Ultima atualização 10 de maio

Crise e Gripe A aumentaram uso de plano de saúde empresarial em 2009

Os brasileiros usaram mais o plano de saúde das empresas no ano passado. Desta forma, o custo médio mensal da assistência médica às empresas cresceu 14% em 2009, revelou pesquisa realizada pela consultoria em Recursos Humanos Mercer.
De acordo com o líder da área de Saúde e Benefícios da Mercer, Alexandre Espinosa, o medo da crise e da Gripe A fizeram aumentar o uso dos planos de saúde e, além disso, os custos destes benefícios para as empresas.
Com medo da demissão, por conta da crise mundial, os funcionários tendem a usar mais o plano, marcando consultas e exames. “A utilização ambulatorial aumentou também, por causa do susto inicial da nova gripe. Em conversas com operadoras, vimos que a questão da Influenza espantou”, afirmou Espinosa.
A pesquisa realizada pela Mercer mostrou que o custo per capita da assistência médica passou de R$ 115,50 em 2008 para R$ 144,05 no ano passado. Além disso, os dados mostraram que todas as 205 empresas entrevistadas oferecem a modalidade aos colaboradores ativos, enquanto 27% oferecem aos já aposentados.

Na atividade
Para os profissionais que ainda estão ativos, 62% têm acesso ao plano básico E, que possui acomodação em quarto coletivo e acesso a uma rede credenciada básica, enquanto 8% têm acesso ao plano básico A, com acomodação privativa e rede credenciada básica.
Outros 24% têm um plano intermediário, que possui acomodação em apartamento privativo, acesso à rede credenciada nacional e a alguns hospitais de padrão diferenciado, além de reembolso de até três vezes o valor da tabela de referência.
Apenas 6% dos colaboradores com assistência médica têm o plano executivo, que permite acesso a hospitais top e ainda reembolso de mais de três vezes o valor da tabela de referência.
Quando o profissional participa do pagamento do plano, o percentual assumido pela empresa é de 87% no plano básico E, 80% no plano básico A, 88% no plano intermediário e 89% no plano executivo.

Aos aposentados
Os dados mostraram que, entre as empresas que oferecem plano de saúde aos aposentados, em 48% dos casos, é em função da Lei 9.656/98, que diz que, quando o profissional contribui para o plano, ele deve ter a opção de se manter nele ao aposentar, arcando com seu pagamento integral.
Outras 40% das empresas oferecem por uma política de benefícios, mas também por obrigatoriedade da lei, enquanto 12% afirmaram que oferecem a assistência médica aos aposentados por uma política de benefícios, resquício da década de 1970, quando os benefícios representavam apenas 2% da folha de pagamento, sendo que hoje chegam a 15%, de acordo com o consultor sênior da Mercer, Francisco Bruno.
“Em 2009, saíram R$ 40 bilhões das empresas para o setor de saúde, quase o valor do SUS para atender os brasileiros. Vai chegar um momento em que as empresas não vão ter mais dinheiro para arcar com isso”, disse Bruno.

Flávia Furlan Nunes
Infomoney

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