Ultima atualização 28 de junho

Sociedade deve atuar com autoridades para coibir roubo e furto de veículos

Esta á a conclusão mais comum das várias entidades envolvidas na produção e proteção dos veículos automotores

Ações desarticuladas não são capazes de diminuir as estatísticas dos roubos e furtos de veículos em qualquer local. Somente na capital paulista, no primeiro trimestre de 2012, foram furtados ou roubados mais de 22 mil veículos. Este número é espantoso e, o que mais preocupa as autoridades, são ou roubos, pois eles representam a subtração do bem mediante violência. E, sabemos, muitos destes casos resultam em latrocínio (roubo seguido de morte).

Para discutir a ação da sociedade no combate a este tipo de crime, o Sindicato das Seguradoras de São Paulo organizou um evento que contou com a participação de representantes de diversos segmentos.

O enviado da Anfavea, Rodrigo Laurito, falou sobre os itens de segurança de que os  carros dispõem atualmente. Há os códigos de segurança vin/vis, o imobilizador eletrônico, o alarme e as travas elétricas. “A grande evolução é que os sistemas conversam entre si”, enfatizou.

O que existe de mais moderno é o Kessy, um sistema de travamento/destravamento do veículo e partida do motor automática. Ao se aproximar do carro com as chaves ele destrava automaticamente. A partida é feita através de um botão do painel. Para que ela funcione, é preciso estar com a chave próxima ao veículo.

Para o futuro, Laurito diz que o Siniav – Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos – vai controlar os carros automaticamente. Cada carro terá um transponder com todas as informacoes do veículo (licenciamento, revisões etc), que serão lidas em estruturas espalhadas pelas ruas mais movimentadas das grandes cidades. “A colocação do equipamento no veículo será de responsabilidade do condutor, que deverá fazê-lo no momento do licenciamento. A data de implementação começa a partir de junho de 2012 e todos os veículos devem conter o transponder até junho de 2014”, avisou Laurito.

A instalação obrigatória de rastreador nos veículos ainda é polêmica, mas deve começar em breve. Ele pode acompanhar e bloquear o veículo automaticamente. Possui bateria auxiliar e bloqueio automático em caso de o equipamento ser retirado do veículo. O bloqueio somente é feito com o veículo parado. A partir de agosto de 2012, 20% dos veículos novos deverão conter o aparelho, chegando a 100% em março de 2013.

O presidente do SindsegSp, Mauro César Batista, afirmou que a ativação do serviço de monitoramento e rastreamento de veículos dependerá dos consumidores. “As seguradoras  poderão oferecer descontos nos seguros de acordo com a estratégia de cada uma”, complementou Batista.

O Dr. José Antonio Nascimento, delegado da 2a. Delegacia do Divecar, disse que a maior preocupação é com o crescente índice de violência associado ao roubo de veículo. “À medida que a sociedade se reúne e participa da Segurança Pública, ela cumpre seu dever constitucional”, argumentou. O aviso do policial é o seguinte: não existe negócio da China. “Na China, quem tem olho grande não entra”.

O delegado da 1a. Delegacia Divecar – roubo de veículos, dr. Jorge Esper, disse que a complexidade dos veículos pode significar um elemento a mais para os ladrões. “Quando apreendemos o veículo, verificamos que todos os equipamentos servem para estimular o roubo, porque há mais itens a serem comercializados e os maus elementos não trabalham sozinhos”, confirmou.

O que chama a atenção é a qualidade técnica dos elementos que atuam nesta cadeia. Eles possuem equipamentos modernos, que neutralizam a ação dos rastreadores.

Para o Dr. Antonio Lambert, os leilões públicos são um fator que estimulam a comercialação de veículos com fins escusos. Ele é contra a retirada de todas as numerações de veículos, que são realizadas após os leilões, dificultando a localização do veículo comercializado. “Estes carros podem virar dublês ou vão para desmanche para serem esquentados. Os desmanches usam uma documentação para cortar 10 ou 20 carros”, explicou.

Ele pede o retorno da numeração dos veículos para que eles possam ser identificados mais facilmente.

Émerson Feliciano, gerente técnico e de desenvolvimento do Cesvi Brasil, disse que infelizmente as empresas não compartilham suas informações entre as congêneres. Ele dividiu em três categorias os dispositivos de segurança: inibidores, antifurto e pós-furto.

“É necessária o correto entendimento de cada produto para utilizá-lo da melhor forma possível. Não é preciso um jummer para cortar o sinal de um rastreador. Basta utilizá-lo de forma errada, num local de sombra”, ensinou.

Os vidros laterais laminados também podem inibir o furto, uma vez que o ladrão demora cerca de 2 minutos para entrar no veículo, tempo suficiente para o alarme tocar. A diminuição do risco está voltada diretamente para a implantação de tecnologias no veículo. “Os criminosos também acompanham o desenvolvimento desta tecnologia e estão sempre a frente”, alertou Feliciano, complementando que é necessário haver maior participação da sociedade na troca de informações em rede.

O assessor da Fenseg – Federação das Seguradoras – e do Sindseg-SP, Adhemar Fuji, foi categórico ao afirmar que “somente a efetiva participação da sociedade é capaz de combater a evolução do crime organizado”. Por isso, ele prega que o setor atue com sinergia para tentar ser mais organizado do que os criminosos.

Kelly Lubiato

Revista Apólice

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