Ultima atualização 30 de janeiro

Grupo japonês manterá marcas Marítima e Yasuda operando

Mais de 80% das ações da brasileira foram vendidas para a subsidiária do grupo japonês Sompo

Na fileira debaixo: Francisco Caiuby Vidigal Filho, da Marítima; Hiroyuki Yamaguchi, da Sompo Japan; e Hidenori Endo, da Yasuda. Na fileira de cima: Milton Bellizia Filho, da Marítima; Mikio Okumura, da Marítima e da Sompo Japan do Brasil; Luiz Macoto Sakamoto, da Yasuda; e Mario Jorge Pereira, da Marítima.

Após anunciar a aquisição da maioria (88%) das ações da Marítima, o grupo Sompo Japan – presente no Brasil por meio da subsidiária Yasuda – afirma que quer manter as duas marcas em operação no País. A negociação girou em torno de R$ 200 milhões e aguarda aprovação de órgãos reguladores brasileiros (como Susep, Cade e ANS) e japoneses. As ações restantes (12%) ficarão com a família Vidigal, fundadores da Marítima.

A justificativa para a manutenção as duas marcas, segundo explicaram os executivos das duas companhias durante entrevista coletiva, é a diferença nos focos de atuação. Enquanto a Yasuda focará sua estratégia de negócios nas carteiras de transportese seguros empresarias, a Marítima manterá forte atuação no segmento de massificados. O microsseguro, inclusive, está no radar da seguradora. “Estamos intensificando os estudos para em breve ingressar no segmento”, garante Francisco Caiuby Vidigal Filho, atual diretor vice-presidente da Marítima. Com a conclusão da negociação, o executivo passará a responder pelo cargo de diretor presidente da seguradora. Já a Yasuda, presidida atualmente por Hidenori Endo, ficará sob o comando de Mikio Okumura, hoje diretor executivo da Marítima e diretor presidente da Sompo Japan no Brasil.

“Em alguns segmentos temos produtos semelhantes, mas cada uma tem sua marca e sua história. O objetivo, ao manter as duas, é uma complementar a outra”, disse Luiz Macoto Sakamoto, diretor executivo da Yasuda Seguros.

A meta de ambas as empresas para 2013 é a mesma: crescer por volta de 20%. Apesar de trabalharem com foco em públicos diferentes, haverá em breve unificação das áreas comercial, de tecnologia da informação, desenvolvimento de produtos e back office. O objetivo desta sinergia é compartilhar serviços, mitigar perdas e diminuir despesas administrativas.

De olho no Brasil

Hoje o Brasil é o país mais estratégico para o grupo fora do Japão, uma vez que representa 60% dos prêmios de seguros da Sompo no exterior. De acordo com diretor gerente da Sompo Japan Insurance, Hiroyuki Yamaguchi, a escolha do Brasil como foco da internacionalização foi baseada em três pilares: a estabilidade política, o contínuo desenvolvimento econômico e do mercado de seguros e a presença da subsidiária Yasuda. Yamaguchi afirmou que uma das principais políticas do grupo é o foco na estratégia de negócios no exterior. Segundo ele, apesar do país nipônico ter registrado R$ 190 bilhões em seguros de acidentes em 2011, “nos últimos 10 anos o mercado de seguros japonês vem se estagnando”. “Nossa perspectiva futura em relação ao Japão não é tão otimista, devido ao cenário de baixa natalidade, população cada vez mais velha e baixo índice de venda de automóveis”, alegou o executivo. Com isso, é natural que o grupo segurador queira expandir sua atuação – atualmente está presente em 29 países, entre eles, Estados Unidos e Turquia e registra R$ 30 bilhões em prêmios anuais. Em 2014, a companhia será fundida a outro grupo japonês: o Nipponkoa Insurance. Juntos, somarão R$ 48 bilhões em faturamento anual.

Jamille Niero / Revista Apólice

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