Este mês, a Crivo anuncia oficialmente a criação de um conselho consultivo que contará com Fernando Blanco, Fundador e Presidente do IDCC (Instituto para o Desenvolvimento da Cultura do Crédito), que foi até recentemente Country Manager do grupo francês Coface, e Mauro Muratório Not, que fundou e presidiu a operação da Microsoft no Brasil por vários anos, atual CEO e presidente da TBA.
Outra novidade é que os três sócios-fundadores da empresa, a partir de agora, se afastam do dia a dia das operações para se dedicar ao conselho consultivo e à inovação tecnológica. A Crivo também oferece um software de decisão de crédito e risco, que faz a análise e cruzamento dos dados para entregar uma decisão de crédito. Essa inteligência do sistema configura um avanço na automatização de processos de análise de crédito e risco.
Segundo Daniel Turini, um dos fundadores da empresa, a primeira ação do conselho será estabelecer uma série de estratégias de atuação da empresa a fim de estruturá-la para continuar crescendo de forma sistemática. ?Este ano ainda queremos dobrar nosso faturamento?, afirma Turini, relembrando que desde 2004 a empresa vem dobrando sua receita a cada ano. ?A virada aconteceu graças à mudança do modelo comercial; quando entendemos que o mais importante era mostrar os benefícios da nossa tecnologia ao negócio do cliente?, acrescenta.
A empresa também planeja entrar em novos mercados e lançar novos produtos e serviços. ?Com o conselho, cada gestor da Crivo terá a missão de entregar números e resultados concretos das ações definidas durante as reuniões mensais?, explica Turini.
Processo pré-conselho
Antes de montar o conselho consultivo, a Crivo passou por um processo de seleção pela Endeavor, organização internacional sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo em países em desenvolvimento. O resultado foi à entrada da empresa para o time de empreendedores do Instituto Empreendedor Endeavor, do qual Blanco é voluntário-mentor.
Para o executivo, o principal objetivo do conselho consultivo é agregar conhecimentos externos para empresa, visando o desenvolvimento do negócio. ?Estamos na era do conhecimento, desta forma, todos, incluindo grandes executivos, devem estar abertos a ouvir e compartilhar experiências. É a partir da troca de ideias que melhores resultados são alcançados?, ressalta Blanco.
Dividindo a mesma opinião, Muratório complementa ?Levamos nossa bagagem profissional e mostramos uma visão externa do negócio a partir de outro angulo, sempre focando nas melhores práticas de desenvolvimento sustentado?.
No decorrer do processo que durou um ano, e um ano depois de integrar o time da Endeavor, a Crivo identificou vários pontos de melhoria, a maioria ligados à gestão. ?Era fundamental ter uma equipe de gestão profissionalizada, abandonando vícios comuns a uma empresa familiar que nos impediria de continuar crescendo ou pelo menos tornaria esse processo mais moroso?, conta Turini.
Profissionalização da gestão
A profissionalização da gestão da Crivo foi marcada pela contratação do executivo Ricardo Uzal, ex-VP da Equifax, para atuar como Chief Financial Officer (CFO). Na área de tecnologia, antes sob comando do sócio-fundador Paulo Cesar Soares, chegou à empresa, no segundo semestre de 2009, o executivo Daniel Polistchuck vindo da Borland para atuar no desenvolvimento de novos produtos e sistemas, como Chief Technology Officer (CTO). Em janeiro último, a empresa anunciou a chegada do executivo Thiago Diniz, também vindo da Borland, para assumir a recém-criada Diretoria de Serviços, para desenvolver e implementar estratégias e operações de serviços, que posicionem a empresa para além do fornecimento de software.
A Crivo também passou por um processo de avaliação dos talentos internos que culminou em várias movimentações na empresa. Nessa linha, Rodrigo Del Claro, antes diretor de marketing e relacionamento com clientes passou a comandar a diretoria de marketing e vendas, tendo sob sua responsabilidade a equipe comercial, de marketing e comunicação interna, com o mercado e com a imprensa.
JN
Revista Apólice