Ultima atualização 28 de novembro

Encontro nacional acontecerá a cada dois anos

Decisão foi anunciada pelo presidente da Fenespic, Serafim Gianocaro, durante o II Encontro Nacional das Securitárias

As questões de gênero ainda afligem as trabalhadoras brasileiras e, por isso, a Federação Nacional dos Securitários, através do Sindicato dos Securitários de São Paulo, organizou o II Encontro Nacional, na cidade da Praia Grande/SP, sob a coordenação de Luiza Franco. O evento contou com mais de 150 participantes, de 15 estados diferentes, e marcou a retomada destas discussões, pois o primeiro foi realizado em 1992.

De acordo com o presidente da Fenespic e do Sindicato, Serafim Gianocaro, a partir de agora o Encontro será realizado a cada dois anos. O próximo poderá acontecer no Rio de Janeiro, em 2014.

Somente no primeiro semestre deste anoo Brasil registrou47 mil relatos de violência contra a mulher, através do disque-denúncia 180. Em 2011 foram 75 mil denúncia. A prevalência é da violência física, que ocorreu em 61,3% dos casos. Para tratar deste tema, o evento realizou um debate com a participação da delegada titular da Delegacia da Mulher de Praia Grande, Rosemar Cardoso Fernandes, da psiquiatra Isa Kabacznik e da secretaria adjunta de finanças da Contec, Rumiko Tanaka. Este painel teve a mediação das jornalistas LeiaHirosse e KellyLubiato. Durante uma manhã inteira as mulheres puderam conhecer um pouco mais da Delegacia especializada, que conta com uma equipe especialmente treinada para atender as mulheres em um momento tão difícil.

De acordo com a delegada, a decisão de denunciar o agressor é muito delicada, porque na maior parte das vezes ele é o companheiro afetivo. “O medo e a depressão são as principais consequências da violência doméstica”, alertou Rosemar. A depressão foi o ponto de partida da palestra da psiquiatra, que mostrou um estudo alarmante: segundo a ONU, a cada minuto quatro mulheres sofrem algum tipo de abuso no mundo. “A mulher acaba criando um perfil vitimizado e entra na prisão invisível da depressão”, constatou Isa.

O assédio moral no trabalho foi o tema tratado por Rumiko, que também é secretaria nacional para assuntos da criança e do adolescente da UGT (União Geral dos Trabalhadores). “Ainda não conseguimos a redação para uma cláusula que defina exatamente o que é assédio moral nos acordos coletivos de trabalho”. Daí vem a dificuldade para punir estes crimes.

Palestras

Ainda no sábado, a executiva da HDI Seguros da Bahia, Alexandrina Maria Gouvêa, falou sobre o “Poder do Agora e o Poder da Respiração’ e a consultora organizacional – com foco em qualidade de vida, Vânia Bastos Nacaxe, apresentou o tema ‘Conhecimento, criatividade e leveza. Mulheres Independentes’. No domingo, o jornalista e consultor Luciano Pires ministrou a última palestra intitulada ‘Tudo bem, se me convém’.

Kelly Lubiato / Revista Apólice

 

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