O Grupo Swiss Re registra um lucro líquido na ordem dos US$ 960 milhões no segundo trimestre de 2011, face ao lucro de US$ 812 milhões no período correspondente de 2010. Todos os segmentos – Ramos Elemetares, Vida e Saúde e Gestão de Ativos – contribuíram para estes resultados positivos, que se refletem num retorno sobre o patrimônio de 15,6 %.
Para Stefan Lippe, diretor Executivo da Swiss Re, o desempenho do Grupo no segundo trimestre foi vigoroso. “A perspectiva de crescimento da Swiss Re foi acentuada pela nossa forte renovação em 2011, durante a qual nos beneficiamos da solidez gradual da determinação dos preços nos Ramos Elementares”.
O aumento no lucro líquido do Grupo chegou aos 18%, alcançando os US$ 960 milhões no segundo trimestre. Os lucros por ação foram de US$ 2,80 dólares face aos US$ 2,37 no segundo trimestre de 2010. A cota dos acionistas aumentou em US$ 400 milhões, atingindo US$ 24,8 bilhões, compensando o pagamento de dividendos aos acionistas de aproximadamente US$ 1 bilhão durante o segundo trimestre. O valor patrimonial por ação ordinária foi de US$ 72,37 no final de junho de 2011, face aos US$ 71,26 no final de março de 2011.
Segmentos
O segmento de Ramos Elementares apresentou um lucro operacional de US$ 993 milhões, quando comparados aos US$ 455 milhões do mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o aumento do lucro operacional foi motivado “pela subscrição disciplinada, por um desenvolvimento favorável, em termos líquidos, de acidentes de anos anteriores e mais uma reduzida experiência de grandes perdas no segundo trimestre”. Os prêmios ganhos subiram 12,6 % (ou 7,1% em taxas cambiais constantes), refletindo as renovações e também as novas subscrições no primeiro semestre de 2011.
O lucro operacional no ramo Vida e Saúde aumentou em 13,4 % atingindo US$ 161 milhões no segundo trimestre, devido a tendências favoráveis de morbidade. Isso foi parcialmente compensado por despesas adicionais da Admin Re da ordem de US$ 57 milhões, incluindo custos advindos da reestruturação. O índice de lucro foi de 87% no segundo trimestre de 2011.
Já em relação ao segmento de Gestão de Ativos, o lucro operacional foi de US$ 1,3 bilhão e ficou próximo aos US$ 1,2 bilhão no período correspondente do ano passado. Para a Swiss Re, o desempenho foi impulsionado “pelo maior lucro dos investimentos em títulos públicos e privados e por ganhos ‘mark-to-market’ provenientes de capital próprio e investimentos alternativos”. O retorno anualizado sobre os investimentos foi de 4,3 % (abaixo dos 5,8 % no período correspondente do ano anterior) e o retorno total sobre os investimentos anualizado foi de 8,1 % (face aos 13,2 %).
A volatilidade dos mercados financeiros em virtude dos recentes problemas que envolvem a dívida soberana na Europa continua a preocupar. Após começar a dar passos decisivos no final de 2009, visando reduzir a exposição, a dívida soberana de títulos públicos europeus não classificados como AAA, a Swiss Re detém agora apenas US$ 78 milhões de dólares em dívidas soberanas emitidas por países periféricos da zona do euro. A exposição da empresa a dívidas soberanas da Grécia é nula.
Nas renovações de julho, que cobriram aproximadamente 18% da carteira de contratos dos Ramos Elementares da Swiss Re, houve um crescimento de 8 %. A adequação dos preços ajustados ao risco para as renovações em julho aumentou em 5 pontos percentuais. A Swiss Re pôde incrementar volume e preços principalmente em decorrência de uma maior procura por coberturas contra catástrofes naturais na Austrália, Nova Zelândia e nos Estados Unidos. A companhia conseguiu também completar as transações de run-off dos Ramos Elementares com tarifas atrativas, mas permaneceu defensiva nos ramos RC e acidentes sempre que os preços não satisfaziam as exigências da empresa.
Desde o início do ano, a carteira total de contratos da Swiss Re cresceu em US$ 2 bilhões ou 20%, atingindo US$ 12,2 bilhões, enquanto a adequação de preços a longo prazo permaneceu em um bom nível. O crescimento mais vigoroso ocorreu na Ásia.
Expectativas
O mercado de resseguro começou a mudar, e a Swiss Re espera ainda melhoras para os próximos 6 a 18 meses.
Em fevereiro de 2011, a Swiss Re anunciou novas metas financeiras para cinco anos. “Essas metas financeiras constituem a maior prioridade da empresa, e a Swiss Re está totalmente empenhada em atingi-las”, afirma Lippe. No segundo trimestre, a empresa pôde concluir com sucesso as transações de run-off da Admin Re e dos Ramos Elementares. A expectativa agora é para o potencial de mercados emergentes como China, Brasil e Vietnã. A China já é o terceiro maior mercado da Swiss Re (em termos de prêmios brutos subscritos durante o primeiro semestre deste ano).
Segundo prognóstico dos economistas da Swiss Re, dentro de 10 anos a China será o segundo maior mercado de seguros do mundo. O crescimento geral da população de idosos em muitos países também representa uma oportunidade para as empresas de
Resseguros.
J.N.
Revista Apólice