Ultima atualização 10 de outubro

Organizadores de rallys buscam proteção no mercado de seguros

Principal apólice ofertada para o evento é a de responsabilidade civil, além do seguro de vida para os pilotos, que é obrigatório

As competições de rally são disputadas pelo mundo inteiro, em diversos tipos de terrenos (asfalto, terra, neve, lama) e cenários. Os campeonatos,  principalmente por se tratar de um esporte radical, estão expostos a uma série de riscos. Por isso, cada vez mais os organizadores procuram oferecer segurança e proteção para o evento. De acordo com especialistas do mercado de seguros, a apólice de responsabilidade civil de evento é a mais procurada para cobrir as competições.

Segundo Maurício Galian, diretor geral de seguros massificados e  microsseguros do Grupo Segurador BB Mapfre, a companhia atende esse público por meio do produto ‘multirrisco evento’. “A apólice possui diversas combinações e o organizador pode escolher as coberturas que mais convém para a competição”, afi rma Galian. Ao todo são 30 coberturas passíveis da contratação, que vão desde intempéries climáticas até o cancelamento ou adiamento da realização do evento. As competições acontecem em locais abertos onde há passagem de público, por isso o executivo destaca a importância da garantia a danos causados a terceiros, seja material (casas, postes etc) ou a pessoas.

De acordo com Alexandro Barbosa Sanxes, diretor de riscos diversos da Berkley, a análise de risco dos seguros oferecidos para os campeonatos é feita
conforme as particularidades de cada prova: local onde será realizada, percurso, se há grande tráfego de pessoas e animais, se há moradores ribeirinhos, medidas de segurança adotadas pelo organizador, público estimado como espectadores e época do ano em que será realizada (para melhor análise sobre as condições climáticas). “Esse conjunto de informações determinará o prêmio a ser pago e são essenciais para a correta subscrição do risco. Também analisamos se a prova foi realizada em anos anteriores e como foi a experiência na época”, completa Sanxes. O executivo ressalta que, pelas características desse tipo de competição, torna-se difícil atender, no produto eventos, a toda exposição de risco a qual está sujeito o organizador. “Como,
por exemplo, danos que o veículo venha a causar a terceiros, uma vez que tal parcela de risco deve ser atendida pelo seguro automóvel e danos sofridos pelos pilotos, que deve ser alocado para a carteira de acidentes pessoais”, pontua.
O Rally Transcatarina existe há três anos, possui uma média de 140 carros de
competição e mais de cinco mil expectadores diretos. O Rally SC tem dois anos,
uma média de 70 carros por etapa (são seis em cada ano) e mil expectadores em cada uma. Segundo Edson João da Costa, diretor geral da SC Racing, organizadora de ambos os eventos, uma das principais medidas de segurança adotas em um rally é estar sempre com o pessoal de apoio em locais onde exista o risco de algum problema de segurança. Cada estado possui uma Federação de Automobilismo, que supervisiona o evento. Os comissários
desportivos verificam o grau de perigo das provas e, se necessário, adotam
algumas atitudes em relação a isso. “Passamos, no mínimo, seis vezes em todo o trajeto e verifi camos cada detalhe do mesmo. Locais de muitos riscos são cortados e desviados por caminhos que proporcionam mais segurança. Nenhuma manobra em um rally de regularidade [uma das modalidades do  esporte] é proibida, porém, temos várias situações que podem ser consideradas de perigo”, explica Costa.
De acordo com Mikhail Maiochi, coordenador comercial/administrativo da
corretora GR3 Seguros, tem aumentado a consciência, por parte dos organizadores dos eventos esportivos, em procurar mais proteção para as competições. “Isso acontece, principalmente, por exigência de órgãos públicos e dos participantes que são, na maioria, profissionais do mercado
com consciência das suas responsabilidades”, expõe. Outro fator que contribui
para a procura por seguro, de acordo com Bruno Amorim, diretor de lazer, esportes e entretenimento da Aon, é o envolvimento de empresas estrangeiras. “É cada vez mais comum que organizadores locais comprem evento do exterior, ao seja, comprem o direito de fazer a competição no Brasil. Nesse acordo vem um pacote definido de seguro”, esclarece Amorim.

Confira a reportagem completa na edição 167 – setembro.

Gabriela Ferigato

Revista Apólice

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