Ultima atualização 05 de novembro

Cobertura para riscos cibernéticos ganha espaço no mercado brasileiro

Indispensável para o varejo e e-commerce, seguro de responsabilidade cibernética resguarda empresas quando houver vazamento de informações sigilosas

Com um número cada vez maior de informações sigilosas na web, uma das modalidades de seguros que mais deve crescer nos próximos anos é a de riscos cibernéticos. O seguro chamado Cyber Liability resguarda as responsabilidades de empresas que têm dados de clientes sob custódia e ressarce os prejuízos financeiros (lucros cessantes) decorrentes de interrupções de sistemas causadas por ciberataques.
Com coberturas tão abrangentes, a contratação do seguro pode ser estratégica para as companhias em diferentes ramos de atividades, mas, segundo Maurício Bandeira, gerente de linhas financeiras da consultoria e corretora de seguros Aon, empresas que trabalham com varejo, e-commerce e instituições financeiras são as que têm operações mais vulneráveis a ciberataques e, portanto, as que mais podem se beneficiar. “Elas costumam investir muito dinheiro em firewalls e criptografia de dados, mas é importante ter também um plano de contingência para se a prevenção falhar. Os custos de contratação de uma apólice Cyber certamente são muito menores do que os prejuízos no caso de um ataque”, afirma.
No entanto, no Brasil, o produto ainda é recente – só foi lançado no segundo semestre de 2012 – e ainda custa caro se comparado ao exterior. Segundo Bandeira, aqui, o valor do prêmio varia entre 0,8% e 3% do total contratado. Mesmo assim, a expectativa é que, com o aumento da concorrência, o preço caia. “Até o momento, poucas seguradoras possuem clausulado próprio. O valor deve cair quando outras empresas anunciarem seus produtos, o que deve acontecer ainda este ano”.
Já nos Estados Unidos, negócios que captam grande volume de informações pessoais dos consumidores são obrigados, pelo Governo e Órgãos Governamentais, a contratar o seguro. O próprio Governo é responsável pela contratação de quase 5% das apólices emitidas no país.
Além disso, a proteção de dados na web ganha relevância cada vez maior com acontecimentos como o recente vazamento de informações sobre o PRISM, programa de vigilância eletrônica mantido pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, que teve acesso aos bancos de dados de empresas como Microsoft, Google, Facebook, Yahoo!, Apple e Youtube.

A.C.
Revista Apólice

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