Ultima atualização 17 de novembro

Seguradoras investem em planos para menores

O público mais jovem, a geração Y e a que vem a seguir, estão prontas para serem educadas para a previdência. Elas não têm resquícios de memórias negativas e estão abertas a novas experiências. Caderneta de poupança, para elas, não é apenas aquela oferecida pelos bancos como única forma de manter o dinheiro seguro e rendendo.
De olho neste novo público, as empresas de previdência privada aberta escolheram este nicho como o seu foco de esforço para este ano. Os planos junior, para jovens, ocupam um bom espaço no mix de carteira das empresas e vêm obtendo excelentes índices de crescimento nos últimos anos.
Os planos para menores responderam por R$ 121,6 milhões da arrecadação da previdência privada no período entre janeiro e agosto de 2010, segundo dados da Fenaprevi. Eles representaram 3,09% do total arrecadado. Para se ter uma ideia, a soma do faturamento de todos os produtos atingiu R$ 3,9 bilhões. Portanto, a participação deste produto no mercado ainda é bastante pequena.
Na verdade, estes planos são iguais aos tradicionais do mercado, diferenciando-se apenas em alguns detalhes. Ele pode ser contratado em nome do menor ou do responsável, sendo que, ao atingir a maioridade legal, o beneficiário poderá realizar movimentações (resgatar, fazer a portabilidade, aumentar ou diminuir as contribuições) no plano sem a anuência do responsável. O acesso ao montante acumulado será na data determinada no ato da contratação.
Na Mongeral Aegon, a linha Vida Toda, que contém o produto para menores, existe desde 2008, com crescimento de 62,8% nestes dois anos. Uma tendência destes novos produtos é aliar o planejamento financeiro à formação de uma reserva para o futuro. ?Incentivamos a contratação da cobertura de risco para morte ou invalidez, que pode ser fixo ou em função do valor contratado?, explica Leonardo Lourenço.
Os planos mais vantajosos para o cliente ainda são os PGBLs (Plano Gerador de Benefícios Livres), que permitem a dedução do valor aplicado até 12% do Imposto de Renda. O valor final que o beneficiário irá receber ao final do período de acumulação vai depender do tipo de aplicação escolhida pelo responsável. Segundo especialistas, uma aplicação de longo prazo pode ter sua reserva colocada em investimentos de maior risco, com renda variável. “À medida que a data de recebimento do benefício se aproxima, aumenta a necessidade da aplicação ser feita em renda fixa”, explica Lourenço.
Este conceito de aplicação de acordo com o período de vida que o investidor está já é bastante comum fora do País. Isso significa rever os investimentos de tempos em tempos. De acordo com Lourenço, esta reavaliação esporádica faz parte do trabalho do corretor de seguros. “É preciso realocar os ativos de acordo com a proximidade do benefício”. Apesar disso, a seguradora realoca os recursos dos clientes de acordo com o plano escolhido, para garantir a segurança da sua aplicação.
Pioneira em termos de produtos para menores, a Brasilprev viu sua carteira crescer 10% no último ano. Dentre os planos de previdência com contribuição mensal de baixo valor, 34% são planos “júnior”.
Nos últimos 3 anos, a empresa realizou pesquisas qualitativas com grupos de clientes para estudar os objetivos de quem adquire os planos. Segundo Sandro Bonfim, gerente de Clientes e Mercado, verificou-se que a maior preocupação da classe média é com os estudos dos filhos.

Kelly Lubiato
Revista Apólice

Confira a matéria completa na edição impressa da Revista Apólice (146 – novembro) ou no nosso site, em breve.

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