Ultima atualização 26 de julho

Capacidade para riscos de mineração diminui e Brasil sente reflexos

Por outro lado, mineradoras brasileiras compreendem a importância do seguro como proteção financeira e aprendem a gerenciar seus riscos

O seguro para mineração costuma ser restrito e aceito por poucas seguradoras e resseguradoras no mundo todo. No Brasil, apesar de ser um país menos exposto a riscos catastróficos, como terremotos e furacões, a situação não é diferente. Um estudo divulgado este ano pela corretora Willis aponta que a capacidade do mercado segurador para reter os riscos desse segmento diminuiu 30% (considerando danos patrimoniais e lucros cessantes).
Segundo o relatório, no ano passado as perdas seguradas em catástrofes naturais que afetaram as apólices de mineração somaram 2,7 bilhões de dólares. Entre os principais acontecimentos que geraram indenizações estão os terremotos na Nova Zelândia e Austrália e as inundações no Brasil e na África do Sul. “O mercado internacional sofreu impacto grande de sinistros em decorrência de danos da natureza, alagamentos e terremotos. Isso fez com que os preços de seguros disparassem”, analisa Alexandra Brabo, diretora executiva da Willis no Brasil. Isso acontece porque a maior parte dos riscos segurados é repassada aos resseguradores, que são os que mais sentiram o reflexo das indenizações pagas.

Na análise de resseguradoras, como a Munich Re, houve de fato um conjunto de perdas em nível global que afetaram não necessariamente a capacidade de resseguro disponível, mas, acima de tudo, seu custo e as condições contratuais, que se tornaram mais restritivas. “Outro aspecto que mudou ou, melhor dizendo, teve sua atenção redobrada, foi a maior preocupação do polo segurador quanto à gestão dos riscos por parte das mineradoras, seus planos de contingência, manutenção, sobressalentes e capacidade de make-up (compensar a perda de produção num centro pelo
incremento em outro)”, destaca Rodrigo Belloube, Head de Property e Engenharia da Munich Re no Brasil.
O grupo segurador BB Mapfre foi um dos que sentiu os reflexos da redução
de capacidade. Entre mineradoras e siderúrgicas, o Grupo participa do seguro de 10 empresas. “A abertura do mercado de resseguro traz essa natureza. Não sentimos restrição no passado porque o IRB aceitava tudo, equalizava as flutuações do mercado internacional. Com a abertura, os efeitos são mais diretos. Qualquer mudança no cenário internacional afeta diretamente o mercado nacional”, endossa o diretor de grandes riscos do Grupo, Wady Cury.
“Atuamos fortemente na mineração. Uma delas é a Vale, que teve dificuldades
na renovação do seguro”, indicou. A Vale teve um sinistro no Espírito Santo avaliado em cerca de 500 milhões de dólares, exemplificando que sinistros ocorreram não somente no cenário internacional, mas no Brasil também, porém, de forma menos acentuada.

Confira a reportagem completa na edição 164 (julho) da Revista Apólice

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