Ultima atualização 24 de abril

Em alta, mercado de shoppings é atrativo para o seguro

Abertura de novos empreendimentos e expansão dos que já estão operando representam possibilidade para o corretor expandir seus negócios, principalmente para lojistas

Segundo informações da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), instituição que representa esses empreendimentos no País, o setor bateu, em 2012, o recorde de inaugurações dos últimos 13 anos.

Com mais 27 novos empreendimentos em operação e média de 398 milhões de visitantes mensais, este mercado registrou, em 2012, alta de 10,65% nas vendas em relação ao ano anterior, atingindo total de R$ 119,5 bilhões. A expectativa do setor para 2013 é de 12% no aumento das vendas. A Abrasce acredita na continuidade desse cenário favorável. Tanto é que, para este ano, está prevista a inauguração de mais 47 negócios. Fora os projetos de expansão dos shoppings já existentes. De acordo com levantamento realizado pela Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) com empreendedoras e administradoras de shopping centers, serão investidos por volta de R$ 8 bilhões em projetos que serão inaugurados nos próximos anos.

Devido à magnitude desse tipo de empreendimento, é difícil pensar que a administradora não contrate nenhum tipo de seguro – mesmo porque existem os obrigatórios, como o seguro contra riscos de incêndio de bens pertencentes a pessoas jurídicas. Em algumas cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, há ainda leis municipais que tornam obrigatória a cobertura de seguro contra roubo nos shopping centers, lojas de departamento, supermercados e empresas que operam estacionamentos. Procuradas, as principais administradoras de shoppings do País preferem não falar sobre o assunto, mas, segundo Frank Moraes, gerente de Property da AIG Brasil, “de 80% a 90% dos shoppings centers hoje contratam seguros contra danos materiais, lucro cessante e responsabilidade civil”. A seguradora, que trabalha com um produto específico para centros de compras desde 2009, registrou aumento de 5% nas vendas de 2011 para 2012.

A AIG conta hoje com 15 shoppingsem sua carteira. Amédia de cobertura é de R$ 350 milhões e garante, basicamente, danos materiais (vendaval, incêndio, danos elétricos, quebra de elevadores e escadas rolantes etc) e perda do lucro do shopping (quando há impossibilidade para alugar os espaços para lojistas), entre outros. De olho no bom momento deste mercado, a companhia quer dobrar a carteira até o fim do ano e já preparou um produto de property que pode ser aplicado a esses casos: ele vem com capacidade de cobertura de R$ 500 milhões, podendo ser expandida para até R$ 1 bilhão. O local onde o shopping está instalado, a quantidade de pessoas que circula por ele e a facilidade de acesso a instrumentos de proteção públicos (como o Corpo de Bombeiros ou a Polícia) são levados em conta na hora de calcular as coberturas e também o prêmio a ser pago pelo segurado.

Segundo Moraes, no entanto, o volume de prêmios pode não acompanhar o crescimento do número de empreendimentos. “Ao renovar suas apólices, os centros acabam conseguindo descontos expressivos, pois os riscos neste segmento são considerados baixos para o mercado de seguros”, opina o gerente.

Há ainda o seguro de responsabilidade civil que, de acordo com os seguradores, pode e deve ser contratado pela administradora do shopping. Acidentes em escadas rolantes é o exemplo mais comum dos riscos aos quais os visitantes dos espaços estão sujeitos. Os danos causados nas lojas por um incêndio iniciado a partir de um curto circuito no sistema do shopping ou por um problema na tubulação de água também poderão ser indenizados pelo seguro de responsabilidade civil contratado pelo shopping, uma vez que os lojistas são considerados terceiros.

Há também a responsabilidade civil da guarda de veículos. “O número de veículos que circula dentro de um shopping é muito grande e a responsabilidade civil é importante por causa dos roubos também, pouco divulgados mas que acontecem”, observa Marcos Landim, superintendente de Riscos Especiais da Marítima, que tem em sua carteira mais de 100 shoppings segurados em todo o país. Ele avalia que é muito difícil atualmente uma empresa desse tamanho não contratar esse tipo de seguro. A conscientização também está maior. Não só por parte das empresas, que têm mais noção dos riscos aos quais estão expostas, mas também pelo lado dos consumidores, que estão mais conscientes dos seus direitos. “A época de empresa desse porte que não contratava seguro já passou faz muitos anos”, considera.

No entanto, não basta apenas contratar a proteção. É preciso que a cobertura seja adequada, especialmente porque muitos shoppings costumam ter visitantes de alto poder aquisitivo circulando por seus corredores e deixando seus automóveis nos estacionamentos. Caso ocorra algum processo resultante de acidentes, o valor pedido como indenização não será baixo.

Para Luis Alberto Mourão, diretor de Riscos Industriais e Comerciais da SulAmérica, o seguro de responsabilidade civil já é bastante difundido e incluso nas apólices patrimoniais, mas de forma simplista. “É preciso ser mais robusto também porque a ocorrência de eventos de massa serão mais frequentes”, analisa o executivo.

Confira a reportagem completa na edição de abril (173).

Jamille Niero /Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO