Com o objetivo fomentar o debate sobre a blindagem de veículos no Brasil, a FenSeg, SindSeg –SP e a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) promoveram em São Paulo, na última quarta-feira, 7 de novembro, o I Seminário Blindagem Balística, que reuniu cerca de 100 especialistas em seguros, blindagem e inspeção de veículos. No evento, também estiveram presentes militares do Exército Brasileiro, além de integrantes da Associação Nacional dos Organismos de Inspeção (Angis) e do Cesvi Brasil.
Integrante da comissão de Seguro de Automóvel da FenSeg, Priscilla Magni, explicou a dificuldade que as seguradoras enfrentam ao fornecer a cobertura para seus clientes. “Nem sempre o certificado de porte obrigatório é emitido na velocidade desejada e isso dificulta a análise completa de aceitação por parte das seguradoras, uma vez que o prazo para aceitação da apólice, por lei, é de 15 dias. O ideal seria uma análise dos certificados antes da aceitação do veículo”, explicou.
Também diretora de Personal Lines da Chubb Seguros, Priscilla esclareceu que outra dificuldade é ter acesso às informações que caracterizem uma blindagem de qualidade. “Os certificados expedidos não trazem informações detalhadas, o que dificulta, por exemplo, conhecermos a qualidade da blindagem aplicada no veículo. Também é difícil comprovar a adaptação do veículo à blindagem, que pode ser muito pesada e sobrecarregar o automóvel”, afirmou.
Dados da Abrablin mostram que o número de carros blindados cresceu 5% no primeiro semestre do ano, se comparado ao mesmo período em 2011. De acordo com Christian Conde, presidente da Associação, “o crescimento tem relação com a forte aquisição de veículos importados e o aumento do número de blindadoras – atualmente 34 empresas, que representam 80% do mercado”.
Ainda segundo estatísticas da entidade, o Range Rover Evoque é o carro mais blindado no Brasil, seguido pelo Tiguan, Jetta Sedan, Corolla e Volvo. O preço médio de uma blindagem no país é de R$ 46 mil e São Paulo concentra 70% dos pedidos pelo serviço, seguido pelo Rio de Janeiro (12%) e Pernambuco (4%).
G.F.
Revista Apólice