Ultima atualização 10 de setembro

Despesas de planos de saúde com prestadores de serviços sobem 15,4%

Indicador Variação do Custo Médico Hospitalar (VCMH), medido pelo IESS, fecha o ano 10 pontos porcentuais acima da inflação

Os custos médico-hospitalares aumentaram 15,4% em 2012. O resultado, medido pelo índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (VCMH/IESS), manteve-se acima da variação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período, que foi de 5,4%.
O VCMH/IESS mede a variação da despesa per capita que as operadoras têm com consultas, exames, terapias e internações de beneficiários em planos individuais de saúde. Os dados referentes a dezembro de 2012 são os mais recentes disponíveis. Isso porque o VCMH considera as despesas pagas pelos procedimentos realizados no período de análise e foram quitadas até três meses depois.
Segundo o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, historicamente, o índice é sempre superior à variação do IPCA, tanto no Brasil quanto em países como Estados Unidos ou nos membros da União Europeia. “O que chama atenção, neste momento, é a diferença de 10 pontos porcentuais, maior do que a média histórica”, observa. “Além disso, apesar de se manter em um patamar bastante elevado, o VCMH registrou um pequeno recuo em relação ao resultado de junho de 2012, quando o índice apontava alta de 16,4%”, completa Carneiro.
O cálculo do VCMH/IESS é feito para um conjunto de planos individuais de operadoras que representam cerca de um quarto do mercado. Resulta de uma combinação dos fatores frequência de utilização e preço dos procedimentos. Dessa forma, se em um determinado período o beneficiário usou mais os serviços e os preços médios aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que isoladamente com cada um desses fatores.
Além disso, ele considera uma ponderação por padrão de plano (básico, intermediário, superior e executivo), o que possibilita a mensuração mais exata da variação do custo médico-hospitalar. Evita-se, assim, que se as vendas de um determinado padrão de plano crescer muito mais do que a de outro, isso resulte no cálculo agregado em VCMH maior ou menor do que o real, o que subestimaria ou superestimaria o desempenho do indicador. Essa metodologia é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custoem saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index.
O VCMH/IESS analisa, também, o aumento dos custos de quatro grandes grupos de procedimentos: consulta, exames, terapia e internação. O último grupo é responsável por 62% dos custos do setor. Exames, consultas e terapias respondem por 16%, 9% e 5%, respectivamente.
Houve também o registro um crescimento de 3,1% no total de beneficiários com idade entre 0 e 18 anos e de 2,6% no total de beneficiários com 59 anos ou mais. Exatamente os grupos que mais utilizam serviços de saúde comparado ao restante da população.
No geral, os beneficiários de planos de saúde acompanhados pelo VCMH/IESS são mais idosos do que a população como um todo. A amostra indica que 23,9% dos beneficiários têm mais de 59 anos, enquanto na população brasileira esse percentual é de 10,8% (Censo 2010).

A.C.
Revista Apólice

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