Ultima atualização 04 de abril

Catástrofes climáticas no Brasil são foco de análise

Tempestades, inundações e variações de temperatura tendem a aumentar nos próximos anos, diz pesquisador

O segundo dia de palestras do 2o. Encontro de Resseguros do Rio Janeiro comecou tratando das catástrofes climáticas no Brasil. Rene Hernande, professor da FMU/SP, disse que as catástrofes climáticas tendem a aumentar nos próximos anos. No Brasil, temos tempestades, inundações, variações de temperatura e alguns tipos de incêndio.

O aquecimento global interfere na intensidade do fenômeno El Niño, que tem grande influência em tempestades, principalmente na região Sul do Brasil. A imprevisibilidade continua.

“Mesmo que tenhamos um fenômeno a cada 6 anos, este tempo de retorno está diminuindo, o que encarece o prêmio. Ou seja, a frequência está aumentando, bem como a intensidade e severidade”, constatou Hernande.

A competência na precificação dos fenômenos com maior intervalo de ocorrência deve ser considerada pela média do tempo de retorno.

Infelizmente, não há perspectiva de queda do número de catástrofes climáticas no curto prazo, o que resulta em contínuos grandes impactos. “As catástrofes se assemelham a uma doenca como a AIDS, para a qual não há remédio e é preciso aprender a lidar e conviver com ela”, constatou Hernande.

O seguro permite que a necessidade de provisões em várias organizações seja eliminada com a transferência de risco às seguradoras mediante a perda de uma pequena parte de patrimônio (prêmio).

O geólogo Geraldo Luis Lino, diretor do movimento de solidariedade Ibero-Americano, fez um contraponto apontando que há centenas de milhões de anos tem havido alterações de temperaturas, níveis do mar e concentrações de CO2, mais altos que os atuais. “Em 90% dos últimos 600 anos as temperaturas médias foram maiores dos que as atuais”, proferiu.

Já houve concentrações de gás carbônico altas sem que houvesse interferência no clima global. “As atividades humanas não influenciam o climaem escala global. Ainfluência humana no clima se limita às cidades e seus entornos e a microclimas”.

O método científico requer uma correspondência entre hipóteses e evidências físicas observadas. Se ela não ocorrer, a hipótese precisa ser revista ou aguardar novos dados para ser confirmada. Por isso, ele critica firmemente o que chama de “alarmismo climático”.

Ele diz que há uma série de outras prioridades do que a preocupação com o clima em 2050. Como exemplo, ele diz que deveria haver maior comunicação entre o Centro de Monitoramento do Clima e o Centro de Gerenciamento da Prefeitura, que comunicam uma tempestade à população com 10 minutos de antecedência. “Temos que investir em eficiência no curto prazo”, vociferou.

Kelly Lubiato, do Rio de Janeiro

Revista Apólice

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