Ultima atualização 22 de maio

Regulação mais rígida afeta diretamente os planos de saúde coletivos

Especialistas discutem os rumos dos planos de saúde com base na regulação da ANS

As dificuldades do setor de saúde, tanto no SUS quanto nos planos de saúde , se tornam mais palpáveis com a regulação feita pela ANS, que tem se tornado cada vez mais rígida em relação aos atendimentos, estabelecendo prazos de consultas cada vez menores e reembolso cada vez maiores. Isso afeta diretamente os planos coletivos.
“Não há possibilidade de fornecer tudo para todos”, enfatizou o presidente da Abramge, Arlindo de Almeida, durante workshop realizado pela entidade na quinta-feira, 16 de maio. Almeida se referiu aos altos custos atuais dos planos de saúde, que acabam sendo o empecilho no momento em que o cidadão pretende contratar um plano de saúde.
A palavra de ordem para o momento atual do setor parece mesmo ser prevenção. Campanhas para mudar os hábitos das pessoas incentivam a alimentação saudável, a prática de exercícios e o abandono do cigarro. Todo esse esforço deverá ser refletido em diminuição dos gastos das operadoras com doenças, sobrando capital para prevenir e atender melhor os clientes.

Geraldo Lima, presidente do Sinog, afirmou que as regras estabelecidas na regulação afetam seriamente as pequenas operadoras, não apenas as que operam exclusivamente com planos odontológicos, mas as que operam com assistência médica também. “O que acontece é um fato nefasto. Operadoras fecham por causa da administração”, disse. Muitas vezes o atendimento das operadoras de pequeno porte é “extremamente satisfatório”, avaliou Lima, mas a administração não estabelece as medidas necessárias e bastam dois grandes sinistros para que fiquem em situação crítica e fechem as portas.

Com base na gestão de operadoras, Alexandre Lourenço, presidente da Universidade Corporativa Abramge, expôs a importância dos cursos disponibilizados. Os administradores dessas operadoras em geral são médicos, que precisam aprender a lidar melhor com questões administrativas. “Temos um grande desafio, um futuro que precisa ser enfrentado, que é como vamos preparar os futuros executivos”, ressaltou Lourenço.
Os planos coletivos se tornam cada vez mais representativos, mesmo com o alto custo das empresas para mantê-los, sendo que o capital investido só é menor que o dos próprios salários. O crescimento do setor no último ano foi de 2,1% e, para que ocorra uma expansão maior, é preciso encontrar medidas que não deixem que esses planos se tornem elitizados. 

Amanda Cruz / Revista Apólice

 

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