Ultima atualização 08 de outubro

Indústria de Petróleo e Gás pode representar 20% do PIB em 2020

Crescimento é uma grande oportunidade para atuação do mercado segurador e ressegurador

Com a retomada das licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e o sucesso da 11ª Rodada de leilões, que aconteceu em maio e teve arrecadação recorde de R$ 2,8 bilhões, um dos segmentos de seguros que mais deve crescer nos próximos anos é o de Petróleo e Gás. A estimativa é que a indústria, que hoje representa 12% do PIB nacional, com produção de 2,3 milhões de barris de petróleo/dia, passe a representar, até 2020, 20% do Produto Interno Bruto, com 5,2 milhões de barris de petróleo/dia.
Para o setor de seguros isso deve representar um aumento significativo na demanda, que já vem crescendo à razão de 10% a 15% ao ano. Com as novas rodadas de leilões, a expectativa é que o crescimento seja ainda mais expressivo. “Na primeira rodada do pré-sal, marcada para 21 de outubro, será leiloado o direito de exploração do Campo de Libra. O campo é um gigante na Bacia de Santos, com reservas recuperáveis em oito a 12 bilhões de barris de óleo equivalentes”, afirma Paulo Niemeyer, diretor de Petróleo e Gás da Aon Brasil.
No entanto, o executivo explica que a operação no pré-sal é delicada, pois os poços podem atingir profundidades de até sete mil metros. “Os desafios logísticos e tecnológicos são muito maiores, já que o sal se comporta como um material viscoso e instável, e a camada de sal pode chegar a dois quilômetros de espessura, o que gera riscos para a operação”.
Na visão de Niemeyer, outra preocupação é em relação aos poços geralmente serem muito distantes da costa, podendo chegar até 300 quilômetros, o que cria dificuldades em caso de acidentes. “A distância é um fator de risco tanto para a remoção de equipamentos danificados, ou de um profissional que venha a acidentar gravemente, quanto para a contenção de um poço em descontrole e que possa acarretar em uma explosão e vazamento, causando severos impactos ambientais”, complementa.
Diante desse cenário, Paulo Niemeyer acredita que o mercado segurador e ressegurador brasileiro e internacional têm condição de reter os riscos operacionais e financeiros do setor e deve ser cada vez mais acionado na medida em que a indústria cresce. “Os riscos associados às atividades de Petróleo e Gás podem ser cobertos em uma única apólice de seguro, facilitando o gerenciamento, tornando o risco mais atrativo na visão dos mercados e o valor do prêmio mais competitivo”.  Os seguros abrangem toda a cadeia da indústria petrolífera, tanto no Upstream (Exploração & Produção – onshore e offshore), quanto no Downstream (refinaria, transporte, distribuição e comercialização).

A.C.
Revista Apólice

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