Ultima atualização 21 de janeiro

Analistas esperam maior rentabilidade das seguradoras, diz pesquisa

Accenture consultou 68 profissionais, em 16 países, e questionou sobre lucro e estratégias de crescimento considerando atuais desafios da indústria

Uma pesquisa apresentada pela consultoria Accenture, que avalia a rentabilidade das seguradoras ao redor do mundo, apontou que analistas de investimentos de seguros esperam uma maior rentabilidade destas companhias. A opinião dos especialistas de mercado é baseada no melhor desempenho das seguradoras e naquelas que investiram na expansão para os mercados emergentes.

Encomendada pela Accenture e conduzida pelo Institutional Investor Market Research Group, a pesquisa consultou 68 dos principais analistas de seguros, em 16 países, e cobriu uma gama diversificada de temas, o que inclui o lucro e estratégias de crescimento no contexto dos principais desafios da indústria.

A pesquisa revela que os analistas esperam que as seguradoras recomendadas – baseadas em ratings – possam entregar um retorno médio antes de imposto sobre o patrimônio líquido (siglaem inglês: ROE) de 14,9% em 2012, comparado a 13,7% em2011. Aexpectativa é de que a rentabilidade continuará a subir: metade dos entrevistados espera das seguradoras recomendadas maior ROE antes de impostos nos próximos 3 anos.

“Tendo em vista que a média de percentual do ROE antes de impostos foi de 11,8, em 2011, para as 20 maiores seguradoras mundiais, as expectativas criadas pelos analistas para 2012 são bastante desafiadoras”, disse o diretor global da prática de Seguros da Accenture, João Del Santo.

Mercados emergentes

A expansão para mercados emergentes é considerada pelos analistas como importante ou fundamental para elevar o rating.

Todos os analistas de seguros de Property & Casualty Insurance (P&C)* – Propriedade e Acidentes –  disseram que iniciativas de fusão e aquisição de seguradoras norte-americanas, européias e japonesas nos mercados do Brasil, Rússia, Índia, China, México ou Coréia do Sul são importantes orientadoras para elevação do rating ao longo dos próximos 3 anos.

A maioria (88%) dos analistas de seguro de vida disse que o crescimento orgânico nestes mercados emergentes é importante ou fundamental para também elevar o rating nos próximos três anos.

“Mesmo que os mercados emergentes possam ser fundamentais para o desempenho futuro de empresas globais, eles não são uma panacéia”, disse o diretor da Accenture para a prática de Seguros para a Europa, África e América Latina, Thomas Meyer. “Muitos países são resistentes à entrada de operadoras de seguros globais para não competirem com as empresas locais. Além disso, a falta de homogeneidade dos mercados emergentes, onde as diferenças culturais são mais significativas do que na Europa, torna difícil para as empresas que pretendem entrar nesses mercados obterem economias de escala além das suas fronteiras”, disse Meyer.

Oportunidades de crescimento

Analistas classificam “estratégia de preços” e “qualidade de serviço” como os principais orientadores de valor para a indústria ao longo dos próximos três anos – citados por 95% e 94% dos que responderam, respectivamente, à frente de “capacidades de análise de dados” (86%).

A pesquisa também revela que a gestão de risco de subscrição é percebida como o investimento em tecnologia mais crítico para melhorar o desempenho do negócio, mencionado por dois terços (67%) dos analistas consultados.

“Para agir de forma decisiva em um mercado em transformação e atingir um crescimento orgânico, dados ricos, análises avançadas e modelagem preditiva são de valor inestimável”, disse Meyer. “Além disso, dado que a essência do negócio de seguros é a de lidar com os riscos – contra os quais cobrem seus segurados ou riscos que estão assumindo, fazendo investimentos financeiros – o crescimento rentável não pode ser alcançado sem a capacidade de gestão de risco altamente eficiente”, disse Meyer.

Principais desafios da indústria

As questões ambientais, como a volatilidade crescente de catástrofes naturais, são o desafio da indústria mais citado para as seguradoras de P&C (58%), enquanto que os novos regulamentos e reformas regulatórias, como Solvência II e Dodd-Frank, foram percebidos como ameaça para as seguradoras de vida (83%). A incerteza do retorno de investimentos financeiros foi o segundo item mais citado – para a indústria em geral – por mais da metade (55%) dos analistas de P&C e quase dois terços (65%) dos analistas de seguro de vida.

J.N.

Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO