Ultima atualização 02 de maio

Associadas à FenaSaúde realizaram mais de 360 milhões de procedimentos em 2013

Este número representa um aumento de 7,9% em relação a 2012; internações registraram o maior crescimento entre os eventos analisados: 13,1%

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) acaba de lançar os dados assistenciais registrados pelas associadas à entidade. De acordo com o levantamento, foram realizados 366 milhões de procedimentos, entre consultas médicas, exames, terapias, atendimentos ambulatoriais e internações, registrando crescimento de 7,9% em relação ao ano de 2012. As internações e os exames complementares foram os eventos que mais aumentaram: 13,1% e 10%, respectivamente. No período, a quantidade de beneficiários das associadas à Federação expandiu em 8,6%, contra aumento de 4,6% do mercado de saúde suplementar.
O estudo mostra, também, a taxa de eventos por pessoa apta a utilizar o plano, ou seja, beneficiário que não está em período de carência. Os dados traçam o perfil de utilização dos usuários de planos de saúde por ano: em média 5,4 consultas; 15,4 exames; 1,1 terapias; 3,5 atendimentos ambulatoriais, e 15,4 internações (por cem beneficiários).
Para o diretor-executivo da entidade, José Cechin, os números apontam para um aumento de ocorrência de eventos mais custosos às operadoras. “Observamos que houve uma elevação significativa na realização de exames e de internações, que são os procedimentos mais caros à operação do setor, acima do crescimento do número de beneficiários, que foi de 8,6%.”
Um importante ponto que o estudo traz é o aumento constante, nos últimos três anos, no número de exames solicitados a cada consulta. Em 2011, havia a solicitação de 2,49 exames a cada consulta. Em 2013, o aumento foi de 16%, sendo 2,8 exames por consulta, em média.
A entidade fez um comparativo entre a realização de ressonância magnética e tomografia computadorizada feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pela Saúde Suplementar, pelas associadas à Federação, no Brasil e em países desenvolvidos, a cada mil habitantes. Os dados mostram que, enquanto o SUS realiza 4,5 ressonâncias, o setor privado registra 90,1. Quando analisadas apenas as operadoras associadas à entidade, a diferença é ainda maior: 144,9.
A média destes exames em países como Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França e Reino Unido não chega a 50 ressonâncias a cada 1.000 habitantes.
Para a tomografia computadorizada, a diferença é menor, mas não menos chocante. Enquanto o SUS realiza 18,4 exames deste tipo a cada 1.000 habitantes, o mercado realiza 95,1 e as associadas à Federação, 145,7. Quando observada a média de outros países, o número se aproxima aos índices que a entidade registra e chega a 128,2, em média.
“Os números apontam que a saúde suplementar realiza mais de 20 vezes a quantidade de exames de ressonância magnética do que o SUS e cinco vezes mais tomografias que o sistema público. Quando analisamos a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, vemos que a média de realização destes dois exames fica mais próxima aos números da saúde suplementar”, afirma Cechin.

Dados econômicos
Segundo a FenaSaúde, as associadas registraram, em 2013, uma receita de R$ 44,3 bilhões. As despesas totais somaram R$ 42,5 bilhões, sendo R$ 35,7 bilhões os custos assistenciais das operadoras. O resultado operacional obtido no ano passado foi de R$ 1,8 bilhão.
As associadas encerraram 2013 alcançando R$ 12,1 bilhões em provisões técnicas, o que representa 50% de todo o mercado de saúde suplementar (R$ 24,2 bi). Esses valores são reservas financeiras constituídas ao longo dos anos e que devem ser mantidas, obrigatoriamente, pelas operadoras e seguradoras de saúde para garantir o custeio assistencial dos beneficiários do setor de saúde privada.

Guia de informações para o consumidor
A Federação acaba de lançar um Guia do Consumidor que esclarece as principais questões referentes aos planos de saúde, utilizando uma linguagem didática, sem termos técnicos, para facilitar o entendimento. “Percebemos a necessidade de criar um guia que seja útil e claro para o cidadão, evitando jargões do setor e tirando dúvidas comuns que envolvem os contratos. São informações de grande utilidade tanto para quem já tem plano de saúde quanto para quem deseja adquirir,” explica Cechin. A versão digital do guia pode ser obtida, gratuitamente, via download, no hotsite Plano de Saúde – O que Saber (http://www.planodesaudeoquesaber.com.br/).
O conteúdo traz as regras válidas na prestação do serviço de saúde suplementar do país, de acordo com a legislação em vigor e com as normas editadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foram abordados temas importantes, como vigência de carências, redes de atendimento, procedimentos cobertos, reajustes de mensalidade, reembolso, portabilidade e tipos de planos quanto à cobertura assistencial.
De acordo o diretor-executivo, a entidade espera que o guia seja uma importante ferramenta para disseminar informações sobre o funcionamento do sistema privado de saúde, com agilidade e transparência. A iniciativa faz parte de uma série de ações da Federação para melhorar o entendimento do setor que é bastante complexo em termos de regras e normativos. Dentro do projeto Plano de Saúde – O Que Saber já foram criados hotsite, página do Facebook, colunas em jornais, workshops, além de boletins trimestrais com estatísticas. O guia segue a estratégia de atuação das associadas que se empenham em garantir a sustentabilidade do sistema e zelo pelas melhores práticas no relacionamento com fornecedores de serviços médicos e na prestação de serviços ao consumidor.

T.C.
Revista Apólice

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