Ultima atualização 26 de junho

AGCS lança boletim sobre os prédios mais altos do mundo

Construções recordistas são desafios para avaliação e gestão de riscos seguráveis

A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), resseguradora escolhida por diversos dos edifícios mais altos do mundo, incluindo o King Tower – prédio com 1 quilômetro de altura que está sendo construído em Jeddah, na Arábia Saudita -, analisa no Boletim de Riscos de Construções Superaltas os desafios de aferir e gerenciar os riscos tão excepcionais que envolvem essas construções.
Com a última geração de prédios atingindo alturas acima de 600 metros, surgem novos desafios para as resseguradoras. O aumento no número de edifícios com alturas cada vez maiores é uma tendência que se acelerou no século XXI com o Burj Khalifa, com 802 metros localizado em Dubai, superou em 302 metros o recordista anterior, o Tapei 101, prédio com 509 metros de Taiwan. Segundo o estudo, em 2020 a altura média dos 20 edifícios mais altos do mundo deverá ser de aproximadamente 600 metros, quase a mesma que duas Torres Eiffel. Essas construções serão possíveis graças a uma combinação de novas tecnologias, materiais de construção inovadores e elementos de design criativo.
Durante todo o século XX, os Estados Unidos foi o pioneiro na construção de arranha-céus. Hoje, a maior parte das construções está localizada na China, Sudeste da Ásia e Oriente Médio. Em Dubai, por exemplo, estão 10 dos 50 prédios mais altos do mundo, enquanto a China possui 30 prédios espalhados em 15 cidades.
“Essa tendência de crescimento no Oriente chegou para ficar, impulsionada pelo rápido crescimento econômico e demográfico da região, além da urbanização, o forte apetite dos investidores por bens imobiliários emblemáticos e os custos trabalhistas mais baixos do que nos mercados ocidentais tradicionais”, explica Ahmet Batmaz, diretor de Consultoria em Riscos Globais de Engenharia  da resseguradora.

Não há limites?
Os primeiros esboços para o primeiro edifício de 1,6 quilômetros de altura já existem. No entanto, sua construção ainda é improvável para os próximos 20 anos. Isso se deve, em grande parte, à ausência de tecnologia avançada para os elevadores, descobrimento de materiais de construção que substituam o aço e o cimento, novas medidas de segurança aos ocupantes e áreas circundantes, evolução nos sistemas de amortecimento para reduzir o impacto negativo do vento ou de atividade sísmica e o próprio o financiamento de tais megaprojetos.
“As bases de um edifício com 300 metros ou mais e de 600 metros ou mais precisam ser fortes o suficiente para resistirem a terremotos e outros eventos de catástrofe natural”, diz Clive Valetadeira, consultor de Risco Sênior na AGCS. “Especialmente na fase inicial de construção, devem ser consideradas as exposições e riscos potenciais, tais como enchentes, uma vez que as escavações serão de grande porte e podem ficar cheias d’ água”, ressalta o executivo.

Gerir a complexidade única de cada projeto
Os especialistas em risco de engenharia da resseguradora destacam que não existem projetos de edifícios que sejam iguais. Estas construções são de alta complexidade e podem envolver até 10 mil trabalhadores e mais de 100 subcontratados. Além disso, os planos estão expostos a uma grande variedade de ameaças como cargas de vento, fogo e escolha de materiais que exijam uma avaliação precisa e individual dos riscos, com base na localização, design e infraestrutura. A disponibilidade e a precisão de dados pode ser um desafio adicional, principalmente nas economias desenvolvidas recentemente.

Assegurar edifícios de US$ 1 bilhão
Todas as fases do projeto de construção podem ser seguradas. Devido ao tamanho extraordinário e valor dos maiores edifícios superando a marca de US$ 1 bilhão, o seguro para um projeto completo é geralmente concedido a um consórcio de resseguro. No caso do próximo prédio mais alto do mundo, Kingdom Tower, a AGCS é a resseguradora líder do projeto, com um valor total segurado de US$ 1,5 bilhão. O produto conhecido como Seguro de Defeitos Inerentes, que fornece cobertura após a construção, protege os segurados contra danos decorrentes de defeitos de design, materiais ou mão de obra.

T.C.
Revista Apólice

 

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