O mercado de previdência complementar aberta, cujos ativos devem passar do patamar dos R$ 230 bilhões este ano, deve alavancar este montante para R$ 1 trilhão em 2018. A projeção é do novo presidente da BrasilPrev, Sérgio Rosa, que assumiu o comando da companhia há cerca de três meses. “O seguro e a previdência privada entraram na pauta das famílias por conta do novo cenário econômico que estamos vivendo com a ascensão das classes de menor renda”, observou ele durante almoço com a imprensa realizado ontem, 08/12, em São Paulo.
De acordo com o executivo, embora ainda sejam desconhecidos por muitos potenciais consumidores, os planos de previdência privada só tem a ganhar com a nova composição da pirâmide social do Brasil que determinará, inclusive, novos padrões de consumo. “O investimento per capita em poupança está na casa dos R$ 535,00. A melhor distribuição de renda abre espaço para a poupança”.
Segundo ele, como as ‘letrinhas’ VGBL e PGBL amedrontam mais do que informam os consumidores, seu desafio à frente da BrasilPrev é atender bem e reter o cliente. “Esse objetivo será alcançado com uma boa venda, ou seja, explicando para o consumidor o que ele está comprando e contribuindo para a sua satisfação”, explicou ele, que acrescentou: “Pretendo manter o ritmo de crescimento da companhia”.
Até o final de 2010, a companhia atingirá mais de 36 bilhões em ativos sob gestão, expansão de 34% na comparação com o exercício imediatamente anterior. Até novembro, a arrecadação total da BrasilPrev foi de R$ 8,4 bilhões, resultado 55% maior que o obtido em igual intervalo de 2009, quando a cifra alcançada foi de R$ 5,4 bilhões. “Devemos ultrapassar as metas estabelecidas para 2010”, sintetizou Rosa.
Pela primeira vez, em novembro, a companhia ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em arrecadação e, para este ano, a previsão é ultrapassar o montante de R$ 9,7 bilhões.
Para ele, as tendências no mercado de previdência complementar são produtos voltados para o público feminino, que vem ganhando mais espaço na economia; planos sob medida para crianças e jovens; necessidade da independência financeira na terceira idade e o maior poder de consumo da Classe C. “A composição etária da população brasileira e a sofisticação de consumo da sociedade contribuem para perspectivas positivas para o mercado de previdência complementar”, ressaltou o presidente da Brasilprev.
Embora haja um grande ingresso de recursos no mercado, ele acredita que a penetração dos planos de previdência ainda é pequena e há muito espaço para o mercado crescer.
Aline Bronzati
Revista Apólice