Ultima atualização 13 de fevereiro

Indenizações pagas pelo Seguro DPVAT crescem 25%

Pedidos de pagamentos por morte caem 10%, mas por invalidez permanente crescem 26%

Quedas de 22 aviões com 199 passageiros todos os meses durante um ano ou mais de cinco tufões como os que atingiram as Filipinas em 2013 acontecendo seguidamente nesse mesmo período. As vidas ceifadas nessas condições formariam uma soma de cerca de 50 mil vítimas, o que é alarmante. É esse também o número de pessoas que morrem no trânsito brasileiro todos os anos.
Foi o que afirmou Ricardo Xavier em evento realizado na última terça-feira, 11, em São Paulo. Realizado pela Seguradora Líder, o encontro tratou dos números contabilizados no ano de 2013.
Constatou-se que as indenizações pagas pelo DPVAT cresceram 25% em relação a 2012. Embora o percentual ainda seja grande, nota-se uma diminuição dos casos fatais. Houve uma redução de 10% dos acidentes que resultaram em mortes.
Em contraponto, nos pagamentos feitos devido a casos de invalidez permanente o aumento foi de 26%, e esses casos foram responsáveis por 70% dos pedidos de reparação feitos ao DPVAT.
Um dos pontos de destaque nessas estatísticas é o aumento considerável na utilização de motocicletas em todo país, que causam mais ocorrências de invalidez permanente, sendo essa situação mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste. Em 74% dos acidentes com motocicletas a maior vítima é o motorista, já em colisões de automóveis, caminhões e ônibus o pedestre continua a ser o mais afetado. Nos acidentes com veículos coletivos os passageiros são os mais prejudicados.
Desses números, 76% dos acidentados são homens e deles cerca de 40% estão na faixa etária de 18 a 34 anos, época de plena atividade profissional. Esses resultados ilustram as preocupações latentes entre os administradores públicos, seguradores e toda a população que convive diariamente com uma situação caótica do trânsito.
Xavier elucidou o que está sendo feito para mitigar esses riscos: “o que nós temos feito, de forma efetiva, é facilitar e possibilitar que as pessoas tenham acesso. Trabalhar na divulgação através de campanhas, na informação e também junto à mídia, para falar com a sociedade”, afirmou.
O deputado Hugo Leal (PROS-RJ) também esteve no evento e destacou, fundamentalmente, a importância de modificar o comportamento do usuário no trânsito, começando pela educação no momento em que as pessoas fazem as aulas para obter a CNH. “É preciso retirar, na formação do condutor o conceito de que, ao fazer 18 anos ele irá tirar a carteira, como um direito universal. É necessário que ele diga que irá se preparar para entender o que é ser condutor”, aconselha. Destacando ainda que é preciso que o condutor esteja habilitado e preparado para enfrentar as “armadilhas” que o trânsito apresenta.
Além de ressaltar que hoje, o problema no trânsito é uma operação que deve ser conduzida pelas secretarias de saúde, por se tratar de saúde pública e não apenas uma questão de segurança.
O aumento de pagamento das indenizações se deu, também, pelo aumento de visibilidade e facilidade para fazer os pedidos de ressarcimento. Hoje, o DPVAT tem um convênio com os Correios, o que faz com que o seguro tenha uma abrangência de 100% do território nacional. Após a documentação necessária ser entregue, o seguro é pago em até 30 dias, depositado na conta da vítima ou de seus beneficiários. Os valores de indenização são de R$ 13.500, em caso de morte, de até R$ 13.500 em casos de invalidez permanente e R$ 2.700 em caso de reembolso de despesas médicas e hospitalares comprovadas.

Amanda Cruz
Revista Apólice

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