Ultima atualização 14 de junho

Prontuário eletrônico do paciente elimina tarefas burocráticas

O vice-presidente da Abramge PR/SC alerta que a implementação exige cuidados éticos e legais

O armazenamento de dados médicos é um desafio para instituições de saúde. As exigências de tempo, espaço e custos têm levado à busca de soluções práticas e vantajosas, como é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). “Estamos contemplando o futuro e nós, como administradores na área de saúde, precisamos compreender esse avanço. Hoje temos prontuários cada vez maiores, sem locais adequados de armazenamento. Esse é um problema real para todos”, afirma Dr. Cadri Massuda, vice-presidente da Abramge PR/SC.

Massuda lembra que a implementação de um sistema de prontuário eletrônico exige cuidados éticos e legais, mas que, se feito de forma adequada, pode resultar em redução de custos, maior eficiência e melhor qualidade no atendimento aos pacientes. “O PEP é a tecnologia contribuindo para o dia a dia do profissional, que terá informação rápida, de qualidade, consistente e, principalmente, sempre disponível para acesso”, observa.

O presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Cláudio Giulliano Alves da Costa, afirma que o bom prontuário eletrônico irá dar ao médico a possibilidade de dedicar mais tempo ao paciente, eliminando tarefas burocráticas. “O PEP não é um prontuário digitalizado, em texto livre e sem estrutura. É a reunião organizada e integrada de informações, com sistemas de apoio de decisão e segurança de informação. Por exemplo, um sistema adequado pode alertar ao médico sobre uma interação medicamentosa inadequada”, exemplifica.

Quando avaliado o prontuário convencional, a grande quantidade de papéis não é o único problema. “Um prontuário médico em papel tem diversas limitações, como a ilegibilidade, a baixa mobilidade, a possível ambiguidade de informações, a falta de padronização, a dificuldade de acesso e também de pesquisa de dados”, comenta o presidente da SBIS.

Com toda a facilidade, mais instituições de saúde têm buscado a implantação do prontuário eletrônico. Além disso, essa decisão é respaldada por resultados que a utilização adequada do PEP trouxe para hospitais de todo o mundo, como redução de erros médicos, aumento da produtividade e melhora dos indicadores de saúde. “É o momento de abandonar o papel e reduzir custos, melhorando assim a eficiência e a qualidade do atendimento de saúde. Esse não é mais o futuro, é uma realidade”, avalia Dr. Cadri Massuda.

O presidente da SBIS, em palestra realizada pela Abramge, abordou os aspectos éticos e legais do prontuário eletrônico de paciente. “É fundamental que haja um projeto consistente, que contemple a integração de diferentes áreas e que seja confiável, uma vez que oferecerá aos profissionais da saúde informações cruciais para diagnóstico e tratamento”, observa.

Além disso, ele alerta sobre a segurança, privacidade e confidencialidade de dados. “O prontuário é um documento do paciente e não pode ser violado. Por isso, o sistema deve estar protegido e certificado digitalmente pelos órgãos competentes”, alerta.

Para que as informações contidas no PEP tenham valor legal e sejam válidas, é indispensável a presença da devida certificação digital de segurança, tanto do software utilizado e da pessoa jurídica – instituição de saúde – quanto de pessoa física – médicos e profissionais que assinam os dados.

 

G.F.

Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO