Ultima atualização 16 de janeiro

Entrevista exclusiva com Bruno Motta, novo CEO da JLT Re Brasil

O executivo fala sobre o desenvolvimento do mercado no Brasil e no Mundo e aposta no crescimento das carteiras de RC Ambiental, E&O e RC Eventos

A JLT Brasil anunciou na última semana o nome de Bruno Motta como o novo CEO da JLT Resseguros. Atuando desde 2011 como vice-presidente de Contratos de Resseguros da JLT Re, Motta tornou-se um dos líderes do mercado e referência do segmento.
O executivo tem mais de 17 anos de experiência na área de resseguros, tanto no ramo de corretagem como também em resseguradoras internacionais. O economista possui grande experiência na área de riscos facultativos.
Motta falou com exclusividade à Revista Apólice sobre as expectativas para seu novo cargo. Confira:

Você recebeu alguma missão especial dos acionistas da empresa para o novo cargo?
A nossa missão continua sendo o foco no atendimento ao cliente, mantendo a nossa independência sem influencia ou polarização em nosso pensamento. Esperamos ser julgados e recompensados pelos nossos clientes, parceiros e acionistas com base em nosso desempenho.

Quais são as perspectivas do mercado para o ano de 2014 no Brasil e no mundo?
Apesar de ser um ano atípico devido a Copa do Mundo no Brasil e conjuntamente com as eleições presidenciais, estou otimista em relação ao ano de 2014 para o mercado de Seguros e Resseguros no Brasil e no Mundo.
No que tange ao resseguro este será um ano de amadurecimento e ajustes para algumas linhas de negócio como o Property e o Transportes onde os resultados têm sido muito apertados para muitos resseguradores e seguradoras. Em outros ramos, como Garantia, Óleo e Gás, Equipamentos e RC, estes continuarão crescendo a taxas altas devido às obras de infraestrutura, a maior percepção de risco do setor privado e novas coberturas. Finalmente, veremos o surgimento no Brasil de uma maior demanda por RC Ambiental, E&O e RC Eventos, que será também importante para o mercado.

Há algum sinistro grande em fase de regulação que tenha impacto direto no resseguro?
Recentemente ocorreram alguns sinistros vultosos em armazéns portuários e em minas que afetaram diversos resseguradores nacionais e internacionais em mais de um ramo de atividade. Basicamente as carteiras de Property e Marine.

Quais são as expectativas da JLT para 2014?
Temos ciência que o ano de 2014 será na prática mais curto devido aos diversos grandes eventos e o período pré-eleitoral e que, portanto, os dias úteis para tomada de decisões importantes serão mais escassos. Por isso, teremos que estar mais focados e começar com um ritmo bem forte já desde Janeiro.
Como a JLT Re tem investido muito no seu corpo de funcionários e na interação com os nossos escritórios espalhados pelo mundo, temos um percentual elevado de inovações que trazemos para o mercado em termos de coberturas e novos produtos, e que continuarão a nos impulsionar em nossos resultados. Para os próximos 3 anos estamos projetando duplicar o tamanho da operação de resseguros no Brasil.

Eventos como Copa do Mundo e eleições devem “acelerar” o ano no Brasil. Isso pode ter algum impacto para o mercado de seguros e resseguros?
A grande maioria das apólices atreladas à Copa do Mundo já foram contratadas. Na verdade acredito que tanto a Copa como as eleições irão na prática diminuir os dias úteis para tomada de decisões importantes, e portanto as empresas precisam começar o ano a pleno vapor para atingir as suas metas no final do ano.

Existe alguma carteira que você acredita que possa se destacar neste ano?
Acredito que as carteiras de Óleo e Gás, Garantia e Portuário continuarão puxando o crescimento na área P&C. Adicionalmente, acredito que veremos o surgimento no Brasil de uma maior demanda por RC Ambiental, E&O e RC Eventos.

O mercado brasileiro ainda chama a atenção de investidores internacionais?
Sim. Ainda temos assistido a entrada de grandes grupos internacionais no Brasil, mas diferentemente da euforia da época de abertura do Mercado, hoje estes mercados tem uma maior consciência de que apesar de o Brasil não ser considerado um pais catastrófico, é preciso operar com uma disciplina de subscrição muito forte para que seja possível obter as margens esperadas de retorno. Caso contrário as perdas podem ser elevadas.

Kelly Lubiato/Revista Apólice

 

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