Ultima atualização 19 de agosto

Mercado de Saúde Suplementar reduz crescimento para 2,7%

Números de beneficiários de planos de saúde mostram desaceleração das taxas de expansão

Os dados dos números de beneficiários de planos de saúde recentemente divulgados pela ANS, relativos a junho de 2013, mostram desaceleração das taxas de crescimento do setor. As estatísticas confirmam a redução da demanda por seguros e planos de saúde, já observada em dezembro do ano passado. O segmento de planos médicos, que vinha crescendo com índices anuais médios de 4,9%, nos últimos cinco anos, teve seu ritmo de expansão reduzido para 2,7%, em junho deste ano – no total de 49,2 milhões de beneficiários. No conjunto das associadas à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), houve decréscimo de 1,7% no total de beneficiários. No segmento de planos exclusivamente odontológicos de todo o mercado da Saúde Suplementar, a redução da expansão foi ainda maior, passando de média anual de 18,2% em cinco anos para 5,5% este ano, fechando em 19,1 milhões de beneficiários.
Segundo Marcio Coriolano, presidente da FenaSaúde, esse comportamento já reflete os efeitos da desaceleração do  PIB e menor evolução das taxas de emprego do país, que são “combustíveis” da demanda por planos e seguros médicos e odontológicos. Para ele, também há o efeito da inflação médica e da ampliação de coberturas do Rol de Eventos e Procedimentos em Saúde da ANS, que aumentam a distância entre os custos assistenciais das operadoras de saúde e a inflação geral de preços, que serve de referência para o orçamento de famílias e empresas.
Ainda segundo Coriolano, esse cenário exigirá coragem do órgão regulador e da cadeia produtiva da saúde – formada pela indústria de insumos médicos e pelos prestadores de serviços hospitalares e laboratórios – para rever a regulamentação de coberturas e garantir maior eficiência e controle de custos e desperdícios. “As operadoras privadas de planos e seguros de saúde já estão fazendo o seu dever de casa além do razoável, reduzindo margens e despesas operacionais. Agora, a cadeia produtiva e a ANS precisam dar a sua contribuição para manter a demanda potencial atendida. Afinal, o desejo por planos de saúde privados só é superado pela vontade de casa própria”, diz Marcio Coriolano.

A.C.
Revista Apólice

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