Ultima atualização 21 de março

GM enfrenta processos por adiamento de recall em mais de 1,5 milhões de carros

Modelos Chevrolet Cobalt, Pontiac G5s, Saturn Ion, Chevrolet HHR, Pontiac Solstice e Saturn Sky, fabricados entre 2003 e 2007 na América do Norte, apresentam defeito nos cilindros de ignição

A General Motors está enfrentando ações judiciais coletivas por ter adiado o recall dos cilindros de ignição com defeito em 1,6 milhão de carros em todo o mundo. Aproximadamente 235 mil desses veículos foram vendidos no Canadá, segundo a CBC.
Dois escritórios de advocacia canadenses – Merchant Law Group L.L.P. e Sutts, Strosberg L.L.P. – estão buscando representar e compensar os donos que tiveram seus veículos afetados. Merchant Law Group apresentou denúncias contra a montadora, que tem sede em Detroit, Ontário, Quebec e Saskatchewan, alegando que os veículos afetados apresentam defeito de projeto, colocando os motoristas em risco, uma vez que o cilindro de ignição na posição “on” pode movimentar-se para “off”, enquanto o veículo está em movimento.
O escritório alega ainda que o defeito pode resultar em uma perda nos sistemas elétricos, afetando o fornecimento de energia elétrica, o funcionamento da direção hidráulica, do freio auxiliar e até mesmo a perda de função do airbag.
O escritório de advocacia Sutts, Strosberg L.L.P., com sede em Windsor, Ontário, que também lida com muitos casos de ações coletivas, recentemente publicou nota em um jornal local em busca dos proprietários de veículos GM.
O problema é o adiamento do recall dos cilindros de ignição de carros fabricados entre 2003 e 2007 na América do Norte.
A montadora anunciou mês passado que os cilindros de ignição dos modelos antigos dos veículos Chevrolet Cobalt, Pontiac G5s, Saturn Ion, Chevrolet HHR, Pontiac Solstice e Saturn Sky precisam ser reparados.
O novo chefe da GM se desculpou no início desta semana dizendo que a empresa demorou muito para notificar os proprietários sobre os reparos necessários. Reconheceu que sabe do problema há, pelo menos, 11 anos, no entanto, não conseguiu recuperar os carros afetados até o mês passado.
O chefe executivo Maria Barra, que tomou posse em meados de janeiro, disse que a empresa assume a responsabilidade pela má conduta em relação ao defeito e que fará o que for melhor para os clientes. A GM também anunciou que estava contratando um novo chefe de segurança global.
Barra chegou a dizer que a empresa indenizaria as famílias dos mortos em acidentes causados ​​pelos cilindros de ignição com defeito. Esse número tende a ser maior do que 12, segundo a GM e os relatórios de análise de acidentes da Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário e queixas dos consumidores.
“Sinto muito pelas vidas perdidas. Vamos tomar todas as medidas para garantir que isso nunca aconteça novamente”, disse Barra.
Legisladores norte-americanos investigam a respeito de manipulação da GM no recall, e estão exigindo saber o motivo pelo qual a montadora demorou tanto tempo para emitir um recall para os carros afetados.
O Departamento de Justiça dos EUA também investiga se a montadora não infringiu nenhuma lei na sua resposta lenta para o problema dos cilindros de ignição.
A montadora lançou um novo recall de 1,5 milhão de veículos pesados, sendo 70.437 no Canadá, porque airbags laterais e centrais, além dos cintos de segurança, podem não funcionar corretamente se os motoristas ignorarem uma luz de advertência em seu painel.

Fonte: CBC News

Thaís Carapiá
Revista Apólice

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