No último dia 12 de maio, a Superintendência dos Seguros Privados (Susep) autorizou a associação entre a Centauro Vida e Previdência e a Ohio National Financial Services, empresa com sede em Cincinatti, nos Estados Unidos. Por meio deste acordo, de caráter definitivo, as empresas passam a ser sócias na operação do mercado brasileiro.
Com o anúncio deste empreendimento conjunto com a Centauro, a Ohio National, que conta com um capital social de US$ 2 bilhões e mais de US$ 38,8 bilhões de ativos sob gestão, irá ampliar a atuação no mercado brasileiro de uma empresa, que apesar de já atuar em todo o Brasil, é conhecida pelo trabalho regional no Sul e Centro-Oeste.
Segundo o Diretor Presidente da Centauro, Ricardo José Iglesias Teixeira, após uma indicação de consultores especializados no mercado brasileiro, a Ohio National procurou a Centauro e manifestou interesse em desenvolver uma parceria. “Ao conhecerem melhor a Centauro, perceberam que a empresa reúne algumas características essenciais e adota procedimentos similares aos determinados pela própria Ohio, facilitando, desta forma, a entrada da empresa no Brasil”, explica.
Uma das líderes americanas no segmento, a Ohio traz para esta associação experiência e conhecimentos mercadológicos que irão possibilitar o crescimento da empresa, por meio da conquista de novos mercados, assim como na oferta de novos produtos.
Segundo Teixeira, ao longo dos próximos anos, de maneira consciente e estratégica, a empresa tem como objetivo um crescimento sustentado, aproveitando as oportunidades deste segmento que ocupa cada vez mais espaço no País. “Temos uma estratégia imediata de ampliação da área de atendimento, uma vez que até este momento a Centauro havia focado sua operação na região Sul e Centro-oeste, passando agora a ser uma empresa com foco nacional. Este projeto será desenvolvido dentro de uma premissa de fortes investimentos, com capitalização imediata de ambos os sócios, mas também de uma política de reinvestimento de resultados nos próximos cinco anos”, afirma o diretor presidente.
Segundo Christopher A. Carlson, vice-presidente executivo e CEO da Ohio National, a empresa acredita muito em toda a América Latina e o Brasil oferece a maior das oportunidades. “É um país enorme, com uma economia e classe média em crescimento. E é justamente devido a essa evolução da classe média que surge a necessidade pela proteção do seguro. Inicialmente para os bens, como casa e carro, mas que são seguidos pelo seguro de vida e tudo que ele garante”, destaca.
Entre os fatores que ajudaram a fechar o acordo, Teixeira lembra que a Ohio National se encantou com a operação da Centauro. “Buscamos desenvolver um trabalho voltado ao atendimento consultivo, com base nas reais necessidades de cada um dos nossos clientes e com foco em resultados. Isso vai ao encontro daquilo que a Ohio prega, inclusive no próprio slogan da empresa. Compartilhamos este comprometimento em estar ao lado dos nossos clientes quando eles precisarem de nós”, ressalta.
Carlson destaca ainda que nada é mais importante do que a escolha do parceiro correto. “Antes da companhia entrar em qualquer tipo de associação, as duas empresas precisam ter certeza de que pensam do mesmo modo sobre os negócios. Estamos confiantes que este tempo dedicado para conhecer nosso parceiro vai garantir o sucesso dessa operação. Aquilo que funciona nos Estados Unidos pode ou não funcionar no Brasil. Nós precisamos ter certeza de entendermos o mercado, assim como suas necessidades e dinâmicas”, disse.
Outro fator importante desta parceria é justamente o relacionamento entre a empresa e os corretores. “A Ohio, em todos os países que atua, sempre tem como foco uma operação baseada 100% no canal de corretores parceiros e independentes. Isto acontece até mesmo no mercado americano, onde, diferente da grande maioria das companhias de vida, a Ohio não possui o sistema de agentes com vínculo empregatício e/ou exclusividade na comercialização de seus produtos. Isso combina com o nosso modelo e seguiremos adotando este procedimento”, reforça Teixeira.
O mercado brasileiro
Um recente relatório divulgado pela Swiss Re, publicado em fevereiro deste ano, apresentou uma pesquisa, realizada com mil consumidores brasileiros, aponta que cerca de 44% dos entrevistados não possuem seguro de vida, invalidez ou doença. Além disso, a mesma pesquisa mostrou que 40% dos brasileiros temem a possibilidade de sofrerem e enfrentarem dificuldades financeiras se forem afetados por uma doença prolongada ou invalidez. Ao todo, 96% dos entrevistados afirmaram acreditar que precisam de uma apólice de seguros de algum tipo.
T.C.
Revista Apólice
