bem reduzidos. Isso ocorre porque antes o corretor sozinho tinha que fazer tudo mas, com a simplificação, terá es¬trutura para ter colaboradores”, aponta.

O segundo ponto para D’Anzicourt é a diminuição da carga tributária de forma geral, pois na antiga tributação não importava qual era o faturamento, a alíquota era única, de 17,33%. Por isso, indica a opção para todos os corretores. “A adesão não é obrigatória, mas hoje quem ficar fora perde dinheiro. Desco¬nheço qualquer desvantagem. Com a tributação antiga o corretor sofre demais pra pagar os impostos e manter corretores por fora”, esclarece.

Para os profissionais que atuam como Pessoa Física, os especialistas ressaltam que pode ser o momento ideal para abrir uma empresa e atuar com CNPJ. Isso porque, segundo o contabilista Brum, “normalmente as seguradoras não pagam a mesma comissão para pessoa física e jurídica. Há seguradora que faz o dife¬rencial e deduz a comissão por causa do INSS que precisa recolher sobre o que ela paga para a pessoa física (20%). A seguradora, como é financeira, calcula que vai ter que recolher 22,5% de INSS sobre o valor pago para pessoa física. Então, ela tem um custo maior na PF do que na PJ”, explica.

Outro problema que o corretor pode ter atuando como pessoa física é com os tributos a serem pagos. Como exemplificou Camillo, se uma corretora de seguros faturar R$ 10 mil por mês, ela estará enquadrada na tabela dos 6% de alíquota. Fazendo um comparativo, o colaborador de uma empresa que receba R$ 10 mil por mês de salário terá uma retenção na fonte de 27,5%. O corretor empreendedor, com esse faturamento, vai recolher R$ 600,00 por mês no imposto da empresa. Na sua pessoa física não vai pagar mais nada, pois não incidirá sobre o Imposto de Renda.
Cuidados

Os corretores precisam também ficar atentos a fatores que podem impedir a in-serção de suas empresas na tributação. Um deles diz respeito ao quadro societário. Os especialistas alertam que corretoras que tenham sócios estrangeiros ou brasileiros que residam em outro país não podem se enquadrar, assim como sociedades com outras pessoas jurídicas. Se o sócio estrangeiro residir no Brasil, ele precisará estar legalizado no País e possuir um CPF.

O cuidado deverá ser tomado também em algumas práticas que são muito co-muns entre os corretores, como é o caso da empresa possuir diferentes atividades em um mesmo CNPJ. Se a segunda atividade não estiver enquadrada no Simples Nacio¬nal, a empresa não poderá fazer a opção, ainda que seja a atividade que menos traz lucros. “Se tem alguma atividade que te impeça de estar no Simples, independente se é maior ou menor faturamento, não pode se enquadrar. O ideal é constituir uma nova corretora de seguros, então po¬derá fazer a tributação da corretora pelo Simples e da outra atividade pelo presumi¬do”, esclarece Maurício Gonçalves.

Há ainda o alerta aos empresários que possuem duas corretoras de seguro. É preciso ficar atento, pois se elas possuírem o mesmo quadro societário os valores serão cumulativos e, ultrapassando R$ 3,6 milhões juntas, nenhuma das duas poderá ser enquadrada. Se houver a mesma situa¬ção, mesmo não ultrapassando o teto para a opção no Simples, a fiscalização da Receita pode entender que o corretor está burlando as regras fiscais. “Se a empresa tiver os mesmos sócios, vai ser cumulativo mesmo que não ultrapasse o teto. Todavia, se for no mesmo local, com mesmos sócios, que só estão utilizando pra pagar menos, poderão ser fiscalizados e ter que pagar retroativa¬mente todos os impostos e ser excluído do Simples. As multas são elevadíssimas, podendo alcançar 150% do faturamento da corretora. É preciso tomar cuidado em relação a isso”, frisa Gonçalves.

Corretoras que tem outros tipos de comercialização, como as que vendem certificados digitais, as AR’s, não têm impeditivos e podem fazer a opção, mas essa prática será tributada de maneira diferenciada caso haja uma comissão derivada de representação comercial, pois ela será enquadrada em outra tabela de alíquotas, a Tabela VI, que possui taxas maiores. “Ainda assim, vale a penar ficar no Simples Nacional”, reforça Gonçalves. Lembrando que, também nesses casos, a somatória das atividades será feita para fim de avaliação, se juntas ultrapassam o teto estipulado, mas cada uma delas recolherá por sua respectiva tabela.

As atividades de venda de consórcio, cartão, alarme monitorado e os planos de assistência médica também não são enquadradas como comissão de seguros. Por isso deverão recolher por outra tabe¬la, assim como no caso da certificação digital. “A situação terá que ser analisada e talvez seja indicado até mesmo abrir outra empresa para separar as atividades. Ressaltando que o seguro saúde está en¬quadrado, o que não entra são os planos de assistência médica e odontológica”, salienta Egon Brum.

D’Anzicout aconselha que a opção pelo Simples Nacional seja feita assim que possível e tem uma dica final: “chamo a categoria pra fazer logo a opção em novembro e apresentar às seguradoras que está enquadrado, até 30 de dezembro. Assim, a opção tributária valerá já em 2 de janeiro, evitando retenção de impostos em contribuições”.

 

marketing | conteúdo
Venda diferenciada

Para fechar negócios e estreitar relação com clientes, corretoras de seguros aderem ao Marketing de Conteúdo

Lívia Sousa
Por muitos anos, investir cifras altíssimas em ações publici¬tárias para rádio, televisão, jornais e revistas foi consi¬derado garantia de boa divulgação e retorno positivo de empresas, produtos e serviços. Mas o tempo passou e o al-cance dos meios tradicionais se tornou ultrapassado.

Com a concorrência acirrada por todos os lados, é necessário atingir o pú¬blico gastando pouco e com criatividade. Essa característica faz parte do conceito de Marketing de Conteúdo, no qual pro¬dutos e serviços são comercializados por meios que atraem, envolvem e estimulam a ação do cliente.

Realizado em grande parte pela internet, um dos canais de vendas mais importantes no mercado atualmente, a ação não só é uma importante ferramenta alternativa de comércio como também busca descobrir, informar e estabelecer um relacionamento próximo com o pú¬blico de uma empresa.

“O conceito é uma nova forma de olhar para o marketing, entendendo as necessidades do consumidor, conver¬sando com ele de uma maneira não intrusiva”, explica Rafael Rez Oliveira, diretor geral da agência digital Web Estratégica. De acordo com o profissio¬nal, muitas empresas vêm repensando a maneira como se relacionam com o cliente, o que tem feito os departamen¬tos de marketing voltar cada vez mais as atenções para a iniciativa.

Ao que tudo indica, essas compa¬nhias estão no caminho certo. Com a chegada da internet, a clientela passou a ter à disposição um amplo leque de informações e tornou-se mais exigente em diversos aspectos. Quando se trata de compras, a exigência se dá em números expressivos: segundo dados da empresa de consultoria Corporate Executive Board, antes de contatar um vendedor, o comprador completa 57% do processo de aquisição pela web.
Meios mais utilizados

O site continua sendo a ferramenta mais procurada de imediato pelos com-pradores e, por isso, deve apresentar aos clientes o máximo de informações possíveis sobre a empresa, os produtos e os serviços que ela oferece.

“Se um site não nos passa confiança, não dá as informações que precisamos, fechamos o navegador e procuramos outro sem o menor problema. Quanto mais o consumidor tiver acesso à in¬formação, mais vantagem a companhia terá”, lembra Juliana Pederzoli, diretora executiva da Bloom MKT, companhia especializada em consultoria de marke¬ting para pequenas e médias empresas (PMEs).

Mesmo bem elaborado, apenas um site já não garante tanta proficiência como há alguns anos, visto que para to¬mar uma decisão os compradores atuais também recorrem a outros canais. Os especialistas atentam para a criação de um blog, um dos recursos mais comuns no marketing de conteúdo, assim como investir em ferramentas de busca (links patrocinados), e-mails e conteúdo mobi¬le para tablets, celulares e smartphones.

Marcar presença em redes sociais como Facebook, Twitter e Linkedin também é importante. “Muitas empre¬sas possuem páginas nas redes sociais, mas somente institucional, não cum¬prem o objetivo de atrair clientes. Dar bom dia na rede também não funciona, o conteúdo todo tem que estar alinhado a uma estratégia de atração e conversão de clientes”, frisa Juliana.
Marketing de Conteúdo e as corretoras de seguros

Apesar de existir há muitos anos, historicamente o marketing de conteúdo é executado relativamente há pouco tempo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a ação é realizada há menos de uma década. Já no Brasil, o método se destacou nos últimos três anos. Nos dois casos, porém, a iniciativa vem conquistando espaço.

Das empresas nacionais que já tra¬balham com o conceito, uma pequena fatia se dá entre as corretoras de seguros. Juliana, da Bloom MKT, observa que na maioria dos casos o que se vê na área são sites institucionais, marketing digital e publicidade online, mas não a atração de clientes através de conteúdo relevante para os consumidores potenciais. “É o que chamamos de site-folder, só tem o conteúdo estático, que não muda há anos”.

Como os profissionais do ramo ofe¬recem basicamente os mesmos produtos, atrair os clientes de maneira específica se torna primordial. “No mercado de corretores, em que a concorrência é acirradíssima, o que difere é o relacio-namento do profissional com o cliente, o tipo e a quantidade de informações que ele passa, a atenção despendida, o quanto o cliente se sente ‘cuidado’. Se uma em¬presa sempre oferecer bons conteúdos e dicas e estreitar esse relacionamento com campanhas de e-mails, quem o cliente deve escolher na hora de renovar, já que os valores não diferem tanto?”, questiona Juliana.

Um exemplo de aplicabilidade do marketing de conteúdo entre corretoras é da Minuto Seguros. Após notar uma mudança de comportamento entre os internautas, a companhia criou o “Blog da Minuto”, espaço com informações, curiosidades, dúvidas e outras postagens sobre o segmento para que o usuário tenha uma fonte de referência antes de adquirir o serviço. “Entendemos a neces¬sidade de informar mais, de dar ao cliente muito mais que uma chamada de compra de seguro”, declara Marcelo Blay, sócio diretor da empresa.

O blog, criado recentemente e que recebe postagens diárias feitas pela equipe interna da Minuto, funciona como um “carro-chefe” da empresa, mas tem todas suas informações replicadas no Facebook, no Google+ e no Linkedin para ampliar o alcance e criar mais engajamento com o usuário. Além do blog, a corretora investiu ainda em infográficos, imagens, vídeos, depoimentos, estudos e e-mails.

A mudança gerou e ainda gera de¬safios para a empresa, que agora foca na produção de conteúdos originais que atraiam a atenção do leitor. Em paralelo, a companhia encontra dificuldades para falar sobre o assunto, considerando que o tema possui termos e questões técnicas que, por vezes, complicam o entendi¬mento. Para isso, a equipe busca escrever de forma leve e didática.

Na opinião do executivo, cada ação gera um ganho, de forma isolada ou em conjunto. “Vimos que, levando infor¬mação, elevamos o nível do mercado, colaboramos com o conhecimento e fazemos com que os clientes se sintam mais confiantes em conversar e fechar negócio conosco”.

O Blog registra crescimento cons¬tante de acessos e recentemente também foi um dos cases selecionados pelo “Prêmio Melhores do Seguro 2014”, concedido pela Revista Apólice. Toda¬via, como a ação é incipiente, a Minuto ainda não conseguiu medir a aproxi¬mação dos clientes após a implantação do marketing de conteúdo e, por este motivo, Blay diz não ser possível afirmar o sucesso da estratégia no momento. Mas o diretor garante que a empresa continuará aprendendo a melhor forma de utilizá-la e, para isso, já conta com ações em andamento a serem lançadas em curto prazo.
Auxílio aos corretores

Com ações de marketing de conteú¬do digital centradas na plataforma Fast Fast Forward, a companhia de seguros corporativos e grandes riscos XL Group trabalha para que sua equipe editorial atue com especialistas internos e exter-nos, dentro e fora do mercado segurador. Por meio da ferramenta são comparti-lhados conhecimentos, observações e estratégias sobre os riscos e a evolução da economia e do mundo de negócios atual para os corretores.

“Lidamos com riscos dos mais comuns aos mais complexos. Decidi¬mos compartilhar esse conhecimento com nossos clientes e corretores para ajudá-los a entender melhor quais novos riscos estão surgindo”, explica Claudia Thyme, vice-presidente internacional da seguradora.

Lançada há um ano, a plataforma integra estratégias de comunicação variadas como publicidade, relaciona¬mento com a mídia ou eventos e redes sociais e funciona como um suporte para esses profissionais. Segundo Claudia, a empresa também tem utilizado o mar- keting de conteúdo digital para apoiar os especialistas em eventos importantes do setor.

“Antes do evento, usamos e-mail marketing para chamar a atenção dos clientes e corretores para artigos rele¬vantes que mostram expertise específico. Isso desperta a curiosidade deles para conversar conosco e, no evento, ligamos os pontos com mensagens relacionadas aos mesmos temas e os apresentamos aos especialistas do XL Group”.

Os primeiros resultados já come¬çaram a aparecer. Após implantar a estratégia de comunicação integrada, o XL Group teve um aumento no número de seguidores nas mídias sociais e de visitantes no site, que também aumenta¬ram o tempo de permanência na página online da companhia. Além disso, a seguradora conquistou recentemente o prêmio European Digital Communi-cation Award pela iniciativa.

Mas, para Claudia, a melhor pro¬va de eficiência da Fast Fast Forward vem do próprio mercado. “Vemos es¬pecialistas sênior do setor de seguros, e também de fora de nossa indústria, compartilharem nossos artigos com suas redes e tivemos clientes e cor¬retores que manifestaram interesse em trabalhar conosco depois de ler nossos artigos. Para nós, esse endos¬so é um claro reconhecimento de que estamos entregando conteúdo de alta qualidade que agrega valor para os leitores”, comemora.
O que esperar

Rafael Rez Oliveira, da Web Estratégica, afirma que a maioria das empresas ainda está começando suas iniciativas de Marketing de Conteúdo, sendo que grande parte delas integra fornecedores exter¬nos, agências e a própria equipe de marketing. Ele acredita que nos próximos anos a ação se tornará uma preocupação permanente dos departamentos de Marketing, Vendas e Atendimento e toma como exemplo os norte-americanos, que em algu¬mas companhias já integram o cargo de Chief Content Marketing Officer (CCMO) – Diretor de Marketing de Conteúdo, na tradução.

Oliveira também diz que certa¬mente o assunto ganhará mais visi¬bilidade e crescerá em importância. “Empresas que dedicavam 1% da verba de marketing para o conteúdo já dedicam 5%, porque conseguem ver os resultados claramente em vendas e retenção de clientes”.

Já para Juliana Pederzoli, da Bloom MKT, a questão não é se vale a pena investir em Marketing de Con¬teúdo e sim quando investir, pois quem sai na frente conquista mercado, rele¬vância em sites de busca e experiência em anúncios. “O mundo digital não irá retroceder, pelo contrário, veio para ficar, mas só colhe bons resultados quem trabalhar direito e entender o que seu cliente ou futuro cliente quer e busca”, conclui.
Cuidados

Se bem executado, os riscos dentro do Marketing de Conteúdo se tornam praticamente nulos, já que a ação demanda custos relativamente baixos, pos-sibilidade de medir o retorno do investimento, além de ser uma estratégia que gera resultados duradouros. No entanto, se não forem previamente estudados alguns pontos podem fazer todos esses benefícios irem por água abaixo.

Confira os principais erros e acertos realizados pelas empresas (e também pelos corretores de seguros) ao se trabalhar com o conceito:

(+)

– Antes de começar uma estratégia de Marketing de Conteúdo, fazem um planejamento: onde querem chegar (ganhar em mercado, em geografia ou fortalecer a marca), quem querem alcançar, o quanto pretendem investir e qual retorno esperam;

– Também estudam onde o público está, o que consequentemente de¬termina quais meios devem utilizar. De nada adianta investir no Facebook se a maioria dos clientes utiliza com mais frequência o Twitter;

– Durante a execução, que é recorrente mês a mês, ficam atentas aos indicadores e corrigem o rumo, fazendo ajustes no planejamento para ganhar tração nos resultados;

– Escrevem de maneira clara e objetiva;

– Não param. Uma vez que começam, sempre produzem conteúdo para o cliente seja no blog, nas redes sociais ou no e-mail marketing.

(-)

– Dão início a todas as mídias de uma só vez, assim como executam um pouco de cada uma e param no meio do caminho. Foco é a palavra-chave;

– Elaboram conteúdos evidenciando somente as vendas. O consumidor de hoje é muito mais informado, toma decisões embasadas e não gosta de ser enganado. Logo, deve-se entender que o Marketing Digital não é apenas um canal de vendas, mas sim uma estratégia completa de relacionamento com o cliente;

– Querem resultados imediatos. O método traz retornos a longo prazo e, por isso, é necessário que tenham paciência e encontrem parceiros e forne-cedores de confiança para implantá-lo.

 

venda | corretor
Elo entre empresa e segurado

Com treinamentos e acompanhamentos, seguradoras apostam nos corretores de seguros para expandir serviços e conquistar novos clientes

Lívia Sousa
O ramo de seguros marca pre¬sença em diversos segmentos, produtos e serviços. Para dar conta da demanda, atualmen¬te 27 mil corretores de seguros Pessoa Jurídica e mais 53 mil como Pessoa Física atuam no país, de acordo com a Superin¬tendência de Seguros Privados (Susep).

Outros dados que comprovam o bom momento são revelados pela pesquisa da consultoria KPMG, que mostra que no primeiro semestre deste ano as fusões e as aquisições no setor dobraram; ante o mesmo período de 2013. Segundo o documento, as operações devem seguir crescendo, com expansão permanente.

Considerando que o cenário posi¬tivo tende a continuar, as seguradoras aperfeiçoam seus corretores, principal¬mente no que se refere aos profissionais que oferecem serviços para a área de Recursos Humanos (RHs) de pequenas, médias e grandes empresas. Algumas dessas seguradoras se reuniram no Con¬gresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (Conarh), realizado de 18 a 21 de agosto em São Paulo.

“O corretor é o principal canal de distribuição de produtos da companhia, o que significa dizer que representa uma participação extremamente importante na operação da seguradora. Ele é peça fundamental para o crescimento e o desenvolvimento da indústria de segu¬ros no Brasil”, afirma Carlos Eduardo Sarkovas, diretor executivo Corporate da Bradesco Seguros que atua nos seg-mentos de Vida, Previdência, Saúde e Dental.

O executivo diz que grande parte dos produtos oferecidos pela empresa exercem impacto direto na estratégia de gestão da área de RHs, sobretudo no que diz respeito à atração e retenção de mão de obra. Logo, é preciso estar perto deste público para en¬tender seus anseios e desenvolver produtos e serviços alinhados às suas expectativas, o que justifica também a importância de se participar do evento.

Como apoio aos profissionais, a Bra¬desco Seguros investe na adaptação do suporte comercial de acordo com o perfil de cada corretor e cliente corporativo. No caso das corretoras de menor porte, o serviço fica com o apoio na área de treinamento. Entre as maiores, a atuação se dá com o acompanhamento em visitas a grandes clientes.

Já para estimular a venda dos pro¬dutos por corretores de seguros, a com-panhia apostou na integração das áreas comerciais em uma estrutura de vendas multirramo. Segundo o diretor, a ação – concluída no semestre passado – busca ampliar ainda mais a competitividade da empresa ao aprimorar a sinergia entre os canais de venda, além de melhorar a qualidade do atendimento ao segurado.

“Com a mudança, intensificamos o foco no cliente tanto em nossa rede de agências quanto no mercado fora dela, com maior proximidade dos corretores. A estratégia beneficia também a venda mais qualificada, envolvendo a oferta de outros produtos aos nossos clientes”, conclui.
Clientes individuais

Atuando principalmente entre gran¬des empresas, o grupo OdontoPrev atende diversos ramos da economia. Para capa¬citar seu corretor, a operadora conta com um portfólio que abrange desde o apoio técnico de treinamento e desenvolvimen¬to da equipe até o auxílio por meio de cursos, para que o profissional expanda seus conhecimentos.

“Buscamos sempre qualificar e treinar o corretor, levar a ele as novidades deste segmento e mostrar a oportunidade de crescimento que há nessa base para que ele possa ter a confiabilidade para nos trazer o cliente”, diz Carlos Rogoginsky Junior, diretor comercial massificados do Grupo.

Além das grandes companhias, a OdontoPrev também presta serviços a pequenas e médias empresas, perfis que Rita Scotti, diretora comercial empresa¬rial da companhia, afirma terem voltado às atenções para o ramo de odontologia há pouco tempo.

A procura individual também entra neste nicho: para quem não tem uma colocação via empresa, a companhia disponibiliza oferta por meio da Pessoa Física. O que poderia quebrar a procura pelo serviço, no entanto, é o desemprego, o que para a executiva não se apresenta como uma ameaça no momento. “Apesar de tudo, ainda estamos vivendo uma situ¬ação de pleno emprego e isso faz muita diferença para nós”, frisa ela.
Primeiros passos

A Global Gestão em Saúde, especia¬lizada na administração e no formato de programas para benefícios de medicamen¬tos, também foi uma das participantes do Conarh. De acordo com Fernando Ber¬tasson, diretor comercial da companhia, grande parte das empresas já percorre os serviços da área de saúde (como médicos e laboratórios), mas carecem de medi¬camentos, considerando que parte dos tratamentos são feitos por este meio.

Para expandir sua atuação no merca¬do, a companhia se vale de duas estratégias distintas de comercialização. A primeira é a abordagem realizada pela equipe co¬mercial, que constroi uma estratégia com RHs de grandes empresas por meio de relacionamentos, indicações e parcerias com clientes em eventos. Já a segunda fica com a distribuição via corretores de seguros. “Por conceito, nosso produto é muito parecido com o seguro. O corretor de seguro tem facilidade de entender a proposta, o que é o produto, como ele oferece e como ele é remunerado por isso. Assim, a relação fica mais fácil”, declara.

Para que os corretores de seguros apresentem a ideia aos RHs de maneira clara, a empresa (que tem feito parcerias com grandes corretores, além de buscar apoio com médios corretores) também investe no treinamento dos profissionais, no qual é apresentado todo o seu portfólio de produtos. A partir disso, a equipe co¬mercial fica disponível para acompanhá¬-lo desde a geração da proposta até o pós venda.

“Para a área de RH, temos que ser ainda mais consultivos de mostrar que é o produto, qual o propósito, como funciona, como é implantado e como é toda a im¬plantação e o acompanhamento ao longo do período do contrato”, acrescenta.

Toda a ação, porém, foi implantada há três meses, o que faz a Global ainda não ter um número expressivo quanto ao canal de venda por corretor. Por se tratar de uma venda consultiva, em que é necessário le¬var às pessoas o conceito e suas vantagens, Bertasson afirma que a curva de tempo para se estabilizar, consequentemente, é mais longa. Apesar disso, o executivo garante que, em 2015, este percentual fará parte de uma fatia importante de produção da companhia.

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