Ultima atualização 02 de junho

Microsseguro e relacionamento via web são os novos desafios das seguradoras

As companhias de seguros brasileiras precisam se preparar para a chegada do microsseguro e para o aumento do relacionamento pela internet. Esta é a opinião de Mauricio Ghetler, consultor de TI e diretor de Marketing da I4PRO, empresa especializada em TI para seguradoras.
Na visão do especialista, o microsseguro exigirá que as seguradoras prestem atendimento direto ao segurado por um modelo eficiente e de baixo custo, o que as levará a ampliar a relevância do canal internet. “Os bancos investiram pesado no relacionamento eletrônico com o cliente já na década de 90. As seguradoras, por outro lado, sempre contaram com atendimento humano. Agora, com o advento do microsseguro, vários serviços das companhias de seguros terão de migrar para a internet, senão a conta não fecha”, acredita Ghetler.
Um desafio para as seguradoras será o design e robustez de seus sistemas, muitas vezes despreparados para tratar a internet e suportar a elevação da demanda de acesso, segurança e simplicidade de uso. “A massificação dos negócios ‘obrigará’ as companhias a ampliarem a oferta de serviços online, com um acompanhamento sistêmico mais detalhado desse relacionamento. Com isso, as organizações ficarão mais expostas a potenciais riscos, que podem colocar tudo a perder se estas não estiverem bem estruturadas”, alerta Ghetler.
Outro motivo que norteia essa preocupação tem como base o Relatório Global de Ameaças à Segurança na Internet, da fabricante de software Symantec. Segundo o documento, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais fraudes online e ataques baseados na web, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Em 2009, foi o país de onde se originou o maior volume de spam na América Latina, com 54% do total. Globalmente, ocupou o segundo posto em termos de origem de spam, com 11% do volume mundial. Além disso, os brasileiros assumiram o terceiro posto em potencial de por vírus e o quarto posto em potencial de infecções por worms.
“Esses dados apenas confirmam que a segurança intrínseca de alguns sistemas expostos à Internet não é satisfatória. Com a entrada do microsseguro, o cenário tende a piorar para as seguradoras – que ainda estão ganhando maturidade no canal – devido ao maior volume de troca de informações e ao incremento da complexidade no relacionamento”, afirma Ghetler.
Apesar de pessimista, o consultor lembra que existem bons exemplos no mercado financeiro nacional.”O segmento de seguros precisa aprender com alguns bons exemplos do mercado financeiro, que desenvolveu sistemas mais confiáveis como os internets bankings, que periodicamente se atualizam”, finaliza.
Outro bom exemplo é relacionado à distribuição de material em redes ponto a ponto (P2P) para evitar eventuais quebras de direitos autorais. Esse foi o maior responsável pelo declínio dos incidentes de segurança na internet, que no primeiro trimestre deste ano ficou acima de 28 mil. Apesar de elevado, o montante representa uma redução de 87% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br).
Mas o levantamento mostra também que as notificações de ataques a servidores web cresceram 13% em relação ao último trimestre de 2009 e 42% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já os relatos sobre Cavalos de Tróia, vírus utilizados para furtar informações e credenciais, cresceram 12% em relação ao mesmo período de 2009.

J.N.
Revista Apólice

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