Ultima atualização 17 de outubro

Momento é importante para o mercado, destaca Armando Vergílio na abertura do Congresso

Segundo o presidente da Fenacor e deputado federal, vários projetos que concernem ao setor estão em tramitação no Senado e devem ser votados ainda em 2013
Armando Vergílio
Armando Vergílio
Armando Vergílio

O 18º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros acontece em um momento importante para o mercado, uma vez que vários projetos que concernem ao setor estão em tramitação no Congresso Nacional e devem ser votados ainda em 2013, como a Lei Geral do Seguro (que está em análise final na Câmara dos Deputados), e os projetos que tratam da legalização do desmonte de veículos e o microsseguro.

Foi desta forma que o presidente da Fenacor, o deputado federal Armando Vergílio, iniciou seu discurso de abertura do evento, na noite desta quarta-feira, 16. Ele destacou ainda a luta dos corretores de seguros para incluir a categoria no Simples Nacional. “Participar do Simples seria a correção de uma grande injustiça. Nossa inclusão já foi vetada em três ocasiões e a justificativa para o veto foi que reduziria a arrecadação. Mas contestamos com estudos mostrando que isso não ocorreria”, frisou Vergílio. Ele destacou que a categoria, formada por cerca de 25 mil empresas corretoras espalhadas pelo país, dá capilaridade ao setor, que já representa 5% do PIB brasileiro. A categoria comemorará,no ano que vem, 50 anos de regulamentação.

Vergílio ainda criticou a proposta do agente de seguros, dizendo que o mercado de seguros e previdência dobrou de tamanho em apenas quatro anos em grande parte devido ao trabalho do corretor independente. “O corretor independente é responsável, atualmente, por mais de 85% das receitas de prêmios de seguros”, informou.

O presidente da Fenacor também observou o papel da Susep, órgão regulador do mercado de seguros. Segundo ele, o setor precisa que o órgão funcione como uma agência de fomento. “O setor anseia por uma nova estrutura de gestão que esteja embasada em fatores mais atuais. Estudos internacionais apontam que o órgão regulador deve mudar para um formato mais moderno e dinâmico”, apontou.

Para Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros, o propósito do congresso, ao debater o que será o mercado no século XXI, é potencializar as chances do corretor de seguros. “Não tenho dúvidas de que, com as palestras, muito conhecimento será utilizado pelos profissionais”, disse.

Já o presidente da CNseg e da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi

Rossi, destacou a oportunidade de discutir assuntos relevantes para o mercado e estreitar a parceria entre corretores e seguradores. Ele reiterou também a importância de simplificar a relação com o consumidor e o papel do corretor neste processo.

O Brasil vive um processo de envelhecimento da população e a indústria do seguro tem acompanhado esse aspecto em ritmo acelerado, com crescimento de 16% anualmente. “Se existe algo no Brasil que cresce como a China é o mercado de seguros. Saímos de uma representação de 0,8% no PIB para 5,7% em alguns anos. Mas ainda há espaço para ampliar este índice” analisou. De acordo com ele, os mais de 60 mil corretores ativos no Brasil são estratégicos para vender os produtos e serviços fundamentais para o crescimento e desenvolvimento econômico do país.

A expansão do mercado de seguros foi destacada também pelo representante do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira. “Gostaria que todas as indústrias no Brasil apresentassem indicadores de crescimento como esse”, brincou.

Oliveira mostrou alguns números da economia brasileira. Segundo ele, o PIB deve crescer cerca de 2,5% em 2013. A inflação acumulada está na casa dos 5,8%. As vendas no varejo expandiram 5% em volume. Os investimentos em capital fixo ampliaram 6%. O total de investimentos no país deve somar 60 bilhões de dólares de dólares. Em 2012, 3,5 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza. “São números que favorecerão o mercado de seguros”, opinou, frisando que a corretagem de seguros deverá acompanhar este desenvolvimento. Inclusive, a atividade, destacou Oliveira, é fundamental para a evolução do setor e para fazer chegar ao consumidor os produtos adequados e que ele realmente necessita.

Outro ponto abordado pelo representante do Ministério da Fazendo foi a regulamentação, pela Susep, da comercialização de seguros por meios remotos. “É a realidade da sociedade moderna, o comércio pela internet de todos os tipos de produtos e serviços. Os corretores devem buscar oportunidades nesse espaço. E um grande desafio, mas acredito que com criatividade e força de trabalho os corretores encontrarão um caminho”, concluiu. A noite terminou com o show da banda Blitz.

A programação de palestras técnicas e motivacionais continua nesta quinta e sexta-feira.

 

Jamille Niero / Revista Apólice

 

 

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