Segundo o estudo “Visão das Mulheres sobre as obrigações familiares”, realizado pela MetLife, as mulheres de todas as gerações (Baby Boomers, nascidas entre 1946 e 1964; Geração X, entre 1965 e 1976 e Geração Y, entre 1977 e 1990), além da preocupação em apoiar financeiramente os membros de sua família, procuram uma autossuficiência financeira. O estudo contou com a participação de 1.060 mulheres, a partir de uma pesquisa online feita com americanas entre 21 e 65 anos.
Entre as mulheres que acreditam ser necessário preparar sua aposentadoria para, no futuro, não depender dos parentes, destaca-se: 89% dos Baby Boomers, 88% Geração X e 84% Geração Y.
Entre as gerações, a Y (57%) é a que apresenta maior propensão em dar um apoio financeiro para a educação dos filhos, comparado a 51% da X e 45% dos Boomers.
De acordo com Sandra Timmermann, doutora em Educação e diretora do MetLife Mature Market Institute, o estudo deixa claro que ter um planejamento para a independência é importante para a segurança financeira da família, principalmente para as mulheres que ao envelhecerem não querem depender de seus familiares.
Diante das preocupações financeiras, o seguro de vida é visto como uma garantia importante. Entre os Boomers, 80% das mulheres relataram ter algum tipo de seguro de vida, seja por meio de seu empregador ou pago por conta própria, em comparação com 70% da Geração X e 56% da Geração Y. Sobre o motivo da procura pela apólice, a Geração Y (83%) e a X (79%) afirmaram que procuram o seguro de vida para apoiar seus filhos caso venham a falecer prematuramente, como também apoiar o seu cônjuge. Já os Boomers (59%) declararam que o seguro de vida é para apoiar o cônjuge caso venham a falecer prematuramente, seguido de pagar os custos do funeral.
Segundo as participantes que afirmaram não ter um seguro de vida, as mulheres da Geração Y (47%) e da X (46%) pontuaram que o principal motivo é o custo da cobertura. Os Boomers foram mais propensos a afirmar que a segurança financeira é o principal motivo de não ter um seguro de vida ? 21% afirmam ter poupança suficiente para cobrir as necessidades dos seus dependentes, em comparação com 10% da Geração Y e X.
Nesse cenário de preocupação financeira, um estudo feito pela Brasilprev Seguros e Previdência apontou que a participação das investidoras na base de clientes da empresa saltou três pontos percentuais em cinco anos – passou de 43%, em 2006, para 46%, em 2011.
A análise levou em consideração aqueles que possuem produtos PGBL e VGBL em todo o Brasil (mais de 1,1 milhão de pessoas), sendo que deste montante pouco mais de 500 mil são do sexo feminino.
“Nos últimos anos, temos detectado importantes mudanças no que diz respeito ao papel das mulheres na sociedade brasileira. Um é o fato de elas assumirem cada vez mais a função de chefe de família nos lares brasileiros. Outra, de ocuparem de forma crescente posições-chave nas empresas, o que acaba por repercutir gradativa e consequentemente no crescimento de renda e poder aquisitivo delas. Tais fatos refletem na preocupação delas com a previdência privada, como aponta nosso estudo”, comenta Sandro Bonfim, gerente de Inteligência de Mercado da Brasilprev.
O tíquete médio das mulheres era de R$ 155 há cinco anos. No ano passado, esse valor saltou para R$ 240.
A pesquisa também apontou que as mulheres investem mais pelo modelo da Tabela Regressiva do Imposto de Renda (53,7%, face aos 51,7% dos homens), o que demonstra a intenção de manter os recursos investidos por um longo período, e preferem o VGBL (64,2%% versus 61,4% deles).
Entre as mais de 500 mil clientes do sexo feminino, 61,5% são solteiras e 39% possuem o plano “Brasilprev Júnior” (voltado às pessoas entre 0 e 21 anos de idade).
Gabriela Ferigato
Revista Apólice
