O número de países que sofrem violência política aumentou 36% em um ano, uma tendência que provavelmente continuará devido à crescente instabilidade de em regimes de vários países em todo o mundo. É o que diz a Prática Global de Riscos Políticos da Marsh e sua Prática de Crédito, além da empresa de análise de risco e mapeamento, Maplecroft, que em conjunto com a Marsh, lançou o Mapa de Risco Político 2013. O mapa destaca a dinâmica dos riscos políticos em 197 países, incluindo conflitos, terrorismo, estabilidade macroeconômica, estado de direito, ambientes regulatórios e de negócios, risco de desapropriação, recursos para segurança e disponibilidade de infraestrutura. Grande parte desta realidade é consequência dos efeitos resultantes da violência política e do terrorismo que têm se espalhado da Líbia e Síria até o Mali, Líbano, Argélia e pelo Norte e Oeste da África, chegando até o Oriente Médio.
Ao mesmo tempo, os investidores estrangeiros enfrentam um risco intensificado de desapropriação em países ao longo do Oriente Médio e do Norte da África, onde as sociedades tentam impor mudanças de regime. Os poderes vigentes usam frequentemente a desapropriação e recorrem ao nacionalismo para pacificar descontentamentos sociais que possam ameaçar seus respectivos regimes. Entre os países com maior risco de mudança de regime forçada pela revolta social encontram-se: Guiné-Bissau, Zimbábue, Síria, Madagascar, Sudão Meridional, Paquistão, Iêmen, Mali, Bangladesh, Quênia e Turcomenistão, de acordo com o Mapa de Risco Político 2013.
“As empresas com investimentos estrangeiros diretos estão operando em um ambiente volátil e de mudanças bruscas com a capacidade de provocarem instabilidades que poderiam trazer impactos financeiros negativos e mudanças aos planos destes investidores”, afirma Alyson Warhurst, CEO da Maplecroft. “O recente sequestro de reféns por terroristas na Argélia, a atual crise da dívida européia, as desapropriações de ativos energéticos na Argentina e Bolívia, a guerra civil incessante na Síria, os ataques à embaixada e ao consulado dos EUA no Egito e na Líbia e as repercussões constantes decorrentes das mudanças de liderança na China, ilustram a natureza dinâmica do atual cenário de risco político global”.
“Levando em consideração este ambiente altamente volátil, é indispensável que os investidores estrangeiros permaneçam a par das questões que possam impactar tais regiões e tenham planos estratégicos para proteger seus interesses das ameaças resultantes de mudanças políticas e de atos de violência imprevistos”, afirma Evan Freely, Líder Global das Práticas de Risco Político e Crédito da Marsh. “Cada vez mais empresas estão recorrendo ao seguro de Risco Político como forma de salvaguardar seus interesses vitais de expansão, ativos, cadeias de fornecimento e fluxos de receitas nestes mercados com alto potencial de crescimento, mas, com risco mais elevado.”
A.C.
Revista Apólice