Ultima atualização 10 de outubro

Mercado aquecido acirra disputa por consumidores

Os corretores que saem de seu estado de origem para buscar clientes em outras regiões são alvo de discussão no setor

Um dos temas debatidos no mercado de seguros atual é a ação dos corretores “paraquedistas”, como são popularmente chamados pelo setor. Esses profissionais saem de seu estado de origem para buscar clientes em outros estados ou outras regiões. Uma das justificativas é suprir a atual demanda do mercado de seguros, que está aquecido, inclusive em regiões onde antes a procura era menor. O assunto divide opiniões por se tratar, essencialmente, de uma questão ética. Segundo o presidente do Sincor-PA, Paulo Thomaz, o Código Comercial Brasileiro e as leis que regem a comercialização de seguros no Brasil não proíbem tal prática, ou seja, qualquer empresário pode comercializar seu produto em qualquer lugar do Brasil. “É claro que na prestação de serviços e corretagem de seguros, o exercício não é muito salutar, haja vista que o segurado perde o contato pessoal com seu corretor. Nós buscamos fazer com que estes corretores de fora se estabeleçam em nosso estado com uma filial”, afirma Thomaz.

O presidente do Sincor-DF, Dorival Alves de Sousa, distingue o corretor “paraquedista” em dois perfis. O primeiro é o eventual, que trabalha em outras regiões de forma esporádica, levando uma prestação de serviço ou participando de uma grande conta. O segundo é o predatório, que angaria negócios em outras praças de forma irresponsável. Segundo Sousa, eles vendem o produto e deixam o consumidor sem amparo legal, alguns chegam até a cometer crime de estelionato. “Muitos desses profissionais possuem negociação com uma determinada seguradora, de sua região, que possui custos e taxas diferenciadas, e acaba aplicando essa condição pelo Brasil inteiro, deixando a concorrência desonesta”, pontua. De acordo com o presidente, os segmentos de automóvel e vida são os principais alvos dessa prática. “Essa é uma situação delicada, que traz um prejuízo muito grande para o mercado de modo geral, abalando a sua seriedade e expondo pessoas a  riscos”, opina.

De acordo com o presidente do Sincor-RS, Celso Marini, a entidade de classe procura manter um espaço de concorrência de igualdade, ético e sadio, no qual os profissionais tenham condições de competitividade com uma razoável equivalência. “Combatemos sim, com veemência, a concorrência desleal, de profissionais que se aproveitam de não ter uma sede local, sem custo  operacional de equipe de trabalho e praticam preços predatórios para captar negócios”, destaca.

Confira a reportagem completa na edição 167 – setembro.

Gabriela Ferigato e Jamille Niero

Revista Apólice

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